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Maioria dos brasileiros não sabe quanto deve

Entre os que têm conhecimento das dívidas, valor médio dos débitos é de R$ 3.422. Cartão de crédito é o principal vilão que leva consumidor a ter o nome sujo

Bolso vazio: entre os que têm conhecimento das dívidas, valor médio dos débitos é de 3.422 reais (AlexKalina/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 16h38.

São Paulo - Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito ( SPC Brasil ) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que quase seis em cada dez consumidores (58,9%) não sabem quanto estão devendo e 36% não sabem para quantas empresas devem. Os consumidores também desconhecem o número de parcelas da dívida que ainda resta pagar.

O educador financeiro do SPC Brasil e do Portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, vê este dado como algo preocupante, pois é mais difícil lidar com um problema financeiro quando se desconhece a condição das finanças. Sair do endividamento exige disciplina e planejamento, e não é possível planejar, quando o coinsumidor não sabe ao certo nem quanto deve, nem para quem.

O primeiro passo, portanto, é mapear a dívida, pois só assim será possível traçar metas, estabelecer prioridades e obter resultados.

A pesquisa entrevistou 1.088 consumidores de todas as regiões brasileiras, com 18 anos ou mais, de ambos os sexos e de todas as classes sociais, inadimplentes atualmente ou há 12 meses no máximo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para uma confiança de 95%.

Valor médio da dívida atinge 3.422 reais

Entre os que têm conhecimento sobre suas dívidas , o valor médio dos débitos é de 3.422,29 reais. Na média, os brasileiros têm ou tinham contas em atraso com 2,1 empresas, percentual que cresce entre as classes C, D e E.

No caso do financiamento de um carro ou moto a compra é dividida em 47,6 parcelas, das quais 9,6 não foram pagas, em média. Já os empréstimos costumam ser divididos em 26 vezes e os consumidores não pagam, em média, 9,6 parcelas.

Dívida no cartão é porta de entrada para nome sujo

De acordo com o levantamento da SPC, o cartão de crédito é o maior vilão entre as dívidas que levaram os brasileiros a ficarem com o nome sujo : 43,4% dos entrevistados ficaram inadimplentes por conta de débitos que não foram pagos no cartão de crédito, seguido pelos empréstimos (23,5%) e por dívidas em cartões de lojas varejistas (19,3%).

As principais justificativas para a falta de pagamento das contas foram o desemprego (29,2%) e a redução da renda (14,6%).

De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a atual conjuntura econômica está causando uma alta no número de desempregados e minando o poder de compra dos brasileiros devido à inflação elevada e às altas taxas de juros. Esses dois fatores em conjunto comprometem ainda mais o orçamento do brasileiro.

Para Marcela, o ideal é que o consumidor se planeje para imprevistos, guardando todos os meses alguma quantia, por menor que seja, para uma reserva financeira. Além disso, é importante que reflita bastante antes de optar pelo parcelamento, especialmente os de longo prazo, pois não há sinais de que a economia irá se aquecer nos próximos meses.

Inadimplência é resolvida somente após 16 meses

De acordo com os dados, a estratégia mais adotada por 57,1% dos entrevistados para quitar suas dívidas foi a tentativa de um acordo com o credor.

No entanto, quando investigadas as maiores dificuldades enfrentadas para limpar o nome, o acordo com o credor também está em primeiro lugar, (36,3%) o que demonstra a dificuldade enfrentada pelos devedores no processo de negociação para o pagamento da dívida. Isso faz com que a inadimplência seja resolvida, em média, somente após 16 meses.

Segundo a economista do SPC, as propostas feitas pelas empresas credoras às vezes são incompatíveis com as possibilidades de pagamento dos entrevistados. Ainda que os descontos negociados sejam consideráveis, podem ser insuficientes e os consumidores podem acabar em um ciclo vicioso de contração de novas dívidas e de empréstimos para quitá-las, segundo Marcela.

A economista recomenda que, como forma de se prevenir, os brasileiros ponderem as altas taxas de juros do mercado, refletindo sobre os valores de cada crédito contratado e sua capacidade de honrar os pagamentos antes das compras.

Oito em cada dez fazem contraproposta ao credor

A pesquisa mostra que quase oito em cada dez brasileiros (78,8%) inadimplentes ou ex-inadimplentes fizeram uma contraproposta ao credor e 41,4% se prepararam para debater as condições para quitação da dívida.

Entre os que não fizeram uma contraproposta, a justificativa mais comum é que a proposta feita pela empresa credora foi considerada interessante. Além da negociação, as empresas ainda ofereceram um desconto médio de 24% para o pagamento da dívida à vista, sendo esta a principal forma de pagamento (56,4%) seguida pelas parcelas no carnê ou crediário (21,7%).

O principal motivo para aceitar a proposta de negociação foi o valor acessível da prestação, independentemente do valor final da dívida, considerando os juros. Para viabilizar o pagamento da renegociação, os entrevistados pretendem economizar ou cortar gastos. Mudar os hábitos também foi a principal atitude tomada pelos entrevistados (30,9%) quando descobriram que estavam com o nome sujo.

Dentre as dívidas atrasadas, aquelas que possuem a maior taxa de juros são priorizadas por 37,2% dos entrevistados, seguidas pelas dívidas que possibilitam a manutenção do consumo por serem utilizadas para o parcelamento de novas compras, como o cartão de crédito, os cartões de loja e o crediário (22,9%).

O educador financeiro José Vignoli afirma que esse, de fato, é o melhor caminho a ser seguido por quem está com o nome sujo. É preciso pagar primeiro as dívidas com juros mais altos e, se necessário, até mesmo fazer a portabilidade da dívida para outro banco ou modalidade que tenha taxas menores.

São Paulo – O ano de 2016 é a cara da crise, mas o seu objetivo é ganhar dinheiro a despeito das circunstâncias? Um bom ponto de partida para chegar lá é organizar melhor seus gastos . Colocar na ponta do lápis, em um app, ou em uma planilha de computador todas as despesas e receitas é o primeiro passo de qualquer projeto financeiro , seja ele eliminar as dívidas, comprar um imóvel, ou algo mais ousado, como alcançar o primeiro milhão. Para te ajudar nessa tarefa, EXAME.com listou 20 opções de ferramentas para controlar o orçamento pessoal . A seleção inclui as melhores ferramentas testadas pela nossa equipe, entre apps , sites , planilhas de Excel e até livros, que atendem aos mais diferentes perfis, desde os mais conectados até aqueles que preferem anotar tudo no papel.  Navegue pelas fotos e veja qual delas mais combina com você.
  • 2. Wally+ - Para quem gosta de medir desempenho

    2 /22(Reprodução)

  • Veja também

    O principal diferencial do aplicativo Wally+ é que ele permite ao usuário comparar sua situação financeira com a de pessoas com perfis semelhantes. A ferramenta também inclui a possibilidade de marcar amigos ao inserir novas despeas, adicionar fotos e avaliar locais. O objetivo é não apenas saber para onde vai o dinheiro, mas com quem e de que forma está sendo gasto. Disponível para iOS e Android.
  • 3. Microsoft Office - Para quem não abre mão das planilhas de Excel

    3 /22(Reprodução)

  • Nas versões 2010, 2013 e 2016 o Excel disponibiliza diferentes tipos de planilhas de orçamento pessoal. Basta abrir o programa e clicar em “Novo” no menu principal do Office. O programa abrirá então a janela “Nova pasta de trabalho”, na qual o próprio Excel sugere modelos de planilhas de orçamento prontos. Dependendo da versão do seu programa, será necessário clicar no ícone “Modelos”. Outra opção ainda é acessar o site do Office, que também oferece diversas opções de planilhas de orçamento. Veja as opções.
  • 4. Moneywise - Para quem tem uma forma única de se organizar

    4 /22(Reprodução/Google Play)

    O Moneywise permite colocar etiquetas customizadas em cada gasto, como “trabalho", "lazer" e "férias". O objetivo é facilitar a filtragem dos dados e ajudar na análise das despesas. O app não exige acesso à internet para acessar informações e permite incluir gastos em diversas moedas, com taxas de conversão que podem ser configuradas manualmente. Disponível para iOs e Android.
  • 5. GuiaBolso - Para quem busca praticidade

    5 /22(Reprodução)

    Ao inserir os dados das suas contas bancárias, o aplicativo GuiaBolso organiza todas as informações, como o valor do salário, as despesas realizadas e os extratos de cada cartão. O app também atualiza cada transação automaticamente, por isso é uma ótima opção para quem não tem disciplina para anotar todos os gastos. O GuiaBolso fechou o ano de 2015 com 1,5 milhão de usuários e foi escolhido como o melhor app de finanças pelo Google Play. O app também foi destaque na Apple Store e na Google Play por várias semanas seguidas ao longo de 2015. Recentemente, o GuiaBolso também lançou um novo recurso que permite consultar pelo próprio app se o usuário está com o nome sujo. O app também mpliou sua rede de conexão automática, incluindo a Caixa Econômica Federal e cartões independentes, como Nubank, Amex e ItauCard (ItauCard 2.0 TAM Fidelidade, Extra Mercados, Tudo Azul, Pão de Açúcar, TIM e Hipercard). Pode ser acessado nas versões para web, Android ou iOS.
  • 6. Money Lover - Para quem quer monitorar dívidas

    6 /22(Reprodução)

    O destaque do aplicativo Money Lover é a sua funcionalidade Gestão de Dívidas, que utiliza os contatos da agenda do celular, localização geográfica, imagens e eventos criados dentro do app para detalhar cada transação, que pode ser compartilhada com conhecidos. A ferramenta facilita o acompanhamento de eventuais empréstimos entre amigos. O aplicativo ainda permite criar alertas para transações e faz backup, exporta e sincroniza dados com o Dropbox. Disponível para iOs, Android e Windows Phone.
  • 7. Finance - Para arquivar recibos

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    O app Finance permite fotografar e anexar documentos, como cupons fiscais e comprovantes de pagamentos, para associá-los às despesas anotadas. As transações podem ser classificadas por centro de custo para facilitar a análise de resultados. Ao fazer uma viagem, por exemplo, é possível criar um centro de custo para separar as despesas desse evento das demais. Além disso, possui um sistema de notificações para contas a pagar e permite anotar os gastos não só em reais como em outras moedas. Ainda que o app seja disponível para iOS e Android, nas avaliaçãoes feitas no Google Play usuários relatam que a versão para Android é muito inferior à versão para iOS.
  • 8. Gerenciador Financeiro - Para quem busca personalização

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    O aplicativo Gerenciador Financeiro cria limites de gastos por mês, dia ou um período específico e também permite ajustar operações periódicas. Sincroniza dados em vários dispositivos e está disponível para Android.
  • 9. Idec - Para quem prefere recorrer a instruções

    9 /22(Reprodução)

    Com diversas instruções de uso, a planilha do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) é indicada para quem se sente um pouco perdido ao usar planilhas do Excel.  A planilha possui códigos que identificam a classe de gasto da despesa realizada e mostram se o valor movimentado foi uma entrada ou saída. Assim, o próprio documento mostra um resumo das despesas e receitas e indica qual classe de gasto tem comprometido mais as contas. Possui também uma aba destinada às "aplicações”, que pemite observar a evolução dos investimentos e outra que compara os gastos previstos e realizados. Download
  • 10. Kakebo - Para quem gosta de agendas

    10 /22(Divulgação/Assessoria de imprensa Grupo Editorial Record)

    Kakebo é uma palavra em japonês que significa “livro de contas para a economia doméstica”. Sucesso no Japão, onde mais de um milhão de exemplares são vendidos anualmente, a agenda financeira foi traduzida para o português e publicada pela editora BestSeller. Além de possuir tabelas para anotar os gastos e as despesas, também tem espaços dedicados à reflexão sobre os êxitos, esforços e fracassos de cada mês.Como as páginas vêm divididas com os dias da semana, sem datas específicas, é possível iniciar os registros em qualquer mês.O livro é recheado de dicas sobre controle financeiro e traz ensinamentos baseados nos métodos orientais de organização. Link para compra.
  • 11. Dinheirama Online - Para quem busca conselhos financeiros

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    Desenvolvido pela Dinheirama, empresa especializada em educação financeira, o aplicativo permite gerenciar múltiplas contas e cria gráficos personalizados para facilitar o monitoramento das finanças. Os usuários podem importar as informações de extratos bancários para o app automaticamente. Por meio dele, também é possível ter acesso ao conteúdo do site: textos, podcasts e vídeos com dicas de finanças pessoais. Disponível nas versões web, Android e iOS.
  • 12. Minhas Finanças - Para quem gosta de estatísticas

    12 /22(Reprodução/Google Play)

    A funcionalidade Estatísticas do aplicativo Minhas Finanças informa médias de gastos diários, semanais, mensais, além das despesas médias registradas em finais de semana, realizando comparações entre diversos períodos. O app pode ser integrado a calendários, como o Google Agenda, para ativar lembretes de gastos por e-mail. Também permite salvar dados no Google Drive, que podem ser visualizados em qualquer aparelho. Disponível para Android.
  • 13. BM&FBovespa - Para quem é prático e prioriza investimentos

    13 /22(Reprodução)

    A planilha da BM&FBovespa reúne em apenas uma aba do Excel o orçamento de todos os meses do ano. É possível lançar despesas divididas em fixas, variáveis, extraordinárias e adicionais. O documento também permite incluir valores mensais destinados a investimentos em ações, Tesouro Direto, renda fixa, previdência privada e outras aplicações. B aixe a planilha
  • 14. Mobills - Para quem tem dúvidas ou quer compartilhar experiências

    14 /22(Reprodução/Google Play)

    No aplicativo Mobills é possível interagir com outros usuários e com os administradores na área de fórum, seja para fazer comentários ou para pedir dicas sobre finanças pessoais. Ao sincronizar os dados na nuvem, o usuário também consegue acessar as informações do aplicativo pelo seu computador pessoal. Pode ser acessado pelo site ou pelos apps para Android e iOS.
  • 15. Academia do Dinheiro - Para quem não tem disciplina ao gastar

    15 /22(Reprodução)

    A planilha “Orçamento pessoal”, da Academia do Dinheiro, elaborada pelo consultor financeiro Mauro Calil, divide as despesas entre gastos necessários e extraordinários ou por impulso. O objetivo é mostrar o peso que os gastos não essenciais têm no orçamento, facilitando um eventual corte de despesas. A planilha já inclui sugestões de tipos de gastos mais comuns, mas é possível inserir outras categorias de despesas. Baixe a planilha
  • 16. Gastos Diários - Para quem gosta de imagens

    16 /22(Reprodução)

    Além de organizar as rendas e despesas e registrar as movimentações financeiras por data, o app analisa os resultados e gera diversos relatórios e gráficos. Também permite criar um backup dos dados. Disponível para dispositivos com sistema Android.
  • 17. Toshl Finanças – Para quem tem um orçamento flexível

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    O aplicativo Toshl permite ajustar o orçamento automaticamente conforme a renda recebida no mês, o que o torna indicado para profissionais liberais, que não recebem salário fixo. As despesas e receitas são classificadas por tags sugeridas pelo app. A cada gasto ou receita lançada é possível adicionar fotos, localizações e lembretes. Os dados inseridos no app também podem ser acessados pelo site. O Toshl está disponível para iOS, Android e Windows Phone.
  • 18. Minhas economias - Para quem precisa atingir metas

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    O destaque da ferramenta é o “Gerenciador de sonhos”. Ao informar uma meta (como a compra de um carro), a data que pretende atingi-la e o seu custo estimado, o sistema calcula automaticamente quanto será preciso poupar por mês. Já a funcionalidade “Minhas Respostas” permite tirar dúvidas com outros usuários da ferramenta de forma anônima. É possível importar transações de extratos bancários ou de planilhas em Excel. Pode ser acessado tanto pelo site, como pelos aplicativos para Android e iOS.
  • 19. Organizze - Para quem busca facilidade

    19 /22(Reprodução)

    Com estrutura simples, o Organizze é ideal para quem quer anotar apenas o básico. É possível, por exemplo, marcar lançamentos como pagos ou recebidos com um clique. Disponível para web, iOS e Android.
  • 20. Moni - Para quem só quer registrar receitas e despesas

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    Com design simples, o Moni registra receitas e despesas e mostra o saldo final do usuário, sendo uma opção para quem gosta de fazer as anotações de forma rápida e prática. Disponível para iOS.
  • 21. Orçamento Inteligente 2 - Para quem gosta de listas

    21 /22(Reprodução)

    Inspirado no design do bloco de notas do iPhone, o app Orçamento Inteligente 2 permite usar planilhas como listas de compra para projetos. Além disso, é possível sincronizar os dados inseridos em diferentes aparelhos e compartilhar o orçamento com toda a família. Disponível para iOS, com suporte para iPad.
  • 22. Agora conheça 10 livros clássicos sobre investimentos

    22 /22(Melpomenem/Thinkstock)

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