Tesouro Direto: os papéis prefixados com pagamento semestral de juros (NTN-Final) com vencimento em 2025 atingiram 15,01% ao ano (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2015 às 19h45.
São Paulo - Os juros dos papéis do Tesouro Nacional voltaram a subir hoje, acompanhando o nervosismo dos mercados com a alta do dólar, com o risco de rebaixamento da nota de crédito do país e com o receio de saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do cargo.
A oscilação foi tão grande que levou o Tesouro Direto, sistema de negociação via internet, a suspender as operações até as 18 horas.
Ao mesmo tempo, o Tesouro Nacional suspendeu o leilão de papéis prefixados e pós-fixados previsto para hoje, devido ao prêmio mais alto exigido pelos investidores para comprar os títulos.
Os papéis prefixados com pagamento semestral de juros (NTN-Final) com vencimento em 2025 atingiram 15,01% ao ano, bem acima dos juros atuais da Selic, de 14,25%, indicando a alta dos juros nos próximos 10 anos.
Para 2018, os prefixados com juros somente no vencimento (LTN) pagavam pouco menos, 14,97%, e, para 2021, 14,95%, taxas que indicavam forte pessimismo dos investidores com o futuro da economia brasileira e o controle da inflação.
Os papéis corrigidos pela inflação também passaram a pagar mais. As NTN-B Principal (sem juros semestrais) com vencimento em 2019 pagavam 7,64% ao ano mais IPCA e as para 2035, 7,50% ao ano além da inflação.
As NTN-B com juros semestrais com vencimento em 2050 pagavam 7,46% reais.