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Inadimplência cai em agosto, mas endividamento atinge 67,2% das famílias

Em agosto, a taxa de famílias endividadas atingiu 67,2% do total. São 2,68 milhões com algum tipo de dívida

Em termos absolutos, 309 mil famílias não conseguiram pagar as dívidas em atraso (Joe Raedle/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2021 às 12h47.

Última atualização em 1 de setembro de 2021 às 21h17.

Boas notícias para o mercado de crédito: a inadimplência registrou recuo de 19,1%, em julho para 18,8% em agosto na cidade de São Paulo. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ( FecomercioSP ).

Por outro lado, a inflação e o desemprego elevados levaram a cidade a um novo recorde de endividamento. O avanço histórico é motivado pela necessidade, e não por uma melhora da economia, aponta a pesquisa.

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Em agosto, a taxa de famílias endividadas passou de 66,1% para 67,2%. São 2,68 milhões com algum tipo de dívida -- um aumento de 46 mil famílias na comparação mensal e de 446 mil em relação a agosto de 2020, quando a taxa era de 56,4%.

Os lares com dívidas em atraso, por sua vez, somam 750 mil. No ano, houve avanço de 1,6 ponto percentual (p.p.).

Em termos absolutos, 309 mil famílias não conseguiram pagar as dívidas em atraso em agosto. Houve ainda queda no número daquelas que acreditam que não será possível honrar a dívida (7,7%, ante os 8,3% em julho). Para continuar consumindo, elas têm buscado o cartão de crédito, responsável por 80,7% dos endividados.

Na sequência, estão os carnês (18,6%), com o maior porcentual desde agosto de 2015. Quanto à forma de pagamento, o cartão de crédito parcelado lidera, com 28,6%, seguido pelas opções de débito (22 7%) e de dinheiro (20,4%). O porcentual de 28,6% do parcelado é o maior registrado desde novembro do ano passado.

O Índice de Consumo das Famílias (ICF), que integra o levantamento, obteve alta de 2,1% em agosto, mas ainda demonstra insatisfação, com 69 pontos, ante os 67,5 de julho.

Desde abril, o ICF se mantém no patamar dos 60 pontos e não encontra bases sólidas para crescer em um ritmo mais forte. Além disso, todos os sete itens analisados pelo ICF estão abaixo dos 100.

O que influenciou a alta no mês, entretanto, foram os itens relacionados a Futuro, Perspectiva de Consumo (8% e 73,2 pontos) e Perspectiva Profissional (4,5% e 80,9 pontos).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) também apresentou avanço tímido (0,9%), ao passar de 111 para 112 pontos. Os grupos que influenciaram o ICC foram mulheres, consumidores acima de 35 anos e com renda superior a dez salários mínimos. Esta tendência pode estar relacionada à reabertura da economia, com o avanço da vacinação.

 

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