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Impostômetro atinge R$ 1 trilhão, duas semanas antes que em 2021

Os brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em impostos neste ano a governos federal, estaduais e municipais

Impostômetro: cálculo da ferramenta da Associação Comercial de São Paulo leva em consideração tributos recolhidos nos governos municipais, estaduais e federal (Carlos Severo/Fotos Públicas/Divulgação)

Karla Mamona

Publicado em 3 de maio de 2022 às 11h01.

Última atualização em 4 de maio de 2022 às 10h35.

Os brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em impostos neste ano a governos federal, estaduais e municipais. A marca foi registrada pelo Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo, no centro histórico da capital paulista, na madrugada desta terça-feira, 3 de maio. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

No ano passado, a marca foi registrada 16 dias depois, no dia 19 de maio de 2021. Considerando os últimos cinco anos, a marca foi registrada antes do previsto. Em 2020, R$ 1 trilhão em impostos pagos foi atingido em 27 de junho, em 2019, em 24 de maio e em 2018, 3 de junho.

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A explicação da Associação Comercial de São Paulo está relacionada ao aumento da inflação. Marcel Solimeo, economista da entidade, destaca que parte dos impostos incidem sobre os preços dos produtos, o chamado imposto embutido. “Quanto maior o preço, maior o imposto embutido. Alguns itens estão extremamente tributados, como o caso dos combustíveis e da energia elétrica”, disse.

O que é o Impostômetro?

O Impostômetro é um painel que foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista.

O Impostômetro estima quanto de impostos, taxas, contribuições e multas que os brasileiros pagam à União, os estados e os municípios. Ele calcula automaticamente os dados utilizados pela Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As receitas dos estados e do Distrito Federal são apuradas com base nos dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), das Secretarias Estaduais de Fazenda, Tribunais de Contas dos Estados e Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. As arrecadações municipais são obtidas por meio dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, dos municípios, que divulgam seus números em atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal, dos Tribunais de Contas dos Estados.

Somados, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), imposto sobre serviços (ISS), o Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), imposto sobre produtos industrializados (IPI) e o imposto de importação (II) representam a maior fatia de arrecadação para os cofres públicos. Vale destacar também como representativo para os cofres públicos o montante pago pela população e pelas empresas em imposto de renda (IR).

O total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet, na página do Impostômetro ( www.impostometro.com.br ). É possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria.

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