Febraban: em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para isso (crazydiva/Thinkstock)
Editora de Finanças
Publicado em 23 de maio de 2023 às 10h53.
A Federação dos Bancos (Febraban) faz um alerta sobre um golpe que tem sido aplicado recentemente causando prejuízo financeiro para as vítimas: o golpe do empréstimo. Funciona dessa maneira: organizações criminosas se passam por falsas instituições financeiras e oferecem crédito com condições muito vantajosas para o consumidor, na maioria dos casos, prometendo liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados.
Quando o interessado preenche o cadastro nos sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um suposto contrato, mas, sem que o usuário perceba, colocam cláusulas impondo multas, caso haja desistência. Também fazem ameaças e dizem que irão enviar o nome do cliente para bureaus de crédito para que ele fique negativado.
Para que o falso empréstimo seja liberado, os golpistas pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a prática é normal no mercado.
Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, explica que não existe nenhum empréstimo em que a pessoa tenha que fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas. “Este tipo de abordagem é golpe. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para isso.”
Ele afirma ainda que que o cliente sempre deve desconfiar de sites na internet que ofereçam crédito com condições vantajosas. A orientação é pesquisar e verificar se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos.
A Febraban também esclarece que a entidade não faz qualquer tipo de cobrança, emite comunicado sobre recolhimento de impostos, informe sobre pagamento de parcelas de empréstimos e tampouco oferece empréstimos. A Febraban é uma associação civil sem fins lucrativos que reúne instituições financeiras do país. No desempenho de suas atividades, a entidade não tem relacionamento direto com clientes e usuários do sistema bancário.
A Federação ainda ressalta que não contata pessoas físicas ou jurídicas por ligação telefônica, carta, e-mail, WhatsApp ou quaisquer redes sociais, para realização de procedimentos de segurança ou para efetivação de operações financeiras. Trata-se de modalidade de golpe.