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Gastos aumentam no começo do ano. Veja 6 dicas para se planejar

Ano novo, os mesmos boletos. As despesas dos brasileiros sempre crescem nesse período, mas muitos ainda são pegos de surpresa. Entenda como se organizar

Palavra de ordem é disciplina. Coloque na ponta do lápis seus planos para o próximo ano e entenda também se está mal endividado (iStock/Abril Branded Content)
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Vanessa Daraya

Publicado em 22 de novembro de 2019 às 17h50.

Última atualização em 25 de novembro de 2019 às 15h11.

A virada do ano é um ótimo momento para estabelecer novas metas e planos. Mas também é nessa época que surgem contas que podem até triplicar os gastos para alguns brasileiros. Isso porque certas despesas são inevitáveis nos primeiros meses do ano. Contas como IPTU, matrícula escolar, compra de materiais escolares e IPVA passam a figurar as pendências financeiras e a pesar no bolso. Assim, muitos ainda sofrem para arcar com esses custos, principalmente por conta dos abusos cometidos nas compras para as festas de Natal e Réveillon.

É o que prova um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL). A pesquisa, feita no fim de 2018, aponta que apenas 9% dos brasileiros afirmam ter condições de pagar as despesas do início de ano com os próprios rendimentos. Além disso, 11% dos entrevistados dizem não ter feito nenhum planejamento financeiro para honrar esses compromissos.

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Por outro lado, 31% da população conseguiu juntar dinheiro ao longo do ano para arcar com as despesas do primeiro trimestre e outros 31% dos entrevistados garantem ter guardado ao menos parte do 13º salário para cobrir os gastos. A pesquisa também mostra que 24% decidiram abrir mão de compras no Natal para sobrar recursos, provando que existem formas de não começar o ano já mal endividado com créditos emergenciais que oferecem taxas exorbitantes – como cheque especial e rotativo do cartão de crédito.

Não comece o ano mal endividado

Para começar 2020 com a saúde financeira em dia, a palavra de ordem é manter a disciplina. "Faça um planejamento para os primeiros seis ou três meses. É melhor pensar no curto prazo do que deixar de se preparar", explica Flávio Schechter, gerente de crédito da Creditas .

Ao colocar na ponta do lápis seus planos para o próximo ano, também é importante entender se está mal endividado. Um exemplo de mau endividamento são os créditos que muitas pessoas tomam sem avaliar as altas taxas, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito. "Analise os juros das suas dívidas, o valor das parcelas, o custo total e o prazo que você tem para quitá-las. Com essas informações em mãos, compare-as com o refinanciamento", aconselha Schechter.

Nesse cenário, o recomendado por especialistas é trocar a dívida cara pela barata: é possível conseguir condições de pagamento melhores, com juros mais saudáveis e prazos maiores. Isso contribui para que o consumidor não fique com a renda comprometida e, consequentemente, não inicie o ano mal endividado.

"É nesse momento que o empréstimo com garantia é útil, porque ele tem taxas mais baixas, que cabem no bolso, possibilitando outros gastos que sejam fundamentais", diz.

Na Creditas, por exemplo, é possível trocar os juros do cheque especial, que chegam a quase 13% ao mês, por taxas de 1,59% por meio de um empréstimo com garantia de veículo. Dessa forma, ao colocar um bem como garantia, as condições ficam mais vantajosas e as quantias oferecidas são mais altas.

"Você pode usar o seu patrimônio para alavancar recursos e realizar sonhos, como ampliar os negócios, fazer uma viagem ou até mesmo dar uma festa", conta o gerente de crédito. "No começo do ano, sempre surgem metas e desejos a serem realizados. Então, por que não usar um bem próprio para levantar um crédito de qualidade e viabilizar essas conquistas?", completa.

Veja, a seguir, algumas dicas para começar o próximo ano com as contas no azul.

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1_ Entenda suas receitas e despesas

Muito mais do que estabelecer metas, um bom planejamento financeiro inclui conhecer todas as receitas e despesas do orçamento. Ou seja, você precisa compreender exatamente como funciona o seu fluxo de caixa. "Muitos ainda não entendem quanto ganham por mês. Sabem o valor bruto, mas não o líquido, porque não têm o costume de olhar a conta-corrente: gastam no cartão de crédito e colocam algumas contas no débito automático", diz.

"O planejamento é fundamental, pois ele permite que você enxergue a linha do tempo da sua vida financeira e saiba o momento em que terá um descasamento entre despesas e receitas que exija atenção", explica. É nessa situação que é importante entender as contas que chegam no primeiro trimestre, calcular os gastos e o quanto sobra, para poder pensar na viagem para as próximas férias, em uma reserva de emergência ou no investimento para uma aposentadoria no futuro.

2_ Imagine os possíveis cenários

É fundamental pensar nas fontes de receita para o próximo ano e construir algumas hipóteses. "Temos que pensar em cenários: o mais provável, o pessimista e o otimista", explica Schechter. Por exemplo, um funcionário com contrato CLT pode ter o mesmo salário durante todo o ano ou receber um aumento, de acordo com as perspectivas que o empregador oferece. Se isso estiver em vista, pode ser considerado no planejamento. Por outro lado, é possível também prever se esse profissional corre o risco de ser demitido, dependendo do momento da empresa. Com essas expectativas delimitadas, fica mais difícil ser pego desprevenido.

3_ Mapeie os gastos

Um bom planejamento financeiro inclui mapear as despesas. "O bom da virada do ano é que fica mais fácil entender a sazonalidade das contas", explica Schechter. Um exemplo são os impostos pagos no começo do ano, como o IPVA e o IPTU.

Também é importante mapear os gastos essenciais, mas que variam de acordo com o consumo, como contas de luz e de gás. Lembre-se também de que até os gastos fixos mudam. Por mais que seja fácil colocar na ponta do lápis quanto do seu orçamento mensal vai para o aluguel, ao longo do ano ele pode sofrer reajustes, impactando diretamente as despesas anuais.

4_ Elimine gastos invisíveis

Identifique gastos que ficam invisíveis na rotina. Às vezes, você já se habituou a pagar alguma conta e ainda nem percebeu que não tem mais usado o serviço relacionado a ela, por exemplo. É essencial entender onde estão esses gargalos para reduzir despesas que até podem ter baixo custo mensal, mas fazem diferença quando colocados na ponta do lápis. Para que isso seja possível, é preciso ter o controle desses valores, seja em uma planilha, em um aplicativo ou até em bloquinho de anotações. "O que importa é o acompanhamento, registrar tudo para conseguir enxergar o panorama geral", afirma o especialista.

5_ Faça uma reserva de emergência

"É importante incluir no planejamento do próximo ano ou semestre um espaço para economizar e criar uma reserva de emergência", ressalta Schechter. Portanto, não deixe de guardar uma quantia do seu salário todos os meses, mesmo que o valor seja pequeno.

Calcule o seu custo mensal e junte o suficiente para se manter por pelo menos seis meses, em caso de perda de emprego, por exemplo. Mas lembre-se: esse dinheiro só deve ser utilizado em imprevistos. Isso vai ajudá-lo a evitar a entrada em modalidades de crédito emergenciais.

6_ Invista o seu dinheiro

Caso já tenha uma reserva de emergência e não esteja mal endividado, vale buscar diferentes tipos de investimento. Eles podem ajudar, inclusive, a arcar com as despesas do início do ano. Só não se esqueça de que os gastos do primeiro trimestre não podem ser considerados uma emergência, eles devem ser sempre previstos. "Como já são conhecidos, esses custos têm que fazer parte do planejamento e seria interessante poupar recursos em alguma aplicação acessível para usar em situações como essa", reforça. Uma boa ideia, por exemplo, é poupar o 13º salário ou a restituição do imposto de renda para esse momento.

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