Fundos RF índices perdem 3,87% no ano e vão perder mais

São Paulo - Os fundos renda fixa índices, que aplicam em Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), papéis de longo prazo corrigidos pela inflação, acumulam perda de 1,76% no mês até dia 14. No ano, a perda média desse tipo de fundo está em 3,87%, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais ( Anbima ).

E a perda vai ser ainda maior quando forem incorporados os impactos da alta dos juros de hoje nos papéis que compõem essas carteiras. Amanhã, as cotas dos fundos já estarão disponíveis para os investidores em seus bancos, mas a Anbima só terá os números daqui a um ou dois dias, quando as instituições mandarem os dados.

O impacto da alta dos juros neste mês foi tão grande que até os fundos renda fixa tradicionais, que são mais diversificados e possuem mais títulos corrigidos pelos juros diários (LFTs e CDBs corrigidos pelo CDI), apresentam perda média de 0,07% no mês. No ano, o ganho ainda é de 2,42%, mas essas carteiras também devem ampliar as perdas com a inclusão dos resultados de hoje.

A alta dos juros provoca a queda dos preços dos títulos prefixados e dos corrigidos pela inflação, mas que possuem uma parcela de juros fixa. Quando o juro sobe, os papéis antigos, com taxas menores, precisam perder valor para se ajustar ao valor de mercado. Se as taxas recuarem, os papéis voltam a render mais. E quanto maior o prazo dos títulos em carteira, maior o impacto nas cotas, tanto para cima, quando os juros caem, quanto para baixo, quando os juros sobem.

Assim, fundos DI, que acompanham os juros, apresentam ganho no mês de 0,31% e de 3,24% no ano.

Os fundos renda fixa índices apresentam ainda saques de R$ 2,853 bilhões no mês até dia 14, segundo dados da Anbima.

Além dos renda fixa índices, os fundos multimercados macro e trading apresentam fortes perdas no mês, de 1,40% e 1,94%, provavelmente por conta de posições em bolsa ou por erros na aplicação em renda fixa ou dólar.

Os multiestratégia, que possuem uma parcela em bolsa, perdem 0,98%. Isso significa que mesmo os gestores profissionais não conseguiram tirar vantagem das fortes flutuações dos mercados neste mês.

Mas o maior estrago é dos fundos de ações, com as carteiras indexadas ao IBrX caindo em média 6,96%. Os ações sustentabilidade ou governança perdem 6,81% os small caps, 6,32%. Os de dividendos têm perda menor, 4,99%.

Os fundos FGTS Petrobras perdem 12,76% no mês e 14,54% no ano, e os da Vale, 1,27% em junho e 27,50% no ano.

Abaixo a rentabilidade e a captação das principais categorias de fundos.

Fonte: Anbima. Até dia 14 de junho.

São Paulo - Os fundos renda fixa índices, que aplicam em Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), papéis de longo prazo corrigidos pela inflação, acumulam perda de 1,76% no mês até dia 14. No ano, a perda média desse tipo de fundo está em 3,87%, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais ( Anbima ).

E a perda vai ser ainda maior quando forem incorporados os impactos da alta dos juros de hoje nos papéis que compõem essas carteiras. Amanhã, as cotas dos fundos já estarão disponíveis para os investidores em seus bancos, mas a Anbima só terá os números daqui a um ou dois dias, quando as instituições mandarem os dados.

O impacto da alta dos juros neste mês foi tão grande que até os fundos renda fixa tradicionais, que são mais diversificados e possuem mais títulos corrigidos pelos juros diários (LFTs e CDBs corrigidos pelo CDI), apresentam perda média de 0,07% no mês. No ano, o ganho ainda é de 2,42%, mas essas carteiras também devem ampliar as perdas com a inclusão dos resultados de hoje.

A alta dos juros provoca a queda dos preços dos títulos prefixados e dos corrigidos pela inflação, mas que possuem uma parcela de juros fixa. Quando o juro sobe, os papéis antigos, com taxas menores, precisam perder valor para se ajustar ao valor de mercado. Se as taxas recuarem, os papéis voltam a render mais. E quanto maior o prazo dos títulos em carteira, maior o impacto nas cotas, tanto para cima, quando os juros caem, quanto para baixo, quando os juros sobem.

Assim, fundos DI, que acompanham os juros, apresentam ganho no mês de 0,31% e de 3,24% no ano.

Os fundos renda fixa índices apresentam ainda saques de R$ 2,853 bilhões no mês até dia 14, segundo dados da Anbima.

Além dos renda fixa índices, os fundos multimercados macro e trading apresentam fortes perdas no mês, de 1,40% e 1,94%, provavelmente por conta de posições em bolsa ou por erros na aplicação em renda fixa ou dólar.

Os multiestratégia, que possuem uma parcela em bolsa, perdem 0,98%. Isso significa que mesmo os gestores profissionais não conseguiram tirar vantagem das fortes flutuações dos mercados neste mês.

Mas o maior estrago é dos fundos de ações, com as carteiras indexadas ao IBrX caindo em média 6,96%. Os ações sustentabilidade ou governança perdem 6,81% os small caps, 6,32%. Os de dividendos têm perda menor, 4,99%.

Os fundos FGTS Petrobras perdem 12,76% no mês e 14,54% no ano, e os da Vale, 1,27% em junho e 27,50% no ano.

Abaixo a rentabilidade e a captação das principais categorias de fundos.

Fonte: Anbima. Até dia 14 de junho.