Invest

Fundos de investimento devem voltar ao radar do investidor em 2021, diz Anbima

Poupança, CDBs e ações foram os instrumentos preferidos dos brasileiros no último ano

Descobrir sua tolerância ao risco de investimento auxilia na descoberta do perfil de investidor e em quais produtos aplicar (Unsplash/Divulgação)

Descobrir sua tolerância ao risco de investimento auxilia na descoberta do perfil de investidor e em quais produtos aplicar (Unsplash/Divulgação)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 11h52.

Última atualização em 4 de março de 2021 às 14h22.

Após sofrerem uma queda de 8,7% no volume financeiro negociado em 2020, os fundos de investimento devem voltar aos holofotes este ano segundo José Ramos Rocha Neto, presidente do Fórum de Distribuição da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). 

Não caia em furada. Saiba como investir bem e com as melhores recomendações do maior banco de investimentos da América Latina

“Com a recuperação da economia, a tendência é que os fundos voltem a ter uma grande participação na indústria de investimentos porque são um grande instrumento de diversificação”, afirmou Rocha Neto em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 4.

O tipo de fundo que puxou todo o segmento para baixo foram os fundos de renda fixa, que representavam 23,1% da carteira dos investidores brasileiros em 2019 e passaram a ocupar uma fatia de 16,1% em 2020. 

O resultado é consequência da baixa na taxa Selic, atualmente em sua mínima de 2% ao ano. “Isso diminui o rendimento dos fundos de renda fixa, e coloca um peso maior na taxa de administração cobrada por esses produtos”, afirma Rocha Neto.

Este ano, porém, a expectativa é de alta na taxa básica de juros, o que pode favorecer os fundos de renda fixa. Por sua vez, os fundos de investimento multimercados e de ações cresceram, respectivamente, 0,4% e 0,9% em termos de participação na indústria em 2020.

Poupança e CDB devem crescer menos

A poupança viu seu volume financeiro aumentar em 21,6% em 2020, impulsionada pelo auxílio emergencial pago pelo governo a partir de abril do ano passado. As últimas parcelas da medida foram distribuídas em janeiro de 2021 e ainda não há consenso sobre uma possível extensão da medida. Rocha Neto acredita que, sem o auxílio, a poupança não deve manter os mesmos níveis de crescimento.

Outro investimento que pode ter seu progresso contido são os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). "A base de investidores estava pequena, o que destacou a alta do interesse por esses produtos em 2020", explica presidente do Fórum de Distribuição da Anbima. Entre os investidores de varejo, houve um aumento de 34,1% no volume financeiro aplicado no produto.  

Para 2021, Rocha Neto acredita que a participação de CDBs nos portfólios dos brasileiros tende a se manter estável. “Se a perspectiva de expansão das carteiras de crédito continuar, os CDBs se mantêm como uma forte fonte de captação”, afirma.

As ações também aumentaram sua fatia de participação na indústria no último ano. Em 2019, os ativos representavam 33,1% do volume financeiro movimentado por investidores de varejo. No ano seguinte, a representação saltou para 47,8%.

Será que você deve investir em fundos de investimentos? Descubra com o quiz interativo da EXAME

Acompanhe tudo sobre:AçõesCDBFundos de investimentofundos-de-renda-fixaPoupançaSelic

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio