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Este app quer ser o Tinder da venda de imóveis

App do Imóvel conecta proprietários e compradores sem a intermediação de corretores, de graça. Mas há desvantagens

App do Imóvel: Serviço conecta donos de imóveis e compradores com likes e matches (App do Imóvel/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2016 às 18h44.

  • 2. Aplicativo App do Imóvel

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  • 5. Aplicativo App do Imóvel

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  • São Paulo - Um novo aplicativo quer conectar vendedores e compradores de imóveis por meio de likes e matches, assim como o Tinder , o famoso app de paqueras. Disponível para Android e iOS, o App do Imóvel não tem custos e promove a negociação direta, sem intermediação de imobiliárias .

    Como não há corretores envolvidos, o comprador não paga a taxa de corretagem, de 6% do valor do imóvel. Só aparecem para ele opções de seu interesse, de acordo com a localização e as características do imóvel desejado, cadastradas pelo comprador na plataforma.

    Ao dar like em uma casa, apartamento ou sala comercial, ele demonstra interesse. Assim como no Tinder, se o dono do imóvel retribui a curtida, ambos recebem uma notificação de que o outro está interessado, o chamado match. Só então, um pode ligar ou mandar e-mail para o outro sem ser inconveniente.

    “É como em uma paquera. Se você está na pista e a pessoa não deu bola para você, desista”, compara o idealizador do serviço, Felipe Jacinto. Diferentemente do Tinder, o App dos Imóveis não tem um chat de mensagens e as negociações são feitas somente por telefone ou e-mail. Com sorte, pode haver uma troca e um comprar o imóvel do outro.

    Não há custo para anunciar na plataforma, mas só é permitido um anúncio por imóvel. O aplicativo tem uma equipe que confere se as ofertas são direto de proprietários, e não de imobiliárias, e se as informações e contatos informados estão corretos.

    “O principal diferencial é que os anúncios são de qualidade. Você não precisa rolar páginas e páginas para encontrar o que deseja”, diz o fundador.

    Atualmente, o aplicativo tem 3 mil imóveis e 4.200 usuários cadastrados, mas a meta é atingir 36 mil pessoas até o fim do ano. Por enquanto, 80% dos imóveis são do estado de São Paulo , mas a plataforma aceita ofertas de todo o Brasil.

    É seguro comprar imóvel sem corretor?

    O App dos Imóveis é o primeiro aplicativo para smartphone de negociação de imóveis sem intermediação, mas outros sites já oferecem esse serviço, como Proprietário Direto  e o Direto com Dono. Mas afinal, é seguro fazer uma compra tão importante sem corretor e imobiliária por trás?

    Na tentativa de economizar com a taxa de corretagem, o consumidor pode acabar pagando mais caro sem a ajuda de um profissional especialista em negociação de preço, na opinião do consultor Marcelo Prata, especialista em financiamento imobiliário e presidente do Canal do Crédito. “O corretor desempenha um papel de mediador, que garante que as condições da negociação atendam as duas partes”, explica.

    O corretor também é o responsável por checar a documentação e garantir segurança jurídica na transação para o vendedor e o comprador. “Se o imóvel estiver sendo penhorado por uma dívida do antigo proprietário, quem comprou corre o risco de perdê-lo”, alerta Prata.

    O presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro, conta que já observou surgir diversas iniciativas parecidas com o App dos Imóveis, mas que nenhuma decolou a ponto de substituir o papel do corretor.

    “Os interesses do comprador e do vendedor de um imóvel são antagônicos, então é difícil confiar no proprietário. Corretores éticos mostram os imóveis de forma isenta e conciliam os interesses’, esclarece Teodoro.

    O Código Civil brasileiro determina que o corretor imobiliário é a figura que responde por perdas e danos de compradores e vendedores de imóveis.

    Em uma transação sem corretor, se houver algum problema de documentação, os dois precisam se resolver sozinhos ou somente com a ajuda de advogados, como lembra o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana. “O corretor não é um vendedor de imóveis. Ele dá assessoria técnica a ambas as partes”, diz.

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