Economizar com cachorro pode ser bom para ele e para o bolso
Troque o dinheiro que seria usado em novos brinquedos por uma ração melhor, por exemplo; veja outras dicas de especialistas
Júlia Lewgoy
Publicado em 9 de junho de 2016 às 15h00.
São Paulo - Ele é o queridinho da casa, quase um membro da família, e por isso mesmo exige dedicação – e dinheiro . Ter um cachorro adulto pode custar 240 reais por mês, em média, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Isso só para os gastos básicos com alimentação, higiene e vacinas, sem contar os mimos e os problemas mais graves de saúde.
EXAME.com ouviu veterinários e especialistas do mercado pet para mostrar onde dá para economizar, sem prejudicar a saúde do cão. Veja dicas de como gastar menos com seu cachorro:
1. Não gaste com acessórios e banho sem necessidade
Deixe a bolinha que pisca, a roupa, os biscoitos e o pote de ração decorado para trás. “O cachorro não olha para nada disso, só o vizinho”, brinca José Edson Galvão, presidente executivo da Abinpet. Gaste apenas com o essencial: a ração, as vacinas, os vermífugos e remédios anti-pulgas e o veterinário.
O banho também pode ser dado em casa, desde que você tome os cuidados necessários, como recomenda o veterinário Francis Flosi, presidente da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas (ABVET).
Coloque a água em uma temperatura morna, proteja os ouvidos e os olhos do cachorro, use produtos específicos para o cão e seque bem o pelo, com o secador mais potente do mercado, para evitar problemas de pele.
2. Gaste com a melhor ração para consumir menos pacotes
Provavelmente uma ração mais cara terá mais nutrientes e maior quantidade de proteção animal, em vez de vegetal, o que fará o cachorro se sentir mais saciado, diz Flosi, da ABVET. “É uma questão de custo-benefício. Na hora de comprar fica caro, mas o pacote vai durar mais tempo.”
Além disso, é claro, rações melhores fazem o metabolismo do seu cão funcionar de forma mais saudável (o que significa que ele vai fazer menos fezes e será mais fácil limpá-las), além de prevenir doenças. Por tudo isso, economizar com ração não é uma boa ideia.
3. Se ainda não escolheu o cachorro, prefira os viralatas
Além de contribuir com uma causa merecida e salvar a vida de um cão, adotar um viralata pode ser mais barato a longo prazo. Sua genética tende a ser mais resistente pela mistura de raças, o que faz com que a probabilidade dele ter doenças ao longo da vida seja menor, explica Flosi.
Além disso, o tamanho do cachorro influencia diretamente nos gastos que você terá com ele, especialmente por conta da quantidade de ração e do preço do banho. Segundo a Abinpet, um cão pequeno custa, em média, 181 reais por mês, enquanto um cachorro grande custa 314 reais mensais.
4. Previna problemas de saúde
Além de garantir a saúde do cachorro, a prevenção diminui as chances de ter que gastar com tratamentos de uma hora para a outra. Se antecipe aos problemas, como orienta a veterinária Carla Berl, fundadora e diretora do grupo Pet Care.
Isso inclui escovar os dentes do cão com frequência, controlar seu peso e fazer exames de rotina uma vez por ano, se ele tiver mais do que seis anos.
Passear em horários de temperatura amena e segurá-lo de forma segura, de preferência com uma coleira peitoral (com menos risco de o pet se soltar), também é importante. Controle a vontade de dividir o chocolate ou o churrasco com o cachorro e o alimente só com ração.
Também é recomendável medicar o bicho com vermífugos e controladores de pulgas e carrapatos antes que eles apareçam, com orientações do veterinário conforme a raça.
Segundo a Abinpet, o gasto médio com vermífugo é de cerca de 36 reais a cada seis meses. Já o controle de pulgas custa cerca de 3 reais mensais, se considerada uma pingada por mês na nuca do animal.
A vacinação também deve ser seguida à risca. De acordo com a Abinpet, doses anuais de V10 (que protege o cão de sete doenças), vacina contra a raiva, contra giárdia e contra gripe custam cerca de 300 reais ao ano, em média.
5. Considere fazer um plano de saúde
Planos de saúde para cachorros cobrem consultas, exames, vacinas e procedimentos ambulatoriais em casos de urgência. EXAME.com consultou as principais seguradoras do país e a opção mais em conta encontrada foi na Porto Seguro, de 60 reais por mês.
Segundo especialistas, esses planos costumam valer a pena, especialmente se o cão já tem mais do que seis anos e é considerado idoso.
“Há poucos hospitais veterinários públicos no país e as filas podem ser grandes para conseguir procedimentos de graça”, explica Galvão, da Abinpet.
Alguns planos mais sofisticados, e também mais caros, incluem até consultas domiciliares, parto, castração e tratamentos como acupuntura e fisioterapia.
Se você não tiver como pagar um plano de saúde, a dica é procurar ONGs ou hospitais universitários, que oferecem serviços de qualidade a preços baixos, como aconselha o veterinário Josélio Moura, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária.
UF | Paraná |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 60,1 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 16,4 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 65,1 |
UF | Rio Grande do Sul |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 59,2 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 22,8 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 62,3 |
UF | Mato Grosso |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 56,2 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 19,7 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 81,5 |
UF | Rondônia |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 56,2 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 27,4 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 76,8 |
UF | Acre |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 55,9 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 24,5 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 61,7 |
UF | Santa Catarina |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 55,3 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 16,3 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 63,1 |
UF | Mato Grosso do Sul |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 54,9 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 20,1 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 79,5 |
UF | Roraima |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 53,9 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 24,5 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 54,1 |
UF | Goiás |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 52,1 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 12,5 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 81,6 |
UF | Pará |
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Proporção de domicílios com algum cachorro (%) | 48,8 |
Proporção de domicílios com algum gato (%) | 23,0 |
Proporção de domicílios com algum cachorro ou gato e em que todos os cachorros e gatos foram vacinados contra raiva nos últimos 12 meses (%) | 65,0 |