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Economia corre menos riscos com Lula, diz Mailson

Em seminário em São Paulo, ex-ministro da Fazenda diz que a política econômica seria menos ortodoxa e previsível se o PSDB tivesse vencido as eleições presidenciais de;2002

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os riscos da economia brasileira poderiam ser maiores hoje caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tivesse sido eleito. A opinião é do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega. Na avaliação do economista, Lula é mais ortodoxo na política econômica do que José Serra seria se tivesse sido eleito em 2002. "Os riscos hoje são menores do que seriam com Serra", disse Mailson, num seminário em São Paulo.

Para o ex-ministro, hoje sócio da Tendências Consultoria, o governo do PSDB tenderia a diminuir a taxa básica de juros (Selic) de maneira mais abrupta. "Ele iria mudar a política econômica", declarou. "Lula teve de ser mais ortodoxo para provar que tinha mudado."

Projeções

O ex-ministro também apresentou uma série de números e previsões sobre a economia brasileira. De acordo com as estimativas da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 4,7% neste ano e 4% em 2005. "Uma expansão de 4% é o mínimo." O crescimento, disse, será acompanhado por recuperação da renda e do emprego. Segundo ele, a renda dos trabalhadores deve aumentar entre 2% e 3% até dezembro, e a taxa de desempenho pode cair na mesma proporção. "Isso significa uma recuperação salarial de 5% a 6%, que é o melhor cenário desde 1996."

Tanta projeção otimista, entretano, não significa que a situação do Brasil seja cor-de-rosa. Falando sobre crédito num seminário realizado na Universidade de São Paulo (USP) nesta manhã, Mailson lembrou que uma das condições essenciais para garantir o crescimento econômico no longo prazo é a existência de financiamento. "E o Brasil tem umas esquisitices difíceis de serem vencidas e que limitam o acesso a crédito." Algumas delas são, segundo ele, o direcionamento obrigatório de crédito para a agropecuária e o financiamento imobiliário; a tributação em cascata sobre operações financeiras; e o "Judiciário pró-devedor".

Essas características fazem com que a oferta de crédito no Brasil responda por apenas 26,3% do PIB, enquanto países como Estados Unidos, Alemanha e Coréia do Sul têm mais de 100% do PIB disponível para empréstimos. No Chile, o percentual é de 70%. Por isso, afirma o ex-ministro, o Brasil só cresceu cerca de 30% nos últimos dez anos, enquanto o Chile teve uma expansão de 90% e a Coréia, de 100%.

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