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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Os dados sobre dívida interna do governo federal em setembro não foram nada animadores.A dívida aumentou 1,25% em setembro, em relação a agosto, e atingiu 771,3 bilhões de reais. No mês retrasado, o montante estava em 761,77 bilhões. Foram emitidos 19,2 bilhões em títulos públicos no último mês. O governo também resgatou 18,2 bilhões, sendo 15,5 bilhões referentes a vencimentos de setembro e 2,7 bilhões a operações de compra ou troca de papéis.
O governo conseguiu aumentar o prazo médio dos papéis emitidos em setembro para 18,1 meses, contra 13,3 em agosto. O esforço, porém, não foi suficiente para alongar o perfil da dívida em estoque. Isto porque o prazo médio do estoque da dívida baixou de 29,3 meses para 28,6 meses.
A parcela de títulos com vencimento de curto prazo (até 12 meses) em poder do mercado também cresceu. Em setembro, esses papéis representaram 46,7% do total da dívida interna federal, contra 44,5% em agosto. Em valores, a evolução correspondeu a um incremento de 21,4 bilhões de reais entre os dois meses.
Os papéis atrelados à taxa básica de juros (Selic) continuam representando o maior montante da dívida. Em setembro, esses títulos somaram 449,55 bilhões de reais e responderam por 58,28% do total da dívida interna. Apesar dos sucessivos aumentos da Selic, que oneram os cofres públicos devido à necessidade de incorporação dos juros decorrentes do reajuste da taxa, o montante de papéis remunerados pela Selic cresceu pouco pois, em agosto, eles alcançavam 445,55 bilhões. Em participação relativa, houve queda, pois, no mês retrasado, esse tipo de papel representava 58,49% dos vencimentos federais.
A maior parcela dos títulos lançados (cerca de 6 bilhões de reais) em setembro foi prefixada. Com isso, a participação dos papéis prefixados na dívida federal interna total subiu de 16,7% em agosto para 17,5% no mês passado. Em valores, o item subiu de 126,87 bilhões para 134,68 bilhões. Segundo o Banco Central (BC), a porcentagem de títulos prefixados sobre a dívida total permanece dentro da faixa de 13% a 23%, determinada pelo Plano Anual de Financiamento do Tesouro Nacional (PAF) de 2004.