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Conta de luz fica mais cara a partir de hoje. Veja o impacto no seu bolso

Gasto per capita pode chegar a 163 reais em 12 meses ou à metade do valor até novembro nas atuais condições tarifárias; veja como evitar o aumento da fatura

A conta de luz mais cara passa a ser uma realidade para os brasileiros diante da crise hídrica | Foto: Marcos Santos/USP Imagens (Divulgação/Divulgação)

A conta de luz mais cara passa a ser uma realidade para os brasileiros diante da crise hídrica | Foto: Marcos Santos/USP Imagens (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2021 às 13h21.

Última atualização em 1 de junho de 2021 às 13h30.

A mais grave crise hídrica em 91 anos levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a decretar a bandeira vermelha patamar 2 para as tarifas de energia em todo o país no mês de junho, começando nesta terça-feira, dia 1º.

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Isso significa que, em termos práticos, a cada 100 kWh, um consumidor ou uma família vai pagar 6,243 reais a mais na conta de luz. No ano passado, o consumo per capita na Região Sudeste foi de 2.609 kWh, segundo informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão federal responsável pelo planejamento da oferta no país.

Isso significa que, projetado em 12 meses, a bandeira vermelha patamar 2 representaria um gasto adicional de 162,88 reais para cada brasileiro no ano.

Analistas do setor elétrico projetam que a cobrança adicional com a bandeira tarifária deve se manter até o final do ano, uma vez que, com a falta de chuvas e o nível baixo dos reservatórios das maiores usinas hidrelétricas do país, especialmente na região centro-sul, o governo terá de continuar a recorrer a fontes de geração mais onerosas.

Uma família com quatro pessoas, portanto, pode gastar pelo menos 325,76 reais a mais se a bandeira vermelha patamar 2 for mantida até novembro, mês em que o regime de chuvas na região centro-sul começa a ficar mais intenso. É o valor per capita multiplicado por quatro pessoas e dividido por dois, na hipótese de seis meses com essa situação.

Será uma pressão a mais para o preço da energia. Nos 12 meses acumulados até meados de maio, segundo o IPCA-15, que é a prévia da inflação oficial ao consumidor, a energia elétrica ficou 8,05% mais cara na média nacional. Mas, em algumas regiões metropolitanas, como a de Fortaleza (Ceará), a alta anual chegou a 17% na metade de maio.

As bandeiras tarifárias são aplicadas na conta de luz desde 2015, com sua definição pela Aneel. O objetivo é sinalizar ao consumidor o custo de geração da energia no país, como um incentivo para que o usuário brasileiro seja mais consciente e racional no uso da eletricidade — por exemplo, tomando banhos menos demorados ou acumulando roupas sujas para usar a máquina de lavar menos vezes na semana.

Existem três bandeiras tarifárias e quatro patamares: verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2. Quando a bandeira está verde, a situação de oferta de energia é confortável e não há qualquer custo adicional ao consumidor. Quando está na bandeira vermelha patamar 2, como neste mês de junho, é a situação mais delicada e cara possível.

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