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Como recupero o que perdi em um fundo de inflação?

Internauta quer saber se deve continuar investindo em fundo que investe em títulos de renda fixa atrelados à inflação e também como recuperar suas perdas


	Com a alta dos juros, papéis indexados à inflação apresentaram perdas em 2013
 (GettyImages)

Com a alta dos juros, papéis indexados à inflação apresentaram perdas em 2013 (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2013 às 08h00.

Dúvida do internauta: Invisto em um fundo de inflação que segue o IMA-B (Índice de Mercado Anbima, que replica o desempenho de uma cesta de títulos públicos atrelados à inflação, as NTN-B) desde janeiro de 2013, e até o momento só tive perdas do principal. A retirada só poderá ser efetuada em janeiro de 2014. Devo continuar nesse tipo de fundo? Qual a melhor saída para reaver o que perdi?

Resposta de Fabiano Pessanha*:

A cada novo investimento que fazemos em nossa vida, seja no âmbito pessoal ou profissional, nos deparamos com diversos dilemas e restrições. E são essas restrições que nos fazem ter a grande capacidade de nos diferenciar no meio da multidão: a capacidade de escolha.

Como só é possível realizar boas escolhas quando temos boas informações, a capacidade de analisá-las corretamente faz parte do nosso desafio como investidor.

Seguindo esse raciocínio, a Anbima criou diversos índices de acompanhamento do mercado de renda fixa para atender à demanda dos investidores: os Índices de Mercado Anbima, ou IMA. Essa família de índices representa uma carteira teórica que demonstra a evolução da carteira de títulos públicos federais a preços de mercado, com abrangência aproximada de 97% desse segmento de mercado. Exatamente por essa representatividade que muitas vezes é usada como o parâmetro (benchmark) a ser superado pelos fundos de investimento.

O fundo IMA-B, que está atrelado à inflação pelo IPCA (NTN-B), sofreu com as seguidas elevações das taxas de juros, acompanhando as expectativas do mercado. As previsões para os próximos meses ainda não são animadoras. Nesse caso, vale rever essa estratégia de investimento, sem aumentar suas aplicações nessa classe de fundos de índice, tendo em vista a expectativa de 9% da Taxa Selic no relatório Focus do Banco Central.

Para recuperar o que perdeu, sugiro que busque na imprensa especializada quais são os gestores de fundos multimercados com resultado mais consistente ao longo dos últimos anos, e com patrimônio superior a um bilhão de reais. Esses gestores têm capacidade de ser bastante assertivos em diversos cenários da economia brasileira, muitas vezes bastante adversos, o que os credencia para esse acompanhamento. Além disso, os fundos multimercados têm a vantagem de atuarem em diversos mercados ao mesmo tempo, e o investidor se beneficia da estrutura de análise desses grupos para que suas aplicações tenham mais rentabilidade.

Sugiro a você sempre realizar a alocação do seu portfólio segundo seu prazo de investimento e objetivos a serem alcançados, usando a estratégia de “asset allocation”, pela qual, após a identificação do seu perfil, se faz possível aproveitar as tendências do mercado e se defender em momentos de crise.

Ao contrário do que podemos perceber à primeira vista, é bem simples fazer o “asset allocation” de sua carteira de investimento. Para isso, basta levar o extrato de seus investimentos para os profissionais certificados de instituição financeira ou corretora de valores, dando preferencia àqueles que possuem no mínimo a certificação CPA-20 da ANBIMA.

*Fabiano Pessanha, CFP é gerente comercial da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

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