Como funcionam os fundos que investem no Tesouro Direto?
Internauta questiona se ele pode evitar prejuízos mantendo seu investimento até o vencimento das NTN-Bs que fazem parte da carteira do fundo
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2013 às 06h36.
Dúvida do internauta: Investi em umfundo de previdênciarenda fixa IPCA. Gostaria de saber se no caso dofundo- que no ano está perdendo 8% - chegar a cair 20% ou mais, se eu optar por esperar os vencimentos das NTN-Bs que o fundo compra, eu vou ter meu dinheiro corrigido pela inflação mais a taxa de juros que foi contratada. Pois noTesouro Diretoé assim, certo? Se a resposta for positiva, gostaria de saber se, por exemplo, quando a NTN-B com prazo para 2024 vencer, como o fundo me repassa este dinheiro? Cai na conta ou a minha cota do fundo aumenta?
Resposta de Bolvia Godinho*:
A aplicação em fundo de previdência é totalmente diferente do Tesouro Ddireto.As aplicações dos investidores são somadas e com estes recursos o gestor adquire os títulos componentes da carteira do fundo.
A rentabilidade estará expressa no valor da cota, que é calculada pelo valor da carteira de títulos a preços de mercado menos as despesas de taxa de administração e outras despesas fixas do fundo, como por exemplo, despesas de auditoria.
Quando as taxas de juros estão em elevação, o processo de marcação a mercado gera rentabilidade negativa nas cotas, que podem ser revertidas se as taxas de juros caírem no futuro e o gestor da carteira não vender os títulos para gerar caixa, visando pagar os resgates solicitados.
O tamanho da rentabilidade negativa dependerá do movimento de taxas de juros e do prazo dos títulos componentes da carteira, quanto maior o prazo, maior o risco. O mercado está neste momento em um cenário de stress pela mudança da política monetária dos Estados Unidos que retira recursos dos mercados emergentes. Em momentos de stress, não é recomendável fazer realocações.
*Bolivar Godinho é professor de Finanças EPPEN - UNIFESP. Atuou por 33 anos no mercado financeiro em cargos de direção na área de asset management dos bancos Noroeste e Fibra e concluiu em 2012 doutorado na FEA-USP, com a tese sobre fundos de invest imento.
Dúvidas, observações ou críticas sobre a resposta acima? Deixe seu comentário abaixo!
Envie outras perguntas sobre investimento em ações para seudinheiro_exame@abril.com.br.
Dúvida do internauta: Investi em umfundo de previdênciarenda fixa IPCA. Gostaria de saber se no caso dofundo- que no ano está perdendo 8% - chegar a cair 20% ou mais, se eu optar por esperar os vencimentos das NTN-Bs que o fundo compra, eu vou ter meu dinheiro corrigido pela inflação mais a taxa de juros que foi contratada. Pois noTesouro Diretoé assim, certo? Se a resposta for positiva, gostaria de saber se, por exemplo, quando a NTN-B com prazo para 2024 vencer, como o fundo me repassa este dinheiro? Cai na conta ou a minha cota do fundo aumenta?
Resposta de Bolvia Godinho*:
A aplicação em fundo de previdência é totalmente diferente do Tesouro Ddireto.As aplicações dos investidores são somadas e com estes recursos o gestor adquire os títulos componentes da carteira do fundo.
A rentabilidade estará expressa no valor da cota, que é calculada pelo valor da carteira de títulos a preços de mercado menos as despesas de taxa de administração e outras despesas fixas do fundo, como por exemplo, despesas de auditoria.
Quando as taxas de juros estão em elevação, o processo de marcação a mercado gera rentabilidade negativa nas cotas, que podem ser revertidas se as taxas de juros caírem no futuro e o gestor da carteira não vender os títulos para gerar caixa, visando pagar os resgates solicitados.
O tamanho da rentabilidade negativa dependerá do movimento de taxas de juros e do prazo dos títulos componentes da carteira, quanto maior o prazo, maior o risco. O mercado está neste momento em um cenário de stress pela mudança da política monetária dos Estados Unidos que retira recursos dos mercados emergentes. Em momentos de stress, não é recomendável fazer realocações.
*Bolivar Godinho é professor de Finanças EPPEN - UNIFESP. Atuou por 33 anos no mercado financeiro em cargos de direção na área de asset management dos bancos Noroeste e Fibra e concluiu em 2012 doutorado na FEA-USP, com a tese sobre fundos de invest imento.
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