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BCs dos EUA e Europa injetam bilhões para acalmar mercado

Fed e BCE colocaram à disposição US$ 154 bi em empréstimos a bancos com dificuldades de honrar saques

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os dois principais bancos centrais do mundo, o Federal Reserve (EUA) e o BCE (Europa), anunciaram nesta quinta-feira a criação de linhas de crédito bilionárias com juros subsidiados para evitar que instituições financeiras com perdas no mercado de "subprime" (hipotecas de segunda linha) tenham dificuldades em honrar resgates de correntistas. A intenção é evitar que o temor nos mercados em relação a perdas com crédito possa levar a uma onda de saques que colocaria em risco a saúde do sistema financeiro.

O BCE decidiu liberar 130 bilhões de dólares para garantir a liquidez de bancos da zona do euro. Já o Fed colocou à disposição das instituições financeiras americanas 24 bilhões de dólares. Normalmente os bancos tomam dinheiro emprestado no mercado quando precisam de liquidez para honrar saques. No entanto, o mercado, que começava a dar sinais de otimismo nesta semana, com a recuperação de parte das perdas dos dez dias anteriores, voltou a ficar preocupado após o banco francês BNP Paribas informar que congelaria resgates em três fundos que registraram perdas com "subprime". O congelamento dos ativos trouxe de volta a sensação de que as perdas no mercado imobiliário americano podem ser maiores do que o imaginado. Resultado: quase ninguém queria emprestar dinheiro para uma instituição em crise.

Apesar de os volumes injetados pelos bancos centrais serem bem maiores do que o normal, analistas financeiros afirmaram que não se trata de uma situação emergencial e que, caso o sistema financeiro estivesse mesmo em risco, muito mais dinheiro seria necessário para trazer confiança aos mercados.

As medidas, porém, geraram uma tranqüilidade apenas momentânea entre os investidores. As Bolsas americanas, que abriram em forte baixa, chegaram a se recuperar no final da manhã e os juros dos títulos do Tesouro americano caíram de suas máximas do dia. No entanto, durante a tarde o mercado voltou a ficar nervoso. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York teve seu segundo pior dia do ano, com uma queda de 2,83%, para 13.281 pontos.

Antes das perdas do BNP Paribas, o mercado já havia absorvido a crise em fundos do banco Bear Stearns e também as fortes perdas de empresas de hipotecas americanas, como a American Home Mortgages. Nos últimos 16 dias, a Bolsa de Valores de São Paulo acumula desvalorização de 8%.

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