Passadas as festa de fim de ano, os bancos americanos começaram a corrida para elaborar seus cenários de investimento para 2005. Apesar das divergências muitas vezes acentuadas sobre algumas projeções, a análise das instituições apresenta pontos convergentes que podem favorecer países com boa expectativa de crescimento neste ano, como o Brasil e alguns asiáticos. Diante da esperada desaceleração dos Estados Unidos, muitos bancos estão recomendando aos investidores que aumentem seus investimentos em papéis do exterior.

Segundo o americano The Wall Street Journal, a economia dos Estados Unidos crescerá 3,6% neste ano, contra os 3,9% que o país acumulou entre janeiro e setembro de 2004. A redução no ritmo de crescimento gerou um consenso entre os economistas americanos de que investir em papéis de companhias e governos estrangeiros será uma boa oportunidade em 2005.

Uma solução mais caseira para o investidor americano será trocar títulos de longo prazo do Tesouro por opções de curto prazo. O movimento é justificado pelas perspectivas de ganho abertas pelo aumento das taxas de juros que o Federal Reserve (Fed) deve implementar nos próximos meses.

Por último, a maioria dos bancos americanos está recomendando a aplicação em ações de grandes companhias, já que elas são menos vulneráveis a flutuações da economia. Os analistas mostram-se particularmente otimistas com os papéis dos setores de saúde e telecomunicações. Já as ações das empresas de tecnologia continuam enfrentando resistências, com alertas explícitos de instituições como o Bank of America e o Merrill Lynch.