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Banco Inter reduz taxa de juros do empréstimo com garantia de imóvel

Modalidade de crédito é mais barata que o consignado, por exemplo, mas não é para qualquer pessoa. Veja como funciona

Sede do Banco Inter em São Paulo (Banco Inter/Divulgação)

Anderson Figo

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 12h11.

São Paulo — O Banco Inter reduziu a taxa de juros do crédito com garantia de imóvel, o chamado home equity. A nova taxa caiu para a partir de 1,15% ao mês mais IPCA (índice oficial da inflação no Brasil). Antes, era a partir de 1,29% ao mês mais IPCA.

O novo patamar é menor, por exemplo, do que os juros cobrados pela instituição no crédito consignado, historicamente considerado o mais barato para as pessoas físicas. Segundo dados do Banco Central, o Inter cobra a partir de 1,54% ao mês de juros no consignado para funcionários públicos e 2,44% ao mês para o setor privado.

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Em nota, o banco afirmou que a redução da taxa para o empréstimo com imóvel de garantia é umainiciativa que "faz parte do propósito da instituição de oferecer crédito mais barato para a população".

“A manutenção da taxa Selic em 6,5% é uma sinalização de que, no próximo ciclo econômico, os juros devem continuar estáveis. Isso é muito positivo para a oferta de crédito”, afirmou Marco Túlio Guimarães, diretor vice-presidente do Banco Inter.

“A primeira questão que o nosso modelo de negócio endereçou foi o alto custo de tarifas do sistema bancário. Agora, na medida em que conquistamos novos clientes e reduzimos o nosso custo de funding, conseguimos resolver o problema do alto custo de crédito”.

A carteira de crédito imobiliário do Banco Inter era de 1,8 bilhão de reais no terceiro trimestre de 2018, o dado mais recente disponível, sendo 55% de financiamentos imobiliários e 45% de crédito com garantia de imóvel.

O que é home equity?

Indicado a quem precisa de um empréstimo de longo prazo, de valor alto e com o menor juro possível, o home equity permite colocar seu imóvel como garantia da operação. O crédito com garantia do imóvel ainda é pouco conhecido no Brasil, mas não deveria ser.

Os bancos oferecem essa modalidade, mas ela não é divulgada porque, obviamente, existem outros serviços mais vantajosos para as instituições financeiras, com ‘spreads’ maiores. Também há a barreira do preconceito. As pessoas geralmente associam o crédito com imóvel como garantia às famosas hipotecas americanas, que deram origem à crise do subprime de 2008.

O risco, é claro, tem que ser colocado na ponta do lápis. Como é o seu bem que está em jogo, é preciso se informar e conhecer todos os detalhes do processo. Antes de pegar esse tipo de empréstimo, você tem que checar se ele está de acordo com as suas necessidades e possibilidades. Se for necessário, peça a ajuda de um planejador financeiro para isso.

Não é um crédito indicado a qualquer pessoa. Quem o pega, tem que ter certeza de que conseguirá honrar os pagamentos. Se você tiver algumas dívidas mais caras, pode ser uma opção para trocá-las por um empréstimo mais barato, que caiba no seu bolso.

Diferente do que acontece em países desenvolvidos, onde o crédito com imóvel de garantia é uma das primeiras opções de financiamento da população, aqui no Brasil os consumidores veem a modalidade como “última alternativa”, quando já perderam o controle financeiro. A falta de conhecimento sobre essa modalidade de crédito gera muitas dúvidas. Veja aqui o que é mito e o que é verdade sobre o empréstimo com imóvel de garantia.

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