As montadoras mais e menos confiáveis para os americanos
Marcas de luxo alcançaram os melhores e os piores lugares da pesquisa de satisfação da consultoria J. D. Power
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2012 às 19h25.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.
São Paulo – A tradicional pesquisa de confiabilidade dos veículos da consultoria JD Power foi publicada em março, mostrando que as marcas de luxo podem tanto ocupar o pódio quanto a lanterna no gosto dos americanos. Foram ouvidos 43.700 proprietários de veículos ano 2008 entre os meses de outubro e dezembro de 2010. Eles relataram 202 diferentes defeitos que causaram total desarranjo ou mau funcionamento em algum componente ao longo do terceiro ano de idade do carro. Foram avaliados os quesitos “parte elétrica” (motor, transmissão e experiência ao dirigir), “segurança dos acessórios” (de navegação e limpadores de para-brisas a ar condicionado e controles de teto solar) e “carroceria e interior” (acabamentos, cintos de segurança, ruídos e vazamentos). A cada um deles, foi atribuída uma das seguintes classificações: “entre os melhores” (a maior nota), “melhor que a maioria”, “na média” e “o resto” (a pior nota). Em média, o mercado apresentou 151 problemas a cada 100 veículos, a maioria relacionada a componentes que incorporam muita tecnologia. O modelo com menos problema foi o Porsche 911 (foto), com apenas 68 problemas a cada 100 veículos. Das marcas mais vendidas no Brasil, ficaram acima da média Toyota, Hyundai, Honda e Ford. Já Chevrolet, Audi, Nissan, Mitsubishi e Volkswagen ficaram abaixo da média. A Fiat não foi avaliada.
Com 221 problemas a cada 100 veículos, a marca MINI, da BMW amargou o último no lugar do ranking. A MINI teve todos os seus quesitos e avaliação final classificados como “o resto”, a pior qualificação possível. Seu Cooper (foto) também não foi nada bem. Ficou “na média” apenas no quesito “carroceria e interior”. Nos outros quesitos e na classificação final ganhou o rótulo “o resto”. Em nota, a MINI americana diz estar “preocupada” com os resultados da pesquisa e afirma estar continuamente trabalhando para melhorar a qualidade dos veículos e o serviço. A marca afirma ainda que os donos dos veículos MINI em geral se mostram satisfeitos, e que 87% deles recomendariam a marca.
A Jeep, da Chrysler, refletiu o sufoco pelo qual passou a empresa após sua falência em 2009. Os modelos 2008 da Jeep registraram, em média, em seu terceiro ano de idade, 214 problemas por 100 veículos. Todos os quesitos da marca, bem como sua nota final, ficaram com a classificação “o resto”. Esse foi também o desempenho do modelo Wrangler (foto), o mais mal avaliado pelos americanos. O modelo Liberty também foi qualificado como “o resto”, ficando “na média” apenas no quesito “parte elétrica”. Os demais modelos – Compass, Patriot, Comander e Grand Cherokee – ficaram na média. A Chrysler americana afirmou, em nota, não ter se surpreendido com o resultado da pesquisa com os veículos de três anos de idade, uma vez que eles foram fabricados “durante uma época desafiadora para a companhia”. De acordo com o vice-presidente de qualidade do grupo Chrysler, Doug Betts, nos últimos três anos a montadora, agora pertencente à Fiat, conseguiu melhorar em 50% a confiabilidade dos veículos. “Apesar de a confiabilidade não ter melhorado desde o primeiro ano, nossas pesquisas de satisfação mostram que os donos de modelos 2008 estão mais satisfeitos e propensos a recomendar nossos produtos”, diz Betts em nota.
A britânica Land Rover também amargou a pior classificação em todos os quesitos e na classificação geral, registrando 212 problemas a cada 100 carros. O modelo com desempenho mais fraco foi o Range Rover Sport (foto), qualificado como “o resto” em todas as avaliações. O LR2 ainda conseguiu a classificação “melhor que a maioria” nos quesitos “carroceria e interior” e “segurança dos acessórios”. Mas a nota “o resto” em “parte elétrica” pesou na avaliação final, que também foi a mais baixa. A Jaguar Land Rover britânica reconhece, em nota, que “tem oportunidades para melhorar o desempenho da Land Rover” e que, por levar a sério a pesquisa, já está revisando seus resultados. Classificando sua performance como “não aceitável”, a empresa afirma que está tomando providências para resolver problemas mecânicos e reclamações referentes ao design.
A luxuosa Lincoln, da Ford, cravou pela primeira vez o primeiro lugar, com apenas 101 problemas a cada 100 carros. A marca recebeu a mais alta classificação, ficando “entre as melhores” em “parte elétrica” e “segurança dos acessórios”, além de “melhor que a maioria” em “carroceria e interior”. Seu Navigator, com as qualificações semelhantes às da marca, levou o prêmio de melhor crossover/SUV de luxo grande. Já o MKZ (foto), campeão na categoria modelo de entrada de luxo, levou nota máxima em todos os quesitos. A Ford foi a segunda marca a receber mais prêmios em 2011 na pesquisa da JD Power. Além das duas premiações da Lincoln, a montadora também foi laureada por seus modelos Fusion e Mustang. Com 140 problemas a cada 100 carros, a marca fica acima da média, em 12º lugar
A Lexus, da Toyota, vem em segundo, com 109 problemas por 100 carros. A marca também recebeu a classificação “entre as melhores” tanto na avaliação geral como nos quesitos “carroceria e interior” e “segurança dos acessórios”. A parte elétrica ficou com a qualificação “melhor que a maioria”. O modelo RX (foto) foi considerado o melhor crossover/SUV de luxo médio, com avaliação final “entre os melhores”. O único quesito que não recebeu a nota máxima foi “carroceria e interior”, qualificado como “melhor que a maioria”. Além do prêmio pelo Lexus RX, a Toyota levou ainda premiações pelo Scion xB e seus modelos 4Runner, Prius, Sienna, Tacoma e Tundra. O desempenho da Toyota também foi excelente, com 122 problemas por 100 carros, o que lhe rendeu o quinto lugar.
Ironicamente, a irmã da Land Rover – terceira pior no ranking geral – foi a terceira melhor na pesquisa da JD Power. Também pertencente à Tata Motors, a Jaguar ficou com 112 problemas a cada 100 carros, recebendo classificação máxima nos quesitos “parte elétrica” e “carroceria e interior”, bem como na nota final. O item “segurança dos acessórios” teve um desempenho um pouco pior, ficando apenas “na média”.
Mais lidas
Mais de Minhas Finanças
Petrobras aprova pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordináriosReceita abre nesta sexta-feira consulta ao lote residual de restituição do IRMutirão de negociação: consumidores endividados têm até dia 30 para renegociar dívidasBlack Fralda dará descontos de até 70% em produtos infantis e sorteio de R$ 500 em fraldas