Minhas Finanças

Após críticas, Uber aprende lição sobre tarifa dinâmica

Empresa tomou uma importante decisão no sábado em Nova York, após a explosão de uma bomba no bairro de Chelsea que feriu 29 pessoas


	Uber: empresa cancela tarifa dinâmica em bairro de NY após bomba
 (Robert Galbraith/ Reuters)

Uber: empresa cancela tarifa dinâmica em bairro de NY após bomba (Robert Galbraith/ Reuters)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 17h13.

São Paulo - Uma decisão da Uber em Nova York no fim de semana aumentou o número de fãs da startup na cidade e ajudou a melhorar a imagem da marca em relação à cobrança de tarifas dinâmicas de seus clientes. 

Na noite do último sábado (17), uma bomba explodiu no bairro de Chelsea, em Nova York, deixando 29 pessoas feridas. Algumas ruas foram isoladas pela polícia e bombeiros, o que dificultou a movimentação na região.

Sem saber exatamente o que havia acontecido, muitas pessoas que estavam naquela área no momento do estouro só pensavam em sair dali, e várias delas utilizaram o serviço de transporte individual para isso. 

O que elas não contavam é que, exatamente pela dificuldade de locomoção no bairro, o preço que elas pagariam pela corrida de Uber seria até três vezes maior do que a tarifa comum.

Assim que ficaram sabendo da cobrança da chamada "tarifa dinâmica" (quando os preços aumentam conforme a maior demanda), choveram críticas à Uber nas redes sociais

A reação da Uber foi imediata: a empresa anunciou, via Twitter, que estava cancelando a cobrança de tarifa dinâmica em Chelsea para permitir que as pessoas voltassem para casa a salvo —e sem gastar a mais por isso. 

A Uber NY chegou a responder alguns clientes que alegaram ter sido cobrados pela tarifa dinâmica, indicando que iria fazer o estorno do pagamento indevido. 

A decisão da Uber foi bem-vista pelos usuários do serviço, que já vinham acumulando reclamações sobre a cobrança de tarifa dinâmica em situações adversas há algum tempo.

Em 2012, os clientes da companhia ficaram enfurecidos pela cobrança de tarifa dinâmica durante a passagem do furacão Sandy em Nova York.

No ano seguinte, a Uber chegou a cobrar pelas corridas até 7 vezes mais do que a tarifa normal durante tempestades de neve históricas nos Estados Unidos.

Já em 2014 a companhia sofreu fortes críticas após ter cobrado a tarifa dinâmica de pessoas que fugiam do centro de Sydney, na Austrália, onde um homem armado mantinha reféns em um café.  Nesta ocasião, a empresa chegou a emitir um pedido de desculpas oficial e prometeu reembolsar seus clientes

A Uber não era obrigada a cancelar a tarifa dinâmica no último sábado, quando a bomba explodiu em Chelsea,  já que não houve um desastre natural e ninguém declarou estado de emergência na cidade, mas, mesmo assim, o fez. 

Um acordo assinado pela companhia com autoridades americanas em julho de 2014 determina que a empresa desabilite a cobrança maior de tarifas somente em caso de desastres naturais e durante estado de oficial de emergência. 

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Países ricosPreçosUber

Mais de Minhas Finanças

Resultado da Mega-Sena concurso 2.798; prêmio é de R$ 13,2 milhões

Quando cai a primeira parcela do décimo terceiro salário em 2024?

Dia 20 é feriado nacional; muda algo no depósito do décimo terceiro ou na hora de sacar?

Contribuintes podem atualizar valor de imóveis com imposto reduzido até dezembro