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Adeus, nome sujo: 8 passos para alavancar suas finanças

A independência financeira está ligada a um planejamento bem estruturado. Veja dicas para desafogar as dívidas e melhorar seus investimentos

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Vanessa Daraya

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 16h43.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 15h45.

Engana-se quem pensa que apenas o bolso é prejudicado quando não é possível pagar uma dívida. A saúde do corpo e da mente também é comprometida. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que o número de pessoas que se sentem mais ansiosas por causa da inadimplência é de 69%. Insegurança, estresse, angústia, desânimo, culpa, baixa autoestima e até mesmo vergonha são outros sentimentos que a má situação financeira desperta.

As consequências do endividamento não param por aí. A pesquisa revela que 25% dos entrevistados também ficam mais desatentos e menos produtivos no trabalho. Outro estudo do CNDL e do SPC mostra que 20% dos consumidores endividados tiveram crédito negado em abril deste ano por causa da inadimplência, o que diminui as chances de essas pessoas acessarem um empréstimo mais saudável para se livrar das dívidas com juros altos.

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No Brasil, há uma oferta grande e um fácil acesso a créditos emergenciais com taxas altas, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito. “As pessoas usam no dia a dia para pagar as contas do mês e, no desespero, não calculam as taxas de juros e o tamanho das parcelas mensais, prejudicando suas rendas. Muitas vezes, sem conseguir pagá-las, acabam se endividando ainda mais”, explica Otávio Machado, coordenador de crédito da Creditas . “Por isso, dizemos que o brasileiro não é muito endividado, ele é mal endividado”, afirma. Se esse é o seu caso, veja a seguir algumas dicas para organizar suas contas e alcançar a independência financeira.

1_ Saiba o tamanho do problema

Com o mau endividamento e as altas taxas de algumas modalidades de crédito, é mais difícil organizar a renda para quitar todo o débito. Mas não é impossível. O primeiro passo é colocar na ponta do lápis o saldo devedor de cada dívida. Liste quanto custa cada parcela, quanto falta para quitar a dívida e o valor dos juros que você paga.

2_ Renegocie ou quite as dívidas

Após entender quanto precisa para quitar todas as dívidas é hora de buscar modalidades de crédito com juros baixos e prazos longos. “Em uma renegociação, é possível conseguir condições de pagamento com taxas menores, além de reduzir o montante devido. Há casos de redução de até 75%”, afirma Sérgio Dias, economista e consultor do Sebrae.

Na Creditas, por exemplo, ao refinanciar uma dívida, o consumidor pode trocar juros do cheque especial, que chegam a quase 13% ao mês, por taxas de 1,59%, por meio de um empréstimo com garantia de veículo. Isso porque, ao colocar um bem como garantia, é possível conseguir condições mais vantajosas e até mesmo quantias mais altas.

“É um processo de financiamento inteligente”, explica Machado, da Creditas. “O mais importante é ter uma parcela baixa, que caiba no orçamento, para conseguir respirar e voltar a caminhar. O erro é pegar prazos curtos para terminar de pagar rápido. Assim, você aperta o orçamento e pode contrair novas dívidas”, afirma.

3_ Fortaleça seu crédito

Com um financiamento feito de parcelas que não comprometem o orçamento mensal é possível limpar o seu nome e ainda reestruturar o fluxo de caixa. Não se esqueça de aproveitar essa renegociação para começar a manter todas as contas fixas em dia. Não entre em rotativo de cartão de crédito ou em cheque especial com frequência e tome cuidado com dívidas baixas, como conta de luz ou de telefone. “Pagar todas elas é importante para ter um bom relacionamento com as instituições e conseguir taxas de juros melhores quando for necessário”, explica.

4_ Faça uma reserva de emergência

Não deixe de guardar uma quantia do seu salário todos os meses, mesmo que o valor seja pequeno. O ideal é juntar o suficiente para se manter por seis meses, se estiver em um emprego estável. Caso seja autônomo ou empresário, vale ter uma reserva para um ano. Faça a conta com base em seu custo mensal e não no seu salário. Isso vai ajudá-lo a evitar a entrada em modalidades de crédito emergenciais. “É importante que esse dinheiro esteja em uma aplicação com liquidez alta para que você possa resgatá-lo a qualquer momento”, diz Machado.

Assim, você pode pegar o dinheiro guardado caso necessário e repor depois. “Mas vale lembrar que essa reserva não é apenas para emergências. Também serve para aproveitar oportunidades. Por exemplo, se deseja comprar um produto que sai mais barato à vista, é possível usar o montante e depois repor esse dinheiro”, afirma.

5_ Tenha menos gastos fixos

Engana-se quem pensar que investir em qualidade de vida é um luxo. Quanto mais você conseguir reduzir os gastos com contas fixas, como aluguel, telefone, TV e carro, melhor. Assim, é possível investir o seu dinheiro em coisas que mais gosta de fazer, como viajar ou ir a restaurantes. Muitas pessoas têm dificuldade de fazer essa mudança. “Nesse caso, um bom conselho é manter o orçamento mensal do jeito que está. Quando tiver um aumento de salário ou deixar de pagar alguma conta, é a hora de ampliar os gastos com qualidade de vida”, orienta Machado.

6_ Invista na aposentadoria

“O INSS é um seguro para quando a pessoa deixa de ter renda. O ideal é não olhar para ele como aposentadoria até porque o valor não é alto para proporcionar uma vida muito confortável”, afirma Machado. Por isso, após formar uma reserva de emergência, não deixe de separar uma parcela do seu salário para investir em uma aposentadoria que não esteja ligada ao programa de Previdência Social do governo.

“Existem aplicações muito eficientes para ter uma renda no futuro e usar o INSS como complemento de renda”, explica. Se ao longo dos anos você aumentar o investimento, conseguirá se aposentar muito mais cedo do que a data limite do INSS, que funcionará apenas um complemento da renda, já que o seu patrimônio será suficiente para pagar suas contas.

7_ Estude e invista em si

Se endividar pode reduzir o seu desempenho no trabalho. Porém, quanto mais investir em você mesmo ou na sua carreira, maiores serão suas chances de alcançar o sucesso. Por mais que fazer uma pós-graduação comprometa parte do seu orçamento por um determinado período, por exemplo, no longo prazo o diploma pode garantir que você consiga um aumento de salário ou uma nova oportunidade de emprego. “Aos poucos, você aumenta sua renda e pode pensar em novas formas de trabalho, como empreender, ou mesmo se tornar uma pessoa mais produtiva”, explica.

8_ Mantenha um planejamento sustentável

Após cumprir os sete passos anteriores, é hora de estabelecer metas e planos para o futuro. Esse planejamento vai garantir que você melhore o seu padrão de vida ao longo dos anos. “A cada mês, você terá mais dinheiro, os investimentos renderão melhor e será possível gastar uma quantia maior. A ideia é se organizar para que o planejamento se sustente ao longo do tempo”, explica.

Se o objetivo é fazer uma viagem, por exemplo, coloque os custos no papel, calcule o tempo que tem até começar a fazer as compras e divida pelos meses restantes para saber quanto é preciso investir por mês. “Mas é extremamente importante ter um objetivo claro definido. Caso contrário, você não necessariamente vai fazer as melhores escolhas e direcionar bem seus investimentos”, diz o executivo.

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