Não agradou aos investidores da BR Malls a notícia de que a empresa vai lançar novas ações no mercado. Às 11h44, os papéis (BRML3) recuavam 6,67% para 15,39 reais, enquanto o Ibovespa subia 0,52%, aos 53.687 pontos.

A administradora de shoppings centers planeja levantar 800 milhões de reais, ofertando cerca de 500 milhões de reais em novas ações. Com a nova emissão, os investidores que não quiserem ver sua participação na empresa reduzida terão de adquirir mais papéis. Os atuais acionistas também colocarão suas ações à venda, totalizando mais 300 milhões de reais.

Os recursos oriundos da emissão de novos papéis serão destinados a novos investimentos e à quitação de dívidas. Os pequenos investidores poderão participar da oferta, aplicando a quantia mínima de 3.000 reais e a máxima de 300.000 reais. O valor dos papéis será fixado pelo procedimento de bookbuild, no qual os investidores institucionais informam quanto estão dispostos a pagar pelos papéis. O cronograma da oferta, entretanto, ainda não foi finalizado (Veja o prospecto da oferta).

Segundo a corretora Brascan, a BR Malls apresenta margens de lucro superiores a de seus principais concorrentes, tanto nacionais quanto internacionais. Essa vantagem se deve, em grande parte, à sua agressiva política de controle de custos. E a corretora acredita que ainda há espaço para maiores ganhos de rentabilidade, com a utilização de tecnologias na gestão das operações e o compartilhamento de serviços.

A Brascan se mostra otimista em relação às perspectivas para o setor de shoppings centers. O elevado potencial de crescimento seria derivado do baixo grau de desenvolvimento do setor no país. "Acreditamos que exista uma demanda reprimida de lojistas por unidades em shoppings centers, o que poderá, portanto, contribuir para o crescimento da receita de aluguel", diz a corretora em relatório. A Brascan projeta preço-alvo de 21 reais para as ações da companhia, o que representa um potencial de alta de 27,3%.