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Ações da Aracruz disparam com expectativa de acordo com bancos

Empresa negocia as condições para pagar dívida de US$ 2,13 bilhões, gerada pelas perdas com operações de derivativos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

As ações preferenciais da Aracruz (ARCZ6, sem direito a voto) dispararam nesta quarta-feira (7/1) na Bovespa, contrastando com o desempenho geral do mercado. Por volta das 15h25, os papéis subiam 9,92% e eram cotados a 2,99 reais. Até esse momento, as ações haviam motivado 4.231 negócios na bolsa - o dobro do volume de negócios diário do papel. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador do pregão brasileiro, caía 3,52%, a 40.822 pontos. Para os analistas, a forte alta é sustentada pela expectativa de que a Aracruz está perto de fechar um acordo com os bancos sobre a dívida de 2,13 bilhões de dólares gerada por perdas com operações de derivativos.

"Todos estão olhando para as conversas, prolongadas no mês passado, em busca de um acordo. Acredito que podemos ouvir algo positivo sobre o assunto em breve", afirmou ao Portal EXAME Abhay Amlekar, analista sênior da consultoria britânica Independent International Investment Research.

"É importante lembrar que as negociações com os bancos deveriam estar próximas do fim, o que gera uma grande confiança de todos os investidores na perfomance do papel", diz Juan Pablo León Flores, gerente de análises da gestora de recursos chilena WAC Research.

A Aracruz mantinha contratos de derivativos de câmbio com pelo menos 12 grandes bancos. Com a disparada do dólar, em meados do ano passado, esses instrumentos passaram a gerar pesados prejuízos para a produtora de papel e celulose. O montante de 2,13 bilhões de dólares equivale, por exemplo, a toda a receita de exportação da companhia em 2007. A empresa iniciou negociações com os credores, cuja conclusão estava prevista para 30 de novembro. O prazo foi prorrogado até 11 de dezembro, após as partes não chegarem a um acordo. Mas, informalmente, alguns participantes da conversa já admitiam que ela poderia se estender até o início de 2009.

O ponto principal de divergência é o desejo da Aracruz de que seja dado um desconto de até 30% no montante da dívida. Os bancos resistem à idéia, afirmando que a companhia e seus acionistas têm condições de arcar com a dívida. Além disso, a empresa resistiu por bastante tempo a liquidar as operações de derivativos, à espera de que o câmbio recuasse e ela pudesse encerrar sua posições com perdas menores em reais. A liquidação dos contratos foi efetuada em 31 de outubro, ao custo médio de 2,10 reais por dólar. Foi então que os bancos apuraram o total de perdas da Aracruz e partiram para negociar as condições de pagamento.

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