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Acionista pode usar título público para comprar ações da Petrobras

Além do FGTS, os atuais acionistas da estatal também podem pagar a aquisição de novos papéis com títulos de dívida do Tesouro

Migrar da renda fixa para a renda variável não é bom negócio, diz especialista (.)

Migrar da renda fixa para a renda variável não é bom negócio, diz especialista (.)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 13 de setembro de 2010 às 09h48.

São Paulo – Além da possibilidade de utilizar recursos do FGTS (Veja o que dizem os especialistas sobre esta operação) para a compra de mais ações na capitalização da Petrobras, que será realizada no fim do mês, os atuais acionistas da estatal também podem optar por usar títulos públicos federais para entrar no negócio. Podem ser utilizados no negócio papéis conhecidos como Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), que são títulos pós-fixados com rentabilidade atrelada à taxa Selic.
 
Os interessados em utilizar os títulos devem ficar atentos às datas de vencimento. Serão aceitos apenas as LFTs com vencimento em 7 de setembro de 2014, 7 de março de 2015, 7 de setembro de 2015 e 7 de setembro de 2016. Além disso, é necessário prestar atenção no prazo estipulado pela Petrobras para o registro de reserva de papéis na oferta de ações. O período para que os atuais acionistas demonstrem interesse em participar do aumento de capital termina no dia 16. Já quem ainda não é acionista pode fazer a reserva até o dia 22.

O preço das LFTs será definido com base em relatório diário de precificação dos títulos divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA). O cálculo será feito a partir do valor de mercado registrado no terceiro dia útil anterior à data de liquidação financeira do negócio (29 de setembro). Como a rentabilidade das LFTs é baseada na Selic, o valor da taxa a ser considerado no cálculo também será, portanto, referente ao terceiro dia útil anterior a data de liquidação.
 
Aqueles que irão trocar seus títulos por ações também precisam disponibilizar no dia 28 de setembro, um dia útil antes da data de liquidação, até no máximo às 11h, junto à entidade responsável pela custódia das LFTs e pelo registro de reserva da oferta prioritária de papéis, o título correspondente ao valor das ações subscritas. Já no dia 29, até as 10h, a acionista deverá efetuar o pagamento referente à operação para a instituição que tiver recebido o pedido de reserva.
 
Vale a pena migrar do tesouro para renda variável?

 
De acordo com Conrado Navarro, planejador financeiro da consultoria Dinheirama e autor do livro "Vamos falar de dinheiro", migrar da renda fixa, como são considerados os títulos federais, para a renda variável, no caso, os papéis da Petrobras, não é um bom negócio
 
"Não creio que seja algo tão atrativo para os investidores de títulos públicos passarem a aplicar em renda variável". Segundo ele, os riscos envolvidos em operações relacionadas aos títulos públicos são bem menores, uma vez que esses papéis têm rentabilidade baseada na taxa básica de juros, a Selic. "Seus recursos estão em um local seguro, com excelente rentabilidade", aponta Navarro. 
 
"Acredito que só valeria a pena realizar a migração se o investidor enxergar  boas oportunidades de ganhos futuros na Petrobras", diz.
 
A nova capitalização da Petrobras, que é considerada a maior oferta de ações da história do mercado financeiro, tem como objetivo aumentar o capital da empresa. Os recursos captados serão utilizados em investimentos nos planos de expansão da companhia e na exploração das reservas de petróleo descobertas na camada do pré-sal.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da Petrobras

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