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9 hábitos financeiros que fazem mal à saúde

Veja como a maneira de gastar de uma pessoa gasta pode impactar diretamente na sua saúde física e mental

EXAME.com (EXAME.com)

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Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 25 de julho de 2011 às 12h05.

São Paulo – Existem hábitos que prejudicam diretamente a saúde financeira da conta bancária e ainda da saúde do seu corpo. Comer fora de casa com frequência é exemplo de hábito que pode, além de belo rombo no orçamento, trazer sérias consequências para a saúde. Existem, no entanto, outros gastos que podem impactar negativamente na saúde, mental e física, de uma pessoa. Em reportagem sobre o assunto, o Moneywatch.com conversou com especialistas da área da saúde e listou 9 hábitos financeiros que são prejudiciais à saúde de qualquer pessoa e deu soluções de como contornar o problema sem ter que parar no pronto-socorro ou no divã do analista.

Ter dívida no cartão de crédito

Problemas no casamento? Saiba que o tamanho da dívida que carrega no cheque especial pode ser a grande culpada por isso. Uma pesquisa conduzida na Inglaterra, por uma entidade de aconselhamento aos consumidores, revelou que 37% dos participantes citaram “dívidas” como cartão de crédito, pelos problemas nos relacionamento.

Solução: Seja honesto com as pessoas próximas a respeito e trabalhem em conjunto para encontrarem um caminho para sair da dívida.

Guardar recibos e comprovantes na carteira

Notas de dinheiro são sujas e cheias de germes. E sabe quem pode ser a grande fonte de contaminação? Um estudo encontrou evidências de que recibos e comprovantes detém altos níveis de uma substância chamada de BPA, bisfenol A, uma substância química que está ligada a doenças do coração, câncer e infertilidade. O BPA pode migrar dos recibos para as notas, e das notas diretamente para a pele de quem estiver com ela em mãos.

Solução: Guarde todos os recibos em um envelope, longe do dinheiro. E sempre lave as mãos depois de manipular tanto o dinheiro quanto os comprovantes de compras.


Comprar embalagens tamanho “família”

Embalagens enormes podem significar aumento de peso na balança, segundo Brian Wansik, autor do livro "Why We Eat More Than We Think?" (Por que comemos mais do que imaginamos?). Em um dos estudos citados na obra, participantes que se serviram diretamente de embalagens tamanho família comeram até 25% a mais. “Você pode até economizar mais dinheiro ao comprar pacotes maiores. No entanto, pode comer mais que o necessário”, explica o autor.

Solução: Nunca coma direto da embalagem e tente controlar suas porções sempre servindo em pratos menores. Mantenha pequenas porções do produto em embalagens de tamanho menor e mantenha a original fora da vista.

Comprar guloseimas com cartão de crédito

Quem paga a conta do supermercado com cartão de crédito tem maiores chances de colocar no carrinho comidas pouco saudáveis como biscoitos, chocolates e congelados. “As pessoas são menos racionais com as compras quando pagam com cartão de crédito”, diz Kit Yarrow, professora de psicologia e marketing da Golden Gate University.

Solução: Quando no supermercado, opte por pagar a compra em dinheiro, leve consigo uma lista dos itens necessários e evite ir fazer compras com fome.

Ganhar pouco

Ter dinheiro diminui as chances de um ataque cardíaco ou doença no coração, pelo menos nas mulheres. Um estudo acompanhou um grupo de mulheres durante cinco anos e percebeu que aquelas com renda acima 100,000 dólares estavam livres de doenças no coração ao contrário de 78% das mulheres com renda inferior a 20,000 dólares. E o que o dinheiro pode comprar? Melhores serviços de saúde complementar. “Mulheres com renda baixa têm menos acesso a serviços de convênios de saúde e menos dinheiro para adquirir medicamentos para problemas cardíacos”, pontua Leslee Shaw, professora de medicina da Emory University.

Solução: Mulheres com renda mais baixa não devem deixar de lado contratar um plano de saúde e podem aproveitar programas do governo que oferecem medicamentos a preços mais baixos ou mesmo gratuitos.


Ser pão duro na compra de presentes

Não participar do rateio do presente daquele colega de trabalho ou “esquecer” o aniversário do melhor amigo pode impactar diretamente na saúde mental de uma pessoa. Uma pesquisa da University of British Columbia revelou que pessoas que gastam mais com elas mesmas que com os outros, são menos felizes que aqueles que gastam.

Solução: Generosidade não precisa levar ninguém à falência. Uma opção é presentar as pessoas queridas com pequenos gestos como um chocolate especial ou a conta do almoço.

Habituée da mesa de jogos

Perder dinheiro em Las Vegas pode causar dores emocionais em quem tem de deixar as fichas na mesa. Um estudo registrou quais os níveis de atividade em uma região do cérebro humano conhecido como “corpo estriado”, e que é onde o sentimento de dor se manifesta, naqueles que perderam dinheiro na jogatina. E concluiu que a pessoa pode não sentir dores agudas no estômago quando perde, no entanto, perder dinheiro desencadeia sensações similares às da dor física.

Solução: Pra começo de conversa, fique longe de jogos de azar. Se estiver em Las Vegas e quiser jogar com dinheiro, defina de antemão qual o limite máximo que pretende gastar, ou melhor, que pretende perder e compute no orçamento como “gastos com diversão”.

Gastar com bens materiais

Vários estudos já mostraram que pessoas que gastam com bens materiais, como artigos eletroeletrônicos ou artigos de luxo, são menos felizes que aqueles que optam por gastar em experiências como uma viagem, por exemplo. Mas é bom tomar cuidado, pois da mesma maneira, outros estudos revelam que experiências negativas, como serviços ruins em hotéis ou empresas aéreas, podem trazer sentimentos de insatisfação para a experiência.

Solução: Gaste em experiências ao invés de bens. Mas preste atenção nos serviços que está adquirindo, procure por referências e críticas na internet, antes de direcionar seus gastos em uma viagem.

Viver em uma casa que custa mais do que se pode pagar

Com o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, percebeu-se um tempo depois que os impactos atingiram também, não apenas o bolso dos americanos, mas a sua saúde mental. Estudos revelaram que proprietários de casas com hipotecas mais caras do que podem bancar deram sinais de depressão grave, com sintomas de insônia e irritabilidade, por exemplo. “A crise das hipotecas também é uma crise de saúde”, escreveu Craig E. Pollack, líder de um grupo de pesquisas da Universidade da Pensilvânia e que entrevistou mais de 250 proprietários em todo o país.

Solução: Caso esteja buscando uma casa para comprar, capriche o quanto puder no valor da entrada e financie o mínimo possível. Para a reportagem o ideal é que não se gaste mais de 30% da renda mensal para as parcelas.

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