São Paulo - Controlar gastos e planejar investimentos não precisa ser uma tarefa cansativa. Ao seguir algumas dicas práticas é possível manter as finanças em ordem sem perda de tempo e dores de cabeça.
Veja a seguir sete dicas para revolucionar sua vida financeira sem complicações:
1) Coloque contas no débito automático
É fácil evitar o risco de atrasar o pagamento de contas e prejuízos com multas por causa de um simples esquecimento: basta colocar em débito automático os compromissos financeiros programados, como conta de celular, água e luz.
Para utilizar o serviço, basta fazer o cadastro da empresa por internet banking, terminais de autoatendimento ou em agências do banco. Assim, qualquer cobrança feita por essas empresas será descontada automaticamente da sua conta corrente.
2) Automatize aplicações financeiras
Valores depositados na conta bancária também podem ser transferidos automaticamente para aplicações financeiras, como a caderneta de poupança.
Essa é uma ótima solução para quem não tem disciplina para poupar, já que o investimento pode ser feito logo que o salário cai, evitando que a reserva financeira seja feita apenas quando sobra algum dinheirinho no final do mês.
Caso o valor não possa ser investido durante determinado período, basta cancelar o serviço a qualquer momento.
3) Reduza o número de contas correntes e cartões de crédito
Ter diversas contas correntes em diferentes instituições financeiras, além de aumentar o risco de descontrole financeiro, também multiplica a cobrança de tarifas pelos serviços e transações realizadas.
Taxas cobradas pelos bancos por saques, transferências e outros serviços podem fazer uma diferença expressiva no orçamento. Uma pesquisa divulgada em maio pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) aponta que no ano passado as instituições financeiras reajustaram tarifas e serviços acima da inflação. O aumento foi de até 136% para serviços avulsos e até 75,2% no caso de pacotes de tarifas contratados.
Além de reduzir custos, consolidar contas e cartões de crédito torna possível monitorar com maior facilidade os gastos mensais.
Outra vantagem é que ao concentrar gastos em apenas um cartão de crédito aumentam as possibilidades de obter mais recompensas no programa fidelidade, já que os pontos são acumulados mais rapidamente (veja quais são os melhores e piores cartões de crédito para acumular milhas).
4) Não espalhe seus investimentos em diversas instituições
Ainda que a diversificação de investimentos seja extremamente importante, dividir suas aplicações entre muitas instituições financeiras pode dificultar o seu controle financeiro e te levar a pecar pelo excesso.
Ao concentrar os investimentos em poucas instituições financeiras você não só conseguirá acompanhar mais facilmente o andamento dos seus investimentos, como poderá reduzir a cobrança de tarifas e acessar produtos mais interessantes, oferecidos apenas a clientes que investem um volume maior de recursos.
5) Faça um orçamento
Com pagamentos programados de forma automática, é necessário criar um orçamento financeiro para monitorar despesas e rendimentos.
A ferramenta escolhida pode ser um caderno de anotações, uma planilha eletrônica ou um aplicativo no celular: o mais importante é se sentir confortável em usar a solução.
Quem é menos disciplinado para anotar todos os gastos e acha complicado acompanhar as despesas pelo internet banking tem à disposição aplicativos que atualizam automaticamente suas movimentações ao se conectarem à sua conta corrente, como o GuiaBolso.
Existem também cartões de crédito, como o Nubank, que são ligados a aplicativos. Além de facilitar a visualização da fatura e atualizar no app cada despesa realizada, a ferramenta também permite dividir despesas por categoria e criar gráficos que ajudam o usuário a analisar melhor como o dinheiro tem sido gasto.
Munido dessas soluções, é possível manter o orçamento equilibrado e evitar cair no cheque especial por falta de fundos em conta.
6) Crie lembretes para revisar tarifas bancárias e aplicações
Especialistas aconselham revisar periodicamente o valor de tarifas e juros cobrados em financiamentos e também o rendimento de aplicações financeiras.
Assim, é possível verificar se vale a pena mudar de banco ou migrar o dinheiro aplicado para investimentos mais rentáveis. O mais recomendado é realizar essas revisões a cada seis meses.
Uma solução simples é agendar lembretes no calendário do celular e já programá-los para que sejam repetidos a cada seis meses.
7) Coloque as soluções em prática de forma gradual
Caso seja difícil encontrar tempo para seguir todas as soluções indicadas de uma só vez, determine um prazo para levar o projeto a cabo e divida a realização de cada tarefa ao longo desse tempo.
A inconveniência será temporária. Posteriormente, será possível economizar tempo para gerenciar as finanças.
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1. Chega de desculpas
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São Paulo - Não consegue economizar ou vive no
cheque especial, mas nunca encontra tempo para colocar as finanças em ordem? A pedido de EXAME.com, Gustavo Cerbasi, especialista em educação financeira e autor do livro "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", criou um plano de 14 dias para quem deseja melhorar o
orçamento.
É necessário realizar apenas uma tarefa por dia durante duas semanas para mapear a situação financeira. O objetivo é controlar gastos e poupar para atingir metas pessoais, como a compra da casa própria, por exemplo. As dicas foram baseadas nas orientações compiladas por Cerbasi no livro "Como Organizar sua Vida Financeira", que será relançado em setembro desse ano. Conheça a seguir o plano de 14 dias para quem deseja se preparar contra eventuais imprevistos que tenham impacto no orçamento:
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2. 1º dia: organize comprovantes de renda e despesas
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Calcule sua renda líquida mensal (já livre de eventuais descontos, como impostos) e os gastos realizados no último mês. Separe-os em grupos, como alimentação, saúde, moradia e lazer. Caso não tenha o registro de todas as despesas realizadas nesse período, inicie um monitoramento de entradas e saídas de dinheiro durante os próximos 30 dias, arquivando diariamente os comprovantes em uma pasta. O plano de ação para melhorar o orçamento deverá ser iniciado após essa análise.
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3. 2º dia: analise os gastos
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Se souber lidar com planilhas eletrônicas, como o Excel, ou
aplicativos que ajudam a gerenciar gastos, use essas ferramentas para se organizar. Caso não tenha o costume de utilizar esses recursos, relacione todos os seus gastos em um caderno e identifique onde você está gastando mais do que imaginava.
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4. 3º dia: planeje sua rotina para monitorar o orçamento
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O ideal é que você não perca muito tempo com essa atividade. Prefira estratégias simples, como arquivar comprovantes por tipo de gasto e dedicar uma hora por mês para atualizar o seu orçamento.
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5. 4º dia: faça uma relação de todas as suas dívidas
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Crie uma lista na qual você relacione todas as suas dívidas. Em cada uma, é necessário apontar o valor total do saldo devedor, o valor da prestação mensal (quando houver), nome do credor e o Custo Efetivo Total (CET) de cada linha de crédito. O CET mostra todos os encargos incluídos na dívida e é a melhor forma de analisar as taxas cobradas. Organize essa lista a partir da dívida mais cara para a mais barata, usando o CET como critério para esse ranking.
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6. 5º dia: defina seus objetivos financeiros
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6/16 (RomoloTavani/Thinkstock)
Crie uma lista de sonhos e objetivos pessoais que você pretende alcançar nos próximos seis meses, em um ano e após cinco anos. Faça as contas de quanto precisará poupar para alcançá-los.
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7. 6º dia: faça uma lista de corte de gastos
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7/16 (Tramvaen/Thinkstock)
Relacione todas as economias que você se propõe a fazer, com base na análise de seu orçamento, identificação do total de parcelas mensais de suas dívidas e o quanto gostaria de poupar. Trocar o carro atual ou até o próprio imóvel por outro mais em conta é uma estratégia eficaz. As metas devem ser relacionadas por escrito.
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8. 7º dia: se comprometa a aumentar sua renda
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Defina, por escrito, valores que você pretende levantar no curto prazo, seja vendendo bens que não usa e, se possível, realizando horas extras ou bicos. Defina um prazo para esse período, para que não se torne uma rotina. O ideal é executar esse objetivo durante três a quatro meses, no máximo.
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9. 8º dia: negocie dívidas
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9/16 (Thinkstock/Creatas Images)
Com base no seu plano de corte de gastos e aumento de ganhos, calcule quanto poderá gerar nas próximas semanas ou meses e entre em contato com seus credores para quitar as dívidas com CET acima de 2% ao mês e/ou substituir as dívidas mais caras por outras de CET mais baixo, com o objetivo de reduzir seu gasto com juros. Assuma prestações que você consiga pagar com tranquilidade, para não correr o risco de cair em dívidas não planejadas (
veja 10 passos para negociar sua dívida com o banco). Uma boa estratégia é vender bens de alto valor, como o carro.
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10. 9º dia: estude investimentos
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10/16 (ThinkStock/sjenner13)
Analise investimentos oferecidos pelo banco no qual você tem conta e por outras instituições financeiras. Dedique uma ou duas horas para entender como funciona cada aplicação financeira (
veja 10 livros essenciais para quem quer começar a investir). Preencha um questionário para identificar seu perfil de investidor.
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11. 10 º dia: defina metas de poupança
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11/16 (James Thew/Thinkstock)
Faça planos de quanto começará a poupar por mês assim que liquidar suas dívidas, caso tenha débitos que não foram planejados. Passe a poupar somente quando suas dívidas se limitarem a financiamentos planejados, com prestações que caibam confortavelmente no orçamento.
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12. 11º dia: escolha uma aplicação para a aposentadoria
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12/16 (ChickiBam/Thinkstock)
Marque uma reunião com um corretor de seguros para discutir o melhor plano de previdência para seu perfil ou busque uma aplicação financeira que seja mais adequada para objetivos de longo prazo (
veja 8 verdades que você deve encarar sobre a aposentadoria). Comprometa-se a iniciar as contribuições somente depois de quitar suas dívidas.
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13. 12º dia: automatize seus investimentos
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13/16 (Anatoliy Babiy/Thinkstock)
Ao iniciar aplicações e começar a guardar dinheiro, prefira que os depósitos mensais sejam feitos por débito automático. A ferramenta reforça a necessidade de ter disciplina, essencial para o sucesso de seu plano.
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14. 13º dia: organize documentos e senhas
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14/16 (gpointstudio/Thinkstock)
Com o planejamento definido, tire um tempo para organizar documentos do banco e guardar senhas de cartões, por exemplo. Defina também uma data a cada seis meses para que você estude as aplicações que seu banco oferece e possa compará-las com as de outras instituições financeiras.
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15. 14º dia: planeje o orçamento futuro
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15/16 (Thinkstock)
Para ter disciplina, você precisa saber o resultado de cada passo. Planilhas são recomendadas porque permitem projetar gastos futuros, incluindo consumo em datas festivas, para que você veja quanto dinheiro irá acumular e quando irá conseguir atingir seus objetivos financeiros. Tenha como hábito pensar no futuro e ajustar o orçamento atual quando ocorrer algum desequilíbrio.
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16. Agora veja 15 formas de controlar o seu orçamento
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16/16 (Raul Júnior/VOCÊ SA)