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6 vantagens dos fundos para o pequeno investidor

Projeto de educação financeira da BBDTVM em parceira com a FGV destaca os benefícios da indústria de fundos

Com maior diversificação, fundos apresentam menor risco que outras aplicações (Wiros/Flickr)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 09h03.

São Paulo – Com as recentes quedas na taxa básica de juros da economia, alguns investimentos pessoais , como a poupança, já não trazem mais rendimentos tão satisfatórios. É por isso que tem se falado muito sobre a necessidade de o investidor buscar novas aplicações para manter os mesmos retornos dos últimos anos. E um dos produtos financeiros mais indicados para quem está buscando novas aplicações, mas ainda está dando os primeiros passos, são os fundos de investimento .

A Fundação Getúlio Vargas e a BBDTVM, gestora de fundos do Banco do Brasil, estão realizando um projeto de educação financeira que tem o objetivo de difundir a indústria de fundos no país. A iniciativa busca divulgar estudos sobre os fundos de investimento e destacar suas principais vantagens principalmente entre investidores que desconhecem o produto.

Veja a seguir as seis principais vantagens dos fundos de investimento destacadas pelas duas instituições:

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1) Acesso a ativos que não poderiam ser acessados individualmente

Os fundos de investimento funcionam como condomínios, formados pela união de diversos investidores que disponibilizam seus recursos para investimentos financeiros comuns. Embora os fundos invistam em muitos ativos aos quais os investidores têm acesso individualmente (como CDBs, títulos públicos ou ações), também aplicam em outros tantos papéis que permanecem inacessíveis para investidores pessoa física individualmente. É o caso de papéis de renda fixa como as debêntures, que são títulos de dívida de empresas cujo valor de face pode ser de algumas centenas de reais; ou mesmo de CDBs que paguem um percentual mais alto do CDI. Por meio dos fundos, um investidor individual pode ter acesso a produtos melhores com custos menores.

2) Produtos adequados aos mais diversos objetivos

Os fundos de investimento oferecem diversas alternativas ao investidor, de acordo com o seu objetivo e perfil de risco. Os fundos são divididos em: fundos de curto prazo, que aplicam recursos em títulos de renda fixa de curto prazo; fundos de renda fixa, que aplicam recursos em títulos de renda fixa ou atrelados à variação da inflação; fundos de ações, que aplicam um mínimo de 67% dos recursos em ações; fundos referenciados, que são atrelados a indicadores de mercado de renda fixa, como CDI (fundos DI); fundos cambiais, que acompanham a variação da taxa de câmbio, seja em dólar ou euro; fundos multimercados, que aplicam em renda fixa, variável, câmbio e inflação, de acordo com o que o gestor decidir que é mais vantajoso no momento; e fundos de previdência, voltados para a poupança de recursos para a aposentadoria.

A escolha do melhor fundo para se investir depende do objetivo do investimento, do risco que o investidor pretende correr e o prazo para resgate do valor investido. Se há um objetivo definido que não permite grandes riscos de perda, como o financiamento dos estudos do filho, por exemplo, os fundos de renda fixa e fundos DI podem ser mais indicados pois têm menor risco. Se o objetivo é a multiplicação de patrimônio no longo prazo e o investidor não é averso a riscos, os fundos de ações podem ser a melhor alternativa. Ou se o objetivo for uma viagem, os fundos cambiais permitem que o dinheiro investido flutue de acordo com a oscilação da moeda estrangeira.


3) Gestão profissionalizada

O coordenador do Centro em Estudos em Finanças da FGV, William Eid, afirma que os fundos de investimento são o produto ideal para investidores menos experientes. “É muito difícil investir em ações, a pessoa física não tem condições de fazer uma análise de uma empresa. É um trabalho imenso, que não envolve apenas a observação dos balanços da empresa. Por isso, é importante ter um profissional dedicado somente a isso, e é por isso que os fundos de investimento são o grande veículo para a pessoa física”, opina.

Com uma gestão profissional, o investidor pode escolher o tipo de estratégia que norteará seus investimentos de acordo com o seu objetivo, mas deixando as escolhas dos ativos que irão compor a carteira para profissionais qualificados. Assim, além de desfrutar de escolhas mais experientes, é possível controlar melhor os riscos, uma vez que os gestores são capacitados para medir e gerenciar melhor os riscos.

4) Diversificação

Os fundos de investimento investem em diversos tipos de ativo, selecionados pelos gestores, o que diminui o risco de prejuízo se um deles tiver um mau desempenho. Os fundos multimercados, por exemplo, permitem que em um momento de baixa da bolsa, parte dos investimentos seja direcionada à renda fixa e a carteira não seja tão prejudicada quanto seria se fosse composta apenas por ações.

5) Alternativa de investimento para a aposentadoria

William Eid ressalta que a geração de reservas financeiras para a aposentadoria é cada vez mais importante. “Há alguns anos, um aposentado recebia mais de 20 salários mínimos do INSS e hoje não chega a mais de quatro salários mínimos”, afirma. Os fundos de investimento comuns são produtos que aparecem como uma alternativa de longo prazo para a aposentadoria e em alguns casos possuem algumas vantagens em relação aos produtos de previdência – que também são fundos, mas com regras mais rígidas de investimento e vantagens tributárias.

Primeiramente, eles oferecem um maior nível de diversificação, uma vez que existem mais de 40 tipos de fundos, cada qual com um tipo de estratégia diferente. Os produtos de previdência da categoria compostos, que são aqueles que investem em renda fixa e variável, por exemplo, só investem até o limite de 49% da carteira em renda variável. Para um jovem que está investindo para a aposentadoria e, portanto, tem um prazo longo de investimento, poderia ser mais vantajoso investir em um fundo de ações, com maior exposição ao risco e maior chance de retorno no longo prazo.



E em segundo lugar, os fundos de investimento são entidades jurídicas separadas dos bancos gestores e possuem um CNPJ próprio. Assim, no caso de um problema com o banco, por exemplo, eles estariam completamente protegidos. Os produtos de previdência, por sua vez, são produtos das seguradoras. Por isso, se ocorre algum tipo de problema com a seguradora, eles não ficam totalmente protegidos.

Por outro lado, em caso de morte do investidor, os recursos de seu plano de previdência seriam transferidos automaticamente aos seus beneficiários, o que proporciona uma grande economia de impostos e custos judiciais. Já nos fundos de investimentos, não haveria esta economia, uma vez que os recursos seriam direcionados para o inventário como qualquer outro bem.

6) Menores riscos

Como já mencionado, os fundos de investimento possuem menor risco por causa de sua estratégia de diversificação, que reduz o risco de volatilidade e de crédito dos ativos que compõem a carteira. Mas, eles também desfrutam de menores riscos em outros três aspectos:

Risco de liquidez: a maior parte dos fundos de investimento tem liquidez imediata, ou seja, o resgate do valor investido pode ser realizado a qualquer momento. Dessa forma, caso seja necessário resgatar o dinheiro imediatamente, o investidor pode fazê-lo sem ter perdas financeiras. Também existem alguns fundos de investimento e fundos imobiliários que não permitem que o investidor resgate o dinheiro a qualquer momento. Estes fundos podem ser vantajosos se o investidor direcionar a aplicação ao longo prazo, uma vez que ele não precisará da liquidez imediata e pode se beneficiar de um retorno mais alto com o tempo.

Risco de crédito: como o fundo de investimentos é apenas gerido pelo banco, mas seu patrimônio não se mistura com o da instituição financeira, em caso de falência do banco, o fundo não será prejudicado. Existe ainda o risco de crédito das aplicações que o fundo de investimento faz. Um fundo de renda fixa que aplica em debêntures de uma empresa, por exemplo, poderá amargar grandes perdas se a companhia falir. No entanto, com a estratégia de diversificação dos fundos e com a constante análise das empresas nas quais o fundo investe, o risco é mitigado. “Nos últimos anos foram pouquíssimos os casos de problemas relacionados ao risco de crédito. Nós até tentamos fazer uma estatística sobre isso na FGV, mas pela falta de eventos não conseguimos montá-la”, diz Eid.

Risco operacional: os fundos de investimento são constituídos por um tripé no qual atuam o gestor, que faz a compra e a venda dos ativos; o administrador, que é responsável pelo funcionamento do fundo e controla prestadores de serviço, como gestor, auditor e custodiante; e o custodiante, que faz a guarda e a liquidação física dos ativos. Estes agentes são representados por diferentes instituições. Assim, os riscos de fraude são muito reduzidos, pois para que ocorresse qualquer ação fraudulenta seria necessário que os três agentes participassem da operação.

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