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2011 foi ano melancólico para os investidores

As aplicações financeiras mais rentáveis foram ativos em que quase ninguém investe no Brasil, como o ouro e o dólar

Ouro (Sebastian Derungs/AFP)

Ouro (Sebastian Derungs/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 16h03.

São Paulo – O ano de 2011 terminou de forma melancólica para os investidores. Os ativos mais rentáveis do ano são pouco populares. A bolsa teve mais um ano de desempenho pífio. Já as opções mais tradicionais de renda fixa tiveram os ganhos corroídos por uma inflação que deve superar o teto da meta estabelecida pelo Banco Central.

Embora tenha perdido mais de 6% de seu valor só em dezembro, com o pior desempenho mensal entre as principais aplicações financeiras para o investidor brasileiro, o ouro ainda tem uma das maiores altas em 2011. A valorização do metal alcançou 16,46% no ano até o último dia 28. A alta só é menor do que a dos imóveis residenciais que, segundo o Índice FipeZap, acumularam alta de 25% nos 11 primeiros meses deste ano. Confira abaixo os rankings completos de dezembro e de 2011:

Os vencedores de dezembro
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Aplicação Rentabilidade (até 28/12)
*Fundo de ações dividendos 4,34%
Dólar Comercial (até 29/12) 3,07%
*ETFs 2,24%
*Fundos de ações Ibovespa ativo 1,63%
**Imóveis residenciais 1,40%
**Fundos imobiliários 0,91%
LFT (vencimento em março de 2012) 0,91%
LTN (vencimento em janeiro de 2012) 0,91%
NTN-F (vencimento em janeiro de 2012) 0,91%
CDI 0,82%
*Fundos referenciado DI 0,72%
*Fundos de renda fixa 0,67%
Poupança 0,59%
NTN-B (vencimento em agosto de 2012) 0,51%
*Fundos multimercados multiestratégia 0,10%
Ibovespa (até 29/12) -0,21%
*Fundos de ações Small Caps -0,72%
Ouro (BM&F) -6,10%

Os vencedores de 2011
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Aplicação Rentabilidade (até 28/12)
**Imóveis residenciais 25,00%
Ouro (BM&F) 16,46%
NTN-B (vencimento em agosto de 2012) 14,06%
Dólar Comercial 12,15%
*Fundos de renda fixa 12,20%
NTN-F (vencimento em janeiro de 2012) 12,07%
LTN (vencimento em janeiro de 2012) 12,06%
*Fundos referenciado DI 11,62%
LFT (vencimento em março de 2012) 11,57%
CDI 11,56%
*Fundos multimercados multiestratégia 9,75%
**Fundos imobiliários 8,96%
Poupança 7,43%
*Fundo de ações dividendos 3,49%
*Fundos de ações Ibovespa ativo -14,11%
*ETFs -16,47%
*Fundos de ações Small Caps -17,75%
Ibovespa (até 29/12) -18,10%

Fontes: Banco Central, Anbima, site Fundo Imobiliário, Índice FipeZap
*Os dados de fundos levam em consideração os resultados obtidos somente até o dia 23/12
**Os dados sobre imóveis e fundos imobiliários estã atualizados até novembro

A valorização do metal precioso é um efeito típico de anos de crise. “Em meio a um cenário instável, as pessoas tendem a buscar refúgio em ativos como o ouro”, afirma André Nunes, diretor da Reserva Metais.

A expectativa de Nunes é que esse ciclo de alta se mantenha em 2012. “Os fundamentos internos e externos que contribuíram para a alta do ouro em 2011 não dão sinais de mudança para o ano que vem”, resume. Uma das maneiras de apostar na alta do ouro é comprando barras do produto. Na empresa, a quantidade mínima é de 5 gramas, o que equivaleria a pouco menos de 500 reais nos valores atuais. Conheça outras formas de investir em ouro.

Europa derrubou Ibovespa no ano

EXAME.com já mostrou que o mês de dezembro é tradicionalmente positivo para a renda variável. A tendência se repete fielmente desde dezembro de 1999. Neste ano, porém, o tradicional rali de Natal da bolsa virou downhill. O Ibovespa terminou dezembro com uma queda acumulada de 0,21%. No ano, a queda é de 18,10%.

Para a equipe de análises da corretora Octo Investimentos, as notícias negativas sobre a crise na Europa continuam sendo o fator de maior peso no desempenho do Ibovespa e essa tendência deve continuar pelo menos durante o primeiro semestre de 2012. A expectativa é de que o mercado americano e uma possível desaceleração na economia da China também empurrem a bolsa para uma desvalorização.

A queda assusta, mas não quer dizer que os investidores devam manter distância das ações a todo custo. Para quem quer apostar no mercado mesmo durante a baixa, uma sugestão é observar as ações de empresas pagadoras de dividendos. O destaque vai para os papéis de energia elétrica e de empresas de utilidade pública em geral. Para o ano que vem, investir em ações que distribuem bem seus lucros deve continuar sendo vantajoso.


NTN-B perde no mês, mas vence no ano

Nenhum dos títulos públicos apresentou rentabilidade negativa em 2011. No fechado do ano, o destaque foi para as Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-Bs). Embora tenha sido o menos rentável de dezembro, com alta de 0,51%, o título foi o campeão no acumulado de 2011, com alta de 14,06% até o dia 28 (títulos com vencimento em agosto de 2012, a data mais próxima). No ranking geral do ano, a aplicação ficou em terceiro lugar.

Dólar está entre as principais altas

Outro mercado impulsionado pela crise na Europa foi o de câmbio. O dólar terminou o ano com a quarta maior rentabilidade de 2011 e subiu 12,15%. Só em dezembro, até o último dia 28, a moeda valorizou 3,07% frente o real, a maior alta do mês.

Renda fixa tem destaque entre fundos

Entre as principais modalidades de fundos de investimentos, os de renda fixa tiveram a maior rentabilidade em 2011, com alta de 12,20% até o dia 23 (dado mais recente divulgado pela Anbima).

Outra categoria que teve destaque foi a de fundos imobiliários. As principais carteiras do setor tiveram uma rentabilidade média de 8,96% em 2011 até novembro, segundo dados do site Fundo Imobiliário, do consultor Sérgio Belleza Filho. Embora a modalidade seja de renda variável, algumas características como a remuneração periódica do rendimento dos imóveis, faz com que o perfil do investidor seja muito parecido com o dos fãs de renda fixa.

Na análise do último mês do ano, o destaque ficou com os fundos de ações dividendos, com alta de 4,34% em dezembro até o último dia 23.

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