Minhas Finanças

11 corretoras recomendam dividendos para outubro

Carteiras recomendadas de dividendos tiveram, no geral, bom desempenho em setembro


	Loja da Vivo: apesar de resultados fracos e do imbróglio com a Telecom Itália, Telefônica ainda foi uma das ações mais indicadas
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Loja da Vivo: apesar de resultados fracos e do imbróglio com a Telecom Itália, Telefônica ainda foi uma das ações mais indicadas (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h15.

São Paulo – A alta de 4,64% do Ibovespa em setembro em função de uma série de dados positivos da economia do Brasil e do mundo puxou para cima as carteiras recomendadas como um todo, inclusive as mais defensivas. A maior parte delas viu fortes valorizações no último mês.

A Telefônica (Vivo) foi novamente a ação mais recomendada, figurando nas carteiras de cinco corretoras. A companhia tem expectativa de pagar altos dividendos e tem demanda constante mesmo em cenários adversos. Contudo, a recente ampliação de participação na holding que controla a Telecom Itália, dona da TIM, pode ser um fator de risco para que aumente a concorrência no setor de telefonia no Brasil.

Com quatro recomendações vieram, logo atrás, Vale, BB Seguridade, Tractebel e Taesa. A Vale vem se beneficiando do câmbio depreciado, de bons patamares do preço do minério de ferro e de um cenário externo mais favorável; o BB Seguridade é uma oportunidade com baixo risco de intervenção estatal em um setor em crescimento; e a Tractebel e a Taesa vêm sendo consideradas duas das melhores ações do setor elétrico já há algum tempo.

Clique nas corretoras a seguir para ver as ações boas pagadoras de dividendos recomendadas por cada uma:

Ágora/Bradesco
Ativa

Citi Corretora
Coinvalores

Omar Camargo
Planner
Rico/Octo Investimentos
Santander
Spinelli
Um Investimentos

XP Investimentos


Ágora Corretora / Bradesco

Em setembro, a carteira de dividendos da Ágora/Bradesco teve valorização de 6,80%, acumulando alta de 3,30% em 2013.

Não houve alterações na carteira de dividendos para outubro.

A expectativa de retorno médio via dividendos da carteira da Ágora é de 5,5% em 2013. Em setembro, todas as ações que compõem a carteira se valorizaram, com destaque para a alta superior a 13% da BB Seguridade.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 R$ 95,00 2,60%
BB Seguridade BBSE3 R$ 22,40 4,10%
BM&FBovespa BVMF3 R$ 16,40 4,90%
Cielo CIEL3 R$ 65,70 4,00%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 57,00 8,00%

Ativa

A carteira defensiva da Ativa teve valorização de 7,92% em setembro. No ano, a carteira acumula alta de 4,73%.

Não houve alterações para a carteira de outubro.

Não houve comentários específicos sobre a manutenção da carteira.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 ND 3,60%
Bradesco BBDC4 ND 3,70%
Equatorial EQTL3 ND 2,50%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 7,10%
Tractebel TBLE3 ND 5,80%

Citi Corretora

A carteira Top Picks Dividendos apresentou queda de 6,64% em setembro. No ano, a carteira apresenta alta de 7,50%.

Papéis incluídos: Transmissão Paulista. Papéis retirados: Ambev.

As ações da Ambev foram retiradas da carteira para realização de lucros, após alta de 12,64%. Para os analistas da Citi Corretora, a ação da companhia está sendo negociada perto de seu preço-alvo. Em seu lugar, entraram os papéis da Transmissão Paulista, que deve anunciar dividendos extraordinários até 2016 equivalentes a cerca de 60% de sua capitalização de mercado.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
BB Seguridade BBSE3 R$ 22,70 1,80%
CCR CCRO3 R$ 21,50 2,30%
Tractebel TBLE3 R$ 35,00 6,30%
Transmissão Paulista TRPL4 R$ 38,00 3,80%
Ultrapar UGPA3 R$ 59,00 2,50%

Coinvalores

Não foram divulgados os desempenhos da carteira em setembro e no ano.

Não foram divulgados comentários sobre a carteira de dividendos da Coinvalores.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Grendene GRND3 ND ND
Souza Cruz CRUZ3 ND ND
Mahle Metal Leve LEVE3 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
AES Tietê GETI4 ND ND

Omar Camargo

Em setembro, a carteira de dividendos da Omar Camargo teve dividend yield de 0,36% e valorização de 7,28%, já com ajuste de proventos para os acionistas. No ano, o dividend yield é de 6,62% e a carteira desvalorizou 1,30%, já com ajuste de proventos para os acionistas.

Papéis incluídos: Coelce e Contax. Papéis retirados: Banco do Brasil e Tractebel.

A Omar Camargo optou por realizar os lucros das ações do BB e da Tractebel. Os papéis do banco valorizaram 13,3% desde fevereiro deste ano, afora dividendos, e as da empresa de energia tiveram alta de 9,1% desde abril de 2013.

Em seus lugares entraram as ações da Contax, que deve começar a mostrar os frutos de sua reestruturação. Os analistas esperam incrementos graduais de margem nos próximos trimestres, que poderão tornar-se mais expressivos em 2014 e 2015. Para a corretora, a cotação atual não incorpora essa expectativa. Além disso, pesa a favor da Contax a expectativa de distribuição anual de 100 milhões de reais, equivalente a um dividend yield de 7,0%.

Os papéis da Coelce retornam à carteira em função de seu crescimento acima da média, margens mais altas no setor elétrico e distribuição de lucros consistente. Os analistas esperam dividend yield de no mínimo 6,0% nos próximos 12 meses. Além disso, diz o relatório, a companhia já passou pelo terceiro ciclo de revisão tarifária, e seu contrato de concessão vai até 2028, sendo prorrogável por mais 30 anos.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
AES Tietê GETI4 ND ND
Alupar ALUP11 ND ND
Coelce COCE5 ND ND
Contax CTAX11 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND

Planner

A carteira de dividendos da Planner teve queda de 7,03% em setembro e apresenta valorização de 8,66% no acumulado do ano.

Papéis incluídos: AES Tietê, Brasil Insurance, Hering, Taesa e Vale. Papéis retirados: Ambev, Banco do Brasil, CCR, Pine e Souza Cruz.

Todas as ações da carteira de dividendos da Planner foram substituídas. A AES Tietê foi incluída por ainda destinar 100% de seus lucros ao pagamento de dividendos, além de ter forte geração de caixa, baixo endividamento, disciplina nos investimentos e energia totalmente contratada com a Eletropaulo até dezembro de 2015. Já a Brasil Insurance beneficia-se de sua cobertura nacional, amplo portfólio de produtos e fortes resultados no primeiro semestre.

A Hering foi incluída em função de sua recuperação após uma desvalorização no início do ano, com as perspectivas de melhora de margens e plano de expansão. A empresa tem boa geração de caixa e posição líquida de caixa positiva, pagando bons dividendos. A Taesa, por sua vez, vem registrando resultados crescentes, com foco na eficiência operacional e adequada estrutura de capital, diz o relatório da corretora. Para este ano, estima-se que a companhia pague 80% de seus lucros em dividendos.

Finalmente, a Vale foi incluída porque outubro é o mês de pagamento da segunda parcela dos dividendos da empresa. A expectativa é que o retorno para o acionista seja de 2,4%, podendo até ser maior.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
AES Tietê GETI4 R$ 25,00 11,4%
Brasil Insurance BRIN3 R$ 25,30 5,8%
Hering HGTX3 R$ 40,30 5,8%
Taesa TAEE11 R$ 25,30 8,2%
Vale VALE5 R$ 42,00 5,8%

Rico/Octo Investimentos

Em setembro, a Carteira Dividendos 8+ do Rico, home broker da Octo Investimentos, apresentou alta de 0,96%. Em 2013, a carteira tem queda de 2,19%

Não houve alterações para a carteira de outubro.

De acordo com o relatório do Rico, em setembro, como tem ocorrido com frequência no mercado brasileiro, poucos setores sustentaram a alta do Ibovespa, com destaque, desta vez, para ações dos segmentos de telecomunicações, construção civil e poucas varejistas. Desta forma, diz o relatório, ativos considerados mais defensivos continuam pouco atrativos para os investidores, principalmente os estrangeiros, que se retiraram principalmente do setor elétrico desde a redução de tarifas implementada no ano passado.

Além disso, dizem os analistas, o Governo anunciou que já há negociações envolvendo distribuidoras do setor para licitar novamente as concessões e atenuar futuros reajustes tarifários. A corretora lembra que serão renegociadas as concessões de 42 distribuidoras com contratos a vencer entre 2015 e 2017, o que trouxe ainda mais incerteza e volatilidade para as ações do setor.

A carteira foi mantida, com foco em empresas de caráter mais defensivo e boas pagadoras de dividendos, aliadas a empresas voltadas para o crescimento e que têm apresentado consistência na entrega de resultados. A maior concentração no setor de energia elétrica se deve ao fato de os analistas acreditarem que algumas ações do setor já perderam muito valor e que, por isso, não apresentam grandes riscos.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Alupar ALUP11 ND ND
Cemig CMIG4 ND ND
Coelce COCE5 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Mahle Metal Leve LEVE3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND
Vale VALE5 ND ND

Santander

A carteira de dividendos do Santander teve alta de 4,35% em setembro. No ano, acumula queda de 7,33%.

Papéis incluídos: Energias do Brasil e BB Seguridade. Papéis retirados: Telefônica (Vivo) e Tractebel.

A Telefônica foi retirada da carteira porque os analistas do Santander esperam um resultado fraco para a companhia no terceiro trimestre. Além disso, diz o relatório, o desenrolar do caso TIM com a Telecom Itália pode aumentar a competição de telefonia móvel no mercado doméstico por meio da venda dos segmentos de negócio da TIM ou a compra das linhas de negócio da TIM por uma empresa estrangeira que ainda não atua no país, podendo se tornar uma concorrente de peso.

Já a Tractebel foi retirada por ser considerada cara e também para a realização de lucros de 4,30% desde que a ação foi acrescentada na carteira em agosto. A inclusão da Energias do Brasil se deve tanto ao forte dividend yield esperado para os próximos 12 meses quanto pelo início da operação da planta térmica de PECEM 1 em capacidade máxima, devendo impactar positivamente os resultados do terceiro e do quarto trimestres.

Finalmente, as ações do BB Seguridade foram acrescentadas à carteira devido à sua alta previsibilidade de geração de caixa e elevado dividend yield esperado para os próximos 12 meses.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 R$ 101,25 3,82%
BB Seguridade BBSE3 Em revisão 4,86%
CPFL CPFE3 R$ 27,40 7,71%
Energias do Brasil ENBR3 R$ 14,30 3,94%
Itausa ITSA4 R$ 13,00 4,61%
Ultrapar UGPA3 R$ 69,00 2,32%
Vale VALE3 R$ 54,00 5,17%

Spinelli

A Spinelli não divulgou o desempenho de sua Carteira de Dividendos em setembro e no ano.

A corretora também não divulgou comentários acerca de sua carteira de dividendos.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado*
Banco do Brasil BBAS3 ND 9,30%
Mahle Metal Leve LEVE3 ND 5,14%
Natura NATU3 ND 4,03%
Taesa TAEE11 ND 9,79%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 8,80%

(*) Em 12 meses.

Um Investimentos

A carteira de dividendos da Um Investimentos apresentou alta de 2,46% em setembro. O desempenho no ano não foi divulgado.

Não houve mudanças na carteira da Um Investimentos para outubro.

Para o mês de outubro, a Um Investimentos apenas rebalanceou os ativos de sua carteira de dividendos, aumentando as participações de CCR, Multiplus e Tractebel, e reduzindo Taesa e Coelce.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Bradesco BBDC4 R$ 34,98 2,90%
CCR CCRO3 R$ 21,85 4,25%
Coelce COCE5 R$ 46,70 7,20%
Grendene GRND3 R$ 25,00 5,01%
Multiplus MPLU3 R$ 35,96 7,63%
Taesa TAEE11 R$ 26,00 9,79%
Tractebel TBLE3 R$ 40,00 6,60%

XP Investimentos

A Carteira XP Dividendos encerrou o mês de setembro com alta de 5,80%, e no ano acumula valorização de 9,50%.

Não houve mudanças na Carteira XP Dividendos para o mês de outubro.

A Cielo se mantém na carteira devido a seus resultados financeiros consistentes e ganhos em participação de mercado mesmo em um ambiente mais competitivo. Além disso, os receios do mercado quanto a possíveis intervenções do governo já foram encerrados com a definição do Banco Central como regulador oficial do setor, diz o relatório. Já a Telefônica permanece, apesar do desempenho fraco, porque os analistas seguem confiantes na empresa, uma vez que a empresa está menos exposta aos riscos de desaceleração do mercado de consumo e grande participação no mercado de celulares pós-pagos.

A Alupar é, para a corretora, uma empresa eficiente, com baixo nível de indisponibilidade de suas linhas, margens acima da média e retorno elevado. Além disso, seus contratos de longo prazo fogem do modelo que gerou contestação e discussão com o governo, conferindo à companhia menor risco regulatório. Seu dividend yield deve ficar em torno de 5% ou 6%. O BB Seguridade, por sua vez, corre pouco risco de intervenção estatal e está exposto a um setor de crescimento acima da média.

Apesar de ter sido impactada pela política de redução de tarifas do governo, a Cemig vem contestando a não renovação automática das suas usinas geradoras de primeira licença. Os analistas da XP também dizem acreditar no profissionalismo da empresa e sua capacidade de entrega de retorno, além de considerar que seus múltiplos estão baixos. Finalmente, a Vale deve se beneficiar no curto prazo do novo patamar do câmbio e, no longo prazo, dos preços do minério de ferro, acreditam os analistas. O controle de custos da nova gestão também agrada a corretora.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Alupar ALUP11 ND ND
BB Seguridade BBSE3 ND ND
Cemig CMIG4 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND
Vale VALE5 ND ND
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