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Wall Street vê vida curta para qualquer rali de ações nos EUA

O índice S&P 500 caía na terça-feira, depois de interromper sua maior sequência de quedas semanais em duas décadas

Bolsas americanas: analistas de bancos e empresas de investimento, incluindo Morgan Stanley, Bank of America e Oppenheimer, esperam mais perdas pela frente (Scott Eells/Bloomberg)

Bolsas americanas: analistas de bancos e empresas de investimento, incluindo Morgan Stanley, Bank of America e Oppenheimer, esperam mais perdas pela frente (Scott Eells/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 31 de maio de 2022 às 17h34.

Última atualização em 31 de maio de 2022 às 17h42.

Um número crescente de estrategistas de Wall Street vê a recuperação do mercado de ações americano na semana passada como fogo de palha antes de mais tombos, já que os riscos para a economia e para os lucros corporativos permanecem com a inflação persistente.

O índice S&P 500 caía na terça-feira, depois de interromper sua maior sequência de quedas semanais em duas décadas. Analistas de bancos e empresas de investimento, incluindo Morgan Stanley, Bank of America e Oppenheimer, esperam mais perdas pela frente.

A recente recuperação foi impulsionada por condições de sobrevenda vinculadas às esperanças de que o Federal Reserve possa debater uma pausa em setembro, disse Michael Wilson do Morgan Stanley, em nota. Ele acha que as estimativas de lucros continuam muito altas e vê o S&P 500 perto de 3,4 mil pontos até o final da temporada de balanços do segundo trimestre em meados de agosto, o que implica uma queda de 18% em relação ao fechamento de sexta-feira.

Jonathan Krinsky, técnico-chefe de mercado da BTIG, também acha que o S&P 500 cairá para entre 3,4 mil e 3,5 mil pontos.

Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA Research, disse que o S&P 500 deveria ter subido, já que seu coeficiente preço-lucro com base em estimativas futuras de 12 meses atingiu 16,8, a leitura mais baixa desde o início de abril de 2020 e 1,1% abaixo de sua média de duas décadas.

“O mercado estava preparado para pelo menos um retorno de curto prazo”, disse Stovall aos clientes em nota. “Continuamos céticos quanto à sustentabilidade deste rali.”

Dito isto, o S&P 500 provavelmente está “mais próximo do fundo do que do topo”, de acordo com Ari Wald, chefe de análise técnica da Oppenheimer, pois vários indicadores estão próximos de seus limites.

Em 20 de maio, a mínima intradiária representou um declínio de 21% do pico do índice. Mesmo assim, a amplitude de mercado fraca pode prenunciar quedas adicionais para as ações no curto prazo, com menos ações para puxar os principais índices para cima.

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