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Verde aumenta exposição na bolsa brasileira de olho em corte de juros

Gestora de Luis Stuhlberger acredita ser provável o corte de juros a partir de agosto

Luis Stuhlberger: fundo verde acumula alta de 3,23% no ano (Germano Lüders/Exame)

Luis Stuhlberger: fundo verde acumula alta de 3,23% no ano (Germano Lüders/Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 12 de junho de 2023 às 18h19.

A gestora Verde, de Luis Stuhlberger, agora está mais confiante com a Bolsa brasileira. Com a perspectiva de que os juros serão cortados a partir de agosto, a Verde aumentou sua exposição ao mercado de ações no país e viu resultado. No mês de maio, a gestora reportou alta de 0,89%. No acumulado do ano, os ganhos são de 3,23%. 

O fundo Verde teve em maio ganhos nas posições ações no Brasil e em operações de juros nos Estados Unidos. As perdas vieram do hedge em inflação implícita no Brasil, das posições de commodities, juros na Europa e inflação americana.

"Acreditamos que as ações têm espaço para continuar performando bem, e o fundo tem mantido em torno de 20% alocado ao mercado local", diz a carta da gestora distribuída hoje.

Segundo a carta, o Brasil viveu em maio, e nos primeiros dias de junho, uma precificação mais construtiva dos mercados. O arcabouço fiscal evoluiu numa direção positiva na Câmara, o crescimento do PIB do primeiro trimestre foi substancialmente acima do esperado pelo consenso, e a inflação tem surpreendido para baixo, observa a gestora.

"Os contornos estão bem estabelecidos para o início do ciclo de corte de juros (provavelmente) em agosto. Isso tem feito
com que o mercado mais atrasado na redução de prêmio de risco brasileiro, o acionário, finalmente começasse a performar bem. Em maio vimos o Ibovespa subir 3.74%, e continuar em junho, acumulando alta de 8.02% nos seis primeiros pregões do mês", diz.

O fundo mantém pequena exposição comprada em bolsa global, além da alocação no mercado brasileiro. A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida. "Estamos tomados em juros na parte curta da curva e comprados em inflação nos EUA, e tomados no Japão. A posição em ouro foi mantida, e assim como a pequena alocação em petróleo. As posições em crédito high yield global foram marginalmente aumentadas e aquelas em crédito local foram mantidas."

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