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Variante Ômicron, Caged, discurso do Fed e o que mais move o mercado

Temores sobre potenciais estragos de nova cepa do coronavírus voltam a pressionar bolsas de valores, após dia de recuperação

Japão: primeiro caso de variante Ômicron foi registrado no país | Foto: James Matsumoto/SOPA Images/LightRocket via Getty Images (James Matsumoto/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)

Japão: primeiro caso de variante Ômicron foi registrado no país | Foto: James Matsumoto/SOPA Images/LightRocket via Getty Images (James Matsumoto/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 07h14.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 09h25.

Após terem um dia de recuperação das fortes perdas da última sexta-feira, 26, as bolsas globais voltam a sinalizar mais um dia de tensão nos mercados nesta terça-feira, 30, com preocupações sobre os potenciais efeitos da variante Ômicron do coronavírus

Na Europa, o Stoxx 600 cai 1,41%, com as principais bolsas do continente em baixa de mais de 1% nesta manhã. Efeito semelhante ocorre nos Estados Unidos, onde os três principais índices de ações operam em queda no mercado de futuros. O Dow Jones, mais ligado à economia tradicional, tem o pior desempenho, recuando 1,43%.

As perdas ocorrem em meio à volta das restrições de mobilidade para conter a proliferação da nova cepa do coronavírus. No Japão, porém, o primeiro caso da variante Ômicron foi confirmado nesta madrugada, mesmo após o país fechar suas fronteiras, levando o principal índice do mercado japonês, o Nikkei 225, a recuar mais de 2% no mercado de futuros, após já ter caído 1,41% nesta madrugada. 

Nesse cenário, ações de companhias aéreas voltam a registrar perdas nesta manhã, com as europeias Lufthansa e IAG (grupo da British Airways) caindo cerca de 3%.

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Powell no Senado

Nos Estados Unidos, a variante Ômicron deve ser abordada pelo presidente Jerome Powell, nesta terça, em testemunho no Senado. 

Em discurso divulgado na última noite - e que deve ser lido hoje -, Powell pondera que o recente aumento de casos de covid e o surgimento da nova variante “representam riscos negativos para o emprego e a atividade econômica e aumentam a incerteza para a inflação”. Powell deve iniciar seu testemunho às 12h de Brasília.

No mercado, investidores buscarão pistas sobre uma manutenção por mais tempo dos estímulos do Fed, que pode ser necessária para contrabalançar os efeitos do novo vírus. 

PEC tem votação adiada

Já no Senado brasileiro, as atenções estarão com o andamento da PEC dos Precatórios, que deve ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa nesta terça. No entanto, a votação da PEC, que estava prevista para hoje, deve ficar para quinta-feira, 2, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Agenda com Caged e IPC

Na agenda econômica, o principal indicador da economia brasileira serão os dados do Caged referentes ao mês de outubro. A expectativa é de que os números revelem a criação de 270.000 novos postos de trabalho para o qual são esperados contra 313.000 no mês anterior. 

Economistas também repercutem nesta manhã os índices de preços ao consumidor (IPC), que saíram na Zona do Euro. Por lá, a inflação voltou a superar as estimativas, aumentando a pressão para que o Banco Central Europeu adote uma postura mais contracionista. Divulgado mais cedo, o IPC anual saltou de 4,1% para 4,9% ante expectativa de alta para 4,5%. 

Ânima recebe aporte

No radar corporativo, a rede de ensino Ânima (ANIM3) anunciou um acordo de investimentos com a DNA Capital, que resultará em um aporte de 1 bilhão de reais em sua subsidiária Inspiralli. Com isso, a DNA Capital passará a deter 25% do capital votante na Inspiralli, vertical de educação médica da companhia. Nos três primeiros trimestres de 2021, a Inspiralli teve receita líquida de 436,6 milhões de reais. 

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