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UBS compra Credit, Focus, fiscal e o que mais move os mercados

Anúncio da fusão entre os dois bancos suíços e da ação coordenada entre Fed e outros bancos centrais para dar liquidez aos mercados buscavam trazer alívio aos investidores globais

Credit Suisse: concorrente UBS acertou compra do banco suíço no domingo (Stefan Wermuth/Bloomberg)

Credit Suisse: concorrente UBS acertou compra do banco suíço no domingo (Stefan Wermuth/Bloomberg)

Publicado em 20 de março de 2023 às 06h48.

A tentativa das autoridades suíças em correr com o anúncio da compra do Credit Suisse pelo UBS antes da abertura dos mercados asiáticos com objetivo de trazer alívio aos investidores se frustrou. Bem como o anúncio do Federal Reserve e outros bancos centrais de uma ação coordenada de operações de swap em dólares para trazer mais liquidez foi  insuficiente para acalmar os ânimos.

Na Ásia, os principais índices ficaram no negativo e na Europa os índices das principais bolsas de valores também operam em queda. O setor bancário é o que tem suas ações mais penalizadas, mas o temor também está impactando os preços do petróleo. A cotação dos contratos tipo Brent, com fechamento em maio, recuavam 2,33%, para US$71,27, enquanto o WTI, para abril, recuava 2,29%, a US$ 65,21.

Nas primeiras horas da manhã, pelo horário de Brasília, os índices futuros dos Estados Unidos também recuavam, numa sinalização de que o mercado ainda precisa de mais para respirar aliviado. Por isso, o olhar está para terça e quart-feira, quando o Fed define o aumento ou não da taxa de juros na principal economia do mundo.

Por aqui, a expectativa é enorme com o novo arcabouço fiscal. O governo vinha prometendo divulgação antes do Copom, que também se reúne na terça-feira e na quarta-feira para definir o rumo da política monetária. Hoje a Selic está a 13,75%.

 Desempenho dos indicadores perto das 6h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): -0,48%
  • S&P 500 futuro (Nova York): -0,35%
  • Nasdaq futuro (Nova York): -0,14%
  • DAX (Frankfurt): -0,68%
  • CAC 40 (Paris): - 0,35%
  • FTSE 100 (Londres): -0,90%
  • Stoxx 600 (Europa): -0,69%
  • Hang Seng (Hong Kong): -2,65%

UBS compra Credit

O banco suíço UBS acertou ontem a compra do concorrente Credit Suisse por 3 bilhões de francos suíços (algo em torno de US$ 3,2 bilhões) em um negócio orquestrado pelas autoridades do país para impedir uma crise de confiança no sistema bancário. O Credit vinha sofrendo com a desconfiança dos investidores após uma crise de liquidez, e a expectativa é de que a fusão amenize as incertezas do mercado. 

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O Banco do Canadá, o Banco da Inglaterra, o Banco do Japão, o Banco Central Europeu, o Federal Reserve e o Swiss National Bank estão anunciando neste domingo, 19, uma ação coordenada para aumentar a liquidez por meio de acordos permanentes de linha de swap de liquidez em dólares.

Arcabouço fiscal

Os agentes de mercado ainda aguardam um pronunciamento do governo sobre o novo arcabouço fiscal, regra que irá substituir o teto de gastos. A proposta foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira, 17, e a expectativa é de uma divulgação antes da próxima decisão de política monetária do Copom, na quarta-feira, 22. O mercado estima que, se bem recebido, o novo arcabouço pode abrir caminho para um corte na taxa básica de juros, a Selic.

Focus pré-Copom

Investidores devem ficar atentos também à divulgação do boletim Focus, o último antes da decisão do Copom. O boletim traz projeções do mercado para os principais indicadores da economia brasileira. As atenções devem continuar com as perspectivas para a inflação, que no último boletim a projeção para o IPCA, índice oficial de inflação deste ano, passou de 5,90% para 5,96%. Um mês antes, a mediana era de 5,79%. A divulgação do Focus será feita às 8h25 (horário de Brasília).

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O Ibovespa caiu pela quarta semana consecutiva, acumulando perdas de 1,6% nos últimos cinco pregões. Apenas na última sexta-feira, 17, o principal índice da B3 caiu 1,4%, aos 101.982 pontos, afundando à menor pontuação no ano. Os agentes de mercado continuaram receosos com uma possível crise financeira global após a falência do Silicon Valley Bank (SVB).

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