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Uber apresenta volta da receita com retorno dos motoristas

Após a pandemia, motoristas voltam a utilizar da plataforma e resultados da empresa sobem

Uber: Volta dos motoristas representa bons resultados para a empresa. (SOPA Images/Getty Images)
TR

Tales Ramos

Publicado em 4 de maio de 2022 às 10h23.

Nesta quarta-feira, 4 de maio, a companhia de transporte compartilhado, Uber, relatou um crescimento da receita no primeiro trimestre de 2022, de 136% na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando US$ 6,9 bilhões.

A empresa disse estar se recuperando da baixa causada pela pandemia e que não precisaria lidar com investimentos significantes para manter os motoristas na plataforma. Com o volume de viagens aumentando, a Uber parece estar se encaminhando para superar os resultados pré-pandemia.

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Dara Khosrowshahi, presidente da companhia, declarou que a receita de mobilidade em abril superou os resultados demonstrados em 2019 em todos as regiões.

Apesar disso, a Uber também demonstrou perda graças aos investimentos que teve que realizar durante o período de dificuldades. No primeiro trimestre do ano, as perdas somaram US$ 5,9 bilhões, reflexo das aquisições de empresas do setor de mobilidade e entregas no sudeste asiático. Grab, Aurora e Didi foram algumas das empresas investidas pela gigante.

Nelson Chai, CFO da Uber, disse que a empresa tem a liquidez necessária para manter as posições e que irão esperar um momento mais oportuno para vender.

Com a digulgação do balanço, as ações apresentaram volatibilidade nas negociações pré-mercado na manhã desta quarta-feira.

Expectativas para o segundo trimestre

Para o segundo trimestre deste ano, a Uber segue mais otimista e  prevê receita de US$ 29 bilhões (aproximadamente R$ 144,19 bilhões).

A companhia também busca gerar um fluxo positivo de receita por todo o ano de 2022, que seria a primeira vez da empresa desde sua fundação.

Resultados da Uber

A frente de mobilidade somou US$ 10,7 bilhões de receita e a de entregas US$ 13,9 bilhões, representando um crescimento de 58% e 12% respectivamente, no primeiro trimestre.

A Uber sempre se mostrou dependente do seu serviço de entrega, o Uber Eats, durante a pandemia, porém as receitas de mobilidade finalmente a superaram.

A companhia reportou também 1,71 bilhão de corridas na plataforma, mostrando um crescimento de 18% comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.

O número de usuários ativos mensais atingiu 115 milhões, mais 17% ano a ano.

Vai precisar de incentivos?

A Uber acredita que a base de motoristas se mostra em uma alta de pós pandemia, ela espera que o crescimento continue sem a necessidade de um de incrementar novos incentivos.

Diversas empresas do ramo de transporte colaborativo tiveram problemas com oferta e demanda desde o aparecimento do Covid-19. O que as forçou a focar fortemente em programas de incentivo para motoristas, e isso impactou bastante as finanças.

Isso parece estar estabilizando, mas a guerra na Ucrânia continua causando aumentos significantes nos preços de combustíveis.

Ficará sobre decisão da Uber se será necessário realizar mais investimento, mas as visões são positivas para os próximos meses.

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