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Trump eleito, Copom, Fomc e balanços: o que move o mercado

Com a vitória do republicano, o mercado reage. Às 7h45, os índices futuros americanos disparam, com o Dow Jones subindo 2,9%, enquanto o S&P 500 subia 2,34% e o Nasdaq avançava 1,81%.

Radar: Trump é eleito como próximo presidente dos EUA (Charly Triballeau/AFP)

Radar: Trump é eleito como próximo presidente dos EUA (Charly Triballeau/AFP)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 6 de novembro de 2024 às 08h15.

Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 08h28.

Os mercados internacionais operam em alta na manhã desta quarta-feira, 6, em um dia onde todas as atenções se voltam para a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA. Na Europa, Ásia e Estados Unidos as bolsas sobem nesta manhã, com destaque para os índices futuros americanos que disparam mais de 2%.

Trump é eleito

Investidores de todo o mundo acompanham hoje o desenrolar das eleições dos Estados Unidos. Com folga, o republicano Donald Trump venceu as eleições presidenciais americanas e terá seu segundo mandato como líder do país.

Apesar das urnas ainda não terem sido totalizadas, a vitória foi confirmada nesta manhã quando Trump alcançou 277 delegados no Colégio Eleitoral segundo as projeções de diversos veículos de comunicação do país.

Ele atingiu a marca após vencer no estado de Wisconsin. Os Estados decisivos seguem sendo apurados, mas o republicano tende a vencer em todos eles, um cenário pouco antecipado pela média das pesquisas e uma declaração de força para Trump (que também caminha para vencer nos votos populares).

Horas depois das urnas terem sido fechadas, Donald Trump já levava a dianteira nas eleições dos Estados Unidos. O republicano alcançou, às 4h10 (horário local), 267 delegados, enquanto a democrata Kamala Harris, 224.

Durante um discurso para apoiadores em West Palm Beach, Flórida, na madrugada desta quarta-feira, 6, Trump reivindicou sua vitória. Ele já se declarava como eleito, mesmo antes do resultado oficial, por conta da sua vitória em três dos sete estados-chave nas eleições dos EUA.

Com sua vitória, o mercado reage. Às 7h45, os índices futuros americanos disparam, com o Dow Jones subindo 2,9%, enquanto o S&P 500 subia 2,34% e o Nasdaq avançava 1,81%. Os juros futuros de 10 anos dos EUA também sobem 3,59%, a 4,444%. Já o índice DXY, que mede o dólar frente a uma cesta de moedas de outros países, sobe 1,45% a 104,92.

Copom

Em meio as eleições americanas, hoje é dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. A expectativa é que o Banco Central (BC) eleve a Selic em 0,50 pontos percentuais (p.p.), levando a taxa básica de juros brasileira para 11,25%.

O clima pessimista em relação principalmente em relação aos gastos do governo, a atividade forte e um mercado de trabalho ainda resiliente, com a taxa de desemprego em mínimas históricas, preocupam o BC, que teme maiores pressões inflacionárias.

Nesta quarta-feira, também é iniciado a reunião do Comitê de Política Aberta (Fomc, na sigla em inglês) nos EUA. Por lá, a nova de juros será conhecida amanhã. A expectativa é que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) corte a taxa em 0,25 p.p., levando os Fed Funds Rates para a faixa de 4,50% a 4,75%.

Balanços

Somando ao combo da semana agitada, a temporada de balanços segue a todo vapor. Hoje, o mercado repercute os resultados de ontem da AES Brasil (AESB3), Vulcabras (VULC3), Engie (EGIE3), Gerdau (GGBR3), Metalúrgica Gerdau (GOAU3), Pão de Açúcar (PCAR3), Iguatemi (IGTI11), Prio (PRIO3), Raia Drogasil (RADL3), Odontoprev (ODPV3), Telefônica Brasil (VIVT3) e Vibra Energia (VBBR3).

Hoje, Dexco, Banco Pan, CVC, Braskem, C&A, Copel, CSU Digital,  3R Petroleum e Eltrobras divulgam seus números.

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