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Terry Smith, o “Buffett inglês” que montou um império de R$ 240 bi

Com visão de longo prazo e busca por menores custos operacionais, gestor obteve rentabilidade de quase 500% em pouco mais de uma década; fundo está disponível para o investidor brasileiro

Terry Smith: presidente e fundador da Fundsmith | Foto: Stefan Rousseau/PA Images via Getty Images (Stefan Rousseau - PA Images/Getty Images)

Terry Smith: presidente e fundador da Fundsmith | Foto: Stefan Rousseau/PA Images via Getty Images (Stefan Rousseau - PA Images/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de junho de 2021 às 09h27.

Última atualização em 3 de junho de 2021 às 13h13.

Filho de motorista de ônibus, amante do boxe e formado em História. Quem tivesse encontrado Terry Smith durante sua juventude dificilmente acreditaria que, no futuro, aquele garoto de Londres se tornaria um astro do mercado financeiro europeu. 

Hoje, aos 68 anos, Smith é presidente da gestora Fundsmith, que fundou em 2010 com o objetivo de minimizar os custos para oferecer produtos mais baratos e retornos robustos a investidores. Desde então o Fundsmith se consolidou no mercado europeu. São 33 bilhões de libras (cerca de 236,4 bilhões de reais) sob gestão, e o seu principal fundo já entregou rentabilidade de 482%. 

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A estratégia por trás dos bons resultados não é muito diferente da adotada há décadas pelos maiores gestores do mundo: concentrar os investimentos em ações baratas e de empresas de qualidade e, claro, visar sempre o longo prazo.

Evitar o excesso de trades, para Smith, é quase uma filosofia, já que reduz os custos envolvidos nas operações e garante a disciplina. O bom desempenho e o estilo semelhante ao do investidor mais famoso de todos os tempos lhe rendeu o apelido de “Warren Buffett inglês”.

Retornos consistentemente altos sobre o capital são um sinal que procuramos quando buscamos empresas para investir. Outra é uma fonte de crescimento -- altos retornos não têm muita utilidade se a empresa não for capaz de crescer e implantar mais capital a essas taxas altas”, disse Terry Smith em sua última carta anual a investidores.

No Morningstar, uma das mais conceituadas casas de análises de fundos do mundo, o Fundsmith tem a mais alta classificação da casa. “Uma abordagem de investimento altamente estruturada e disciplinada supervisionada por um gestor de longa data estão entre os muitos pontos fortes da Fundsmith Equity”, afirmou em relatório Robert Starkey, analista do Morningstar. 

Sem restrições geográficas, o portfólio da Fundsmith é formado majoritariamente por ações de empresas dos Estados Unidos, enquanto quase 30% está em papéis listados na Europa. 

A maior posição do fundo, segundo a Morningstar, está em ações da PayPal, enquanto os papéis da Microsoft e da IDEXX Laboratories aparecem logo na sequência em termos de concentração.

A posição em tecnologia, por outro lado, vem sofrendo reduções, tendo caído de 28,9% da carteira no início do ano para 16,06%, segundo os dados mais recentes colhidos pelo Morningstar. 

No Brasil, o fundo de ações da Fundsmith é oferecido  por meio do fundo do Fundsmith Global Equity BTG Pactual Access FIA IE. Como o fundo do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) é totalmente atrelado ao do Terry Smith, formado no exterior, somente investidores qualificados (com ao menos 1 milhão de reais em aplicações) podem investir e seu desempenho é afetado pela variação cambial.

 

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