Teremos um 2022 melhor do que o esperado, diz Mansueto Almeida
O economista chefe do BTG Pactual (BPAC11) abriu o MM Talks, evento da "Melhores e Maiores 2022", tradicional prêmio da EXAME que chega ao seu 49º ano.
Carlo Cauti
Publicado em 12 de setembro de 2022 às 20h01.
Última atualização em 12 de setembro de 2022 às 20h02.
O economista chefe do BTG Pactual (BPAC11), Mansueto Almeida,demonstrou otimismo com a economia brasileira em 2022.
"Muito provavelmente teremos um 2022 muito melhor do que o esperado", disse Almeida no painel de abertura do MM Talks, evento que integra a programação da "Melhores e Maiores 2022", tradicional prêmio da EXAME que chega ao seu 49º ano.
Segundo Almeida, mesmo com um ano de juros alto, com o "ciclo de aperto de juros que vai continuar", o Brasil vai crescer entre 2,5% e 3%.
"Mesmo que a economia brasileira ficar estagnada ao longo do segundo semestre, teremos garantido um crescimento de 2,6%", explicou.
Além do bom desempenho do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) , Almeida destacou como o mercado de trabalho surpreendeu positivamente.
"Em ano de juros alto a atividade econômica tinha que estar mais morna, mas a taxa de desemprego no último trimestre terminado em junho é de 9,1%, é a menor desde 2015. É um contexto muito positivo para o Brasil. Se esperava um crescimento perto de zero no começo do ano, com mercado de trabalho aquecido e contas públicas melhores", disse Almeida.
Contas públicas do Brasil sob controle
Por último, o economista chefe do BTG Pactual salientou como as contas públicas brasileiras estão em ordem.
"As contas públicas estão melhores. O Brasil gastou muito dinheiro em 2020 durante a pandemia, tivemos um déficit primário de R$ 700 bilhões, 10% do PIB, recorde histórico. Mas no ano passado tivemos um superávit de 0,7% do PIB e esse ano, mesmo com desonerações, mesmo com gastos adicional do aumento do Auxílio Brasil, teremos mais um ano de superávit do setor público, e isso tem sido surpreendente", disse o economista.
Almeida explico que a dívida pública no final deste ano em relação a 2019, ou seja, pré-pandemia, vai terminar com um crescimento inferior a 3% do PIB, enquanto a média do mundo de países que gastaram muito é de um crescimento da dívida de 15 a 20 ponto do PIB.
"Então um contexto positivo para o Brasil em 2022 em um contexto de muita mais incerteza a nível mundial", explicou o economista.
Confirma a integra do painel da MM Talks com Mansueto Almeida: https://youtu.be/GYMz3CH4W5M