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Super Quarta com Fed e Copom, inflação no Reino Unido e balanços: 4 assuntos que movem o mercado

Mercado espera por manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos; atenções estão voltadas para o relatório trimestral de projeções

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve: expectativa é por manutenção da taxa de juros (Alex Wong/Getty Images)

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve: expectativa é por manutenção da taxa de juros (Alex Wong/Getty Images)

Publicado em 20 de março de 2024 às 07h03.

Os índices internacionais de ações sobem na manhã desta quarta-feira, 20, enquanto o mercado segue à espera da decisão de juros do Federal Reserve, prevista para às 15h.

Decisão do Fed

É para esta decisão que, no começo do ano, todo mercado esperava pelo início da queda de juros. Só que ninguém espera mais que o Fed inicie o ciclo de cortes nesta tarde. Com dados de inflação e atividade vindo acima das expectativas nos últimos meses, investidores reajustaram suas apostas para junho. Mas, tudo pode mudar, dependendo do relatório trimestral de projeções que será divulgado pelo Fed hoje.

No último relatório, divulgado em dezembro, a previsão do Fed era de cortes de até 0,75 ponto percentual (p.p.) ao longo deste ano. A interpretação do mercado era de que viria 3 cortes de 0,25 p.p. em 2024. Porém, com os dados mais fortes, investidores temem que o Fed reduza a projeção de cortes para 0,50 p.p. para este ano.

Uma eventual mudança nesse sentido teria potencial de inflar as crescentes apostas para cortes apenas em julho. No início do ano, investidores chegaram a precificar alta probabilidade de sete cortes de juros, com o ciclo iniciando já em março. Hoje, o mercado está muito mais alinhado com a previsão inicial do Fed, precificando que o juro, atualmente entre 5,25% e 5,5% cairá para entre 4,5% e 4,75%.

Copom rumo a mais um corte

Também será dia de decisão de juros do Comitê de Política Monetária do Brasil. Todos esperam que que o Copom cumpra suas sinalizações e corte a Selic em mais 0,50 p.p. para 10,75%. As atenções, aqui, estarão centradas no comunicado da decisão, especialmente no trecho sobre o ritmo de cortes que será seguido.

Na última decisão, o Copom sinalizou que manteria o ritmo de 0,50 p.p. pelas "próximas reuniões", levando o mercado a precificar pelo menos mais dois cortes de mesma magnitude. Mas há dúvidas sobre se o Copom manterá o trecho no plural ou adotará o singular, garantindo mais um corte de 0,50 p.p. e mantendo a porta aberta para reduzir ou eventualmente aumentar o ritmo na decisão seguinte.

Inflação esfria no Reino Unido

No Reino Unido, os dados da inflação divulgados nesta manhã vieram ligeiramente abaixo das expectativas. O Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) caiu de 4%para 3,4% no acumulado de 12 meses, ficando abaixo do consenso de 3,5%. Já o núcleo do CPI arrefeceu de 5,1% para 4,5%. A projeção era de queda para 4,6%. Os números mais fracos vão em linha com a expectativa de que o Bank of England, o banco central britânico, inicie em breve seu ciclo de afrouxamento monetário.

Balanços

Investidores se preparam para mais um dia de análises de balanços. Entre os resultados mais esperados desta quarta estão os de Locaweb, Positivo, Tupy, Santos Brasil e Vivara. Analistas darão especial atenção à Vivara, que anunciou nesta semana a volta de Nelson Kaufman ao comando da empresa. Fundador, Kaufman estava há mais de uma década fora das operações da empresa. Sua volta não foi bem recebida, com as ações caindo cerca de 20% desde o anúncio.

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