Smart Fit: ação acumula queda no ano (Instagram Smart Fit/Reprodução)
Repórter
Publicado em 1 de julho de 2024 às 11h56.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h00.
O Goldman Sachs iniciou a cobertura da Smart Fit (SMFT3) com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 32, o que representa um potencial de alta de 50% em relação à cotação de fechamento em 28/06.
O otimismo dos analistas em relação à Smart Fit é impulsionado pelo crescimento robusto da empresa nos últimos dois anos, apesar do cenário desafiador. A rede de academias cresceu 34%, alcançando 1.469 unidades, e a receita líquida aumentou 102,57% para R$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre.
O Goldman Sachs destaca a "execução sólida" e os "fortes fundamentos econômicos" da empresa, além das vantagens de escala como diferenciais principais. Segundo o relatório, "histórias de crescimento orgânico de unidades tão significativas são relativamente raras em nossa cobertura".
O relatório continua afirmando que as expectativas de crescimento do lucro por ação dependem menos de novas eficiências operacionais ou alavancagem, e mais da capacidade contínua da Smart Fit de selecionar locais estratégicos para suas academias e operá-las com consistência.
As ações da Smart Fit estão em alta de aproximadamente 3% na bolsa nesta segunda-feira, 1º de julho, impulsionadas pela visão otimista do Goldman Sachs. Até o último pregão, as ações acumulavam uma queda de 17,4% no ano e de 6,5% desde o IPO em 2021.
Segundo os analistas, a empresa está sendo negociada a um múltiplo preço/lucro de 22,8x o lucro esperado para 2024 e 16,6x o esperado para 2025. Esse múltiplo é um prêmio em relação às outras varejistas cobertas pelo banco, que têm uma média de P/L de 17x para 2024 e 13x para 2025, justificado pelo perfil de crescimento superior e maior previsibilidade da Smart Fit.
Os principais riscos identificados pelo Goldman Sachs incluem uma potencial canibalização entre competidores, devido à maior densidade de academias, o que poderia reduzir o número de clientes por unidade e pressionar os preços das mensalidades. Após a pandemia, houve uma estabilização em um nível de usuários por academia cerca de 15% inferior no Brasil e 5% inferior no México em comparação com os números pré-pandemia.
Por outro lado, os analistas destacam que essa redução foi mais do que compensada pela maior disciplina de custos, que tem se mantido abaixo dos níveis de inflação. Entre os fatores que contribuíram para essa eficiência estão a redução do número de funcionários por academia, automação dos sistemas de ar-condicionado e melhores acordos de aluguel de imóveis.