Smart Fit (SMFT3) tem prejuízo de R$ 90,5 mi no 1T22, queda de 46%
Os resultados da Smart Fit foram marcados pela abertura de 162 academias
Tales Ramos
Publicado em 12 de maio de 2022 às 10h11.
Última atualização em 13 de maio de 2022 às 10h21.
A Smart Fit (SMFT3) divulgou, nesta quinta-feira (12), os resultados do primeiro trimestre de 2022.
A Smart Fit registrou um prejuízo de R$ 90,5 milhões nos primeiros três meses do ano.
Uma redução de 46% em relação ao prejuízo de R$ 166,3 milhões registrado no mesmo período de 2021.
A receita operacional líquida foi de R$ 622 milhões, alta de 67% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Os dados do trimestre da Smart Fit foram marcados pela abertura de 162 academias durante o último ano e o aumento de quase 900 mil usuários desde março de 2021.
Este aumento consolidou uma receita bruta de R$ 669,5 milhões, uma alta de 66% comparada aos R$ 404 milhões no mesmo período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da companhia foi de R$ 66,4 milhões, alta de 212% comparado aos R$ 21,3 milhões realizados no primeiro trimestre de 2021.
"Ao final do 1T22, a Smart Fit mantinha sólida posição de caixa de R$ 3.461 milhões e dívida bruta de R$ 3.639 milhões, sendo 85% com vencimento no longo prazo." descreveu a empresa sobre seu cenário de dívidas.
Smart Fit (SMFT3) recuperando clientes
Na divulgação dos resultados Smart Fit comentou que a base de clientes de academias ultrapassou o patamar pré-pandemia.
"A Smart Fit adicionou mais de 1 milhão de clientes às academias em dez meses consecutivos de recuperação de base até março de 2022 (+54%) e 306 mil no 1T22, atingindo 2,9 milhões", escreveu a empresa.
A rede de academias salientou que o motivo desse crescimento foi devido principalmente à abertura de academias próprias.
Foram adicionadas 23 unidades próprias no trimestre (92% do total), sendo que no México foram convertidas 4 franquias em academias próprias.
Ao final do período, a rede de academias era composta por 857 unidades próprias (79% do total) e 233 franquias (21%)"
A companhia também demonstrou uma melhora expressiva na geração de caixa operacional.
"Continua recuperação da base de clientes e gestão de gastos proporcionaram alavancagem operacional com ganho de 4,2 pontos percentuais na margem bruta caixa e expansão de 85% no EBITDA versus 4T21 e geração de caixa operacional de R$ 75 milhões no 1T22."
E comentam também sobre o impacto do Covid-19 nos negócios: "Apesar do surgimento da variante Ômicron da COVID-19 no último trimestre de 2021, o elevado grau de imunização da população e os cuidados adotados pela Companhia na higienização das academias desde o início da pandemia, contribuíram para que as academias permanecessem abertas durante todo o 1T22, versus 74% no 1T21."