Mercados

Com Fitch e Levy, investidor teve fortes emoções na Bolsa

A semana foi de fortes emoções na Bolsa, o Ibovespa fecha a semana com perdas de 2,99%


	O Ibovespa fecha a semana com perdas de 2,98%
 (Bloomberg News/Ken James)

O Ibovespa fecha a semana com perdas de 2,98% (Bloomberg News/Ken James)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 17h31.

São Paulo – A semana foi de fortes emoções na Bolsa movimentada por questões políticas e de macroeconomia. O Ibovespa fecha a semana com perdas de 2,99% e 43.910 pontos, o menor nível desde abril de 2009.

Confira a seguir os principais destaques:

Impeachment

Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a definir o rito do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Na quinta-feira (17), o STF decidiu inviabilizar o processo de impeachment tocado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ficou decidido que a Comissão Especial da Câmara só pode ser formada por indicados por líderes de partidos, inviabilizando quaisquer chapas avulsas, e que a votação para escolha destes representantes deve ser sempre aberta.

Os ministros do Supremo também aprovaram a possibilidade de o Senado recusar a abertura de um processo de impeachment mesmo após a Câmara autorizar a instauração. Nesta sexta-feira a Bolsa terminou com uma queda 2,98%.

Levy

Durante toda semana surgiram notícias de que a permanência de Joaquim Levy no ministério da fazenda estava com os dias contados. Nesta sexta-feira , ele admitiu que “tem conversado” com a presidente Dilma sobre a sua saída do governo, o que contribuiu para a baixa da Bolsa

Após o fechamento do mercado veio a notícia de que Nelson Barbosa será o novo ministro da Fazenda

FED

Outra decisão que mexeu com o ânimo dos investidores foi a do banco central norte-americano. No fim da tarde de quarta-feira (16) o Federal Reserve (FED), elevou a taxa de juros do país para 0,25 pontos percentuais, dando fim a uma era de juros baixos no Estados Unidos. 

A boa notícia foi que o banco sinalizou que a alta, diferente de outros tempos, deve ser mais gradual, a próxima alta é esperada apenas para março do ano que vem. 

Com a notícia o Ibovespa chegou a subir mais de 2% na quinta-feira, mas fechou o dia com leve alta de 0,55%. 

BTG Pactual

No início da semana, o banco BTG Pactual recebeu o parecer de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou seu pedido para recomprar até 41% de suas units em circulação para segurar a queda de preços nos papéis da empresa, que aconteciam desde a prisão do até então presidente do banco, André Esteves.

Já na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão de Esteves. As units do BTG Pactual (BBTG11) chegaram a subir 11% com a norícia.

Os papéis terminam a semana com alta de 17,8%.

Magazine Luiza

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) terminam a semana com ganhos de 31%. Na terça-feira (15) a varejista informou que renovou acordo de aliança com o BNP Paribas Cardif para a sua joint venture de garantia estendida Luizaseg, ampliando a parceria entre as empresas por mais dez anos.

Por conta da renovação, a empresa receberá em 21 de dezembro 330 milhões de reais. 

Petrobras 

Entre as notícias que afetaram as ações da Petrobras estão que a Polícia Federal deflagrou a Operação Sangue Negro, que investiga o desvio de dinheiro de contratos da Petrobras iniciado em 1997.

Ainda na quinta-feira, a estatal perdeu seu selo de bom pagador pela agência de classificação de risco Fitch. A nota da estatal foi cortada de BBB- para BB+, com perspectiva negativa. A Fitch era a única agência pela qual a Petrobras ainda tinha grau de investimento.

Na semana os papéis ordinário da estatal (PETR3) caíram 3,16% e os preferenciais (PETR4) fecham a semana em baixa de 3,17%.

Qualicorp

As ações da Qualicorp (QUAL3) fecham a semana com queda de 5,6%. Na quarta-feira a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Acrônimo Um dos alvos de busca foi o presidente da Aliança Administrara de Benefícios de Saúde, Elon Gomes, que possui 40% dos papéis da companhia e 60% das ações da Qualicorp Administradora de Benefícios. 

Em nota, a Qualicorp informou que o grupo não tem relação com as investigações e não foi alvo de nenhum procedimento de busca e apreensão.

Oi 

As ações preferenciais da Oi (OIBR4) terminam a semana com ganhos de 28,4%. Boa parte da alta aconteceu após uma reportagem da Folha de S. Paulo afirmar que a companhia conseguiu levantar 1,2 bilhão de dólares, cerca de 5 bilhões de reais, com o China Development Bank (CDB). 

No mesmo dia a agência de notícias Boomberg afirmou que a Oi vai fazer uma oferta pela TIM em janeiro de 2016. A informação fez as ações da TIM (TIMP3) subirem também. Os papéis terminam a semana com alta de 4,9%.

Acompanhe tudo sobre:3GAçõesB3bancos-de-investimentobolsas-de-valoresBrasil TelecomBTG PactualCapitalização da PetrobrasCombustíveisComércioDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEmpresas portuguesasEstatais brasileirasFed – Federal Reserve SystemGoverno DilmaHoldingsIbovespaImpeachmentIndústria do petróleoJoaquim LevyMagazine LuizaMercado financeiroOiOperadoras de celularPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresQualicorpServiçosservicos-financeirosSetor de saúdeTelecomunicaçõesTelemarVarejo

Mais de Mercados

Os destaques do mercado em 2024: criptomoedas, Inteligência Artificial e surpresas globais

Ex-presidente da Nissan, brasileiro Carlos Ghosn diz que fusão com Honda “não faz sentido”

Prosus compra a Decolar por US$ 1,7 bilhão e empresa sairá da bolsa de Nova York

Ibovespa recua com piora das previsões para economia; dólar volta a acelerar