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Segmento de shopping centers ainda precisará superar incertezas em 2021

Analistas apontam muitas incertezas que impedem um maior otimismo em relação a uma eventual recuperação do segmento

Máscara: quantidade de resíduos seria suficiente para encher 457 piscinas olímpicas (Ricardo Moraes/Reuters)

Máscara: quantidade de resíduos seria suficiente para encher 457 piscinas olímpicas (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 10h11.

Última atualização em 14 de dezembro de 2020 às 17h47.

Um dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19, as empresas de shopping centers listadas na B3 registram volatilidade de acordo com o noticiário do dia sobre vacinas e restrições de circulação. Neste ano, as ações registram quedas que chegam a mais de 40%, e para 2021, os analistas apontam muitas incertezas que impedem um maior otimismo em relação a uma eventual recuperação.

Entre as quatro maiores empresas do segmento listadas, Aliansce Sonae e BRMalls acumulam quedas de cerca de 40% em 2020, enquanto Iguatemi e Multiplan registram desvalorizações próximas a 25%. Estas duas últimas, no geral, são as preferidas dos analistas dentro do setor, mas poucas casas colocam uma destas ações em suas recomendações gerais.

Para Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos, o ano de 2021 para as administradoras de shoppings ainda depende das restrições de circulação impostas em cada município ou Estado, lembrando que São Paulo, por exemplo, está com horário mais restrito e 50% de ocupação máxima. "Com isso, resultados podem ser melhores para 2021, mas não tão bons como antes da pandemia" explica.

Ele lembra ainda que há uma preocupação com os aluguéis das lojas, depois do período de fechamento dos centros comerciais e a aceleração do IGP-M, índice de inflação usado para corrigir os contratos. A ação preferida da Terra dentro do segmento é Iguatemi, "pois apresenta potencial de elevação interessante e portfólio de shoppings mais voltado para classes A/B, podendo se recuperar mais rápido dos impactos sofridos pelo coronavírus", explica Chinchila.

Na visão de Alvaro Bandeira, do banco digital Modalmais, o desempenho dos shoppings no próximo ano vai depender também da vacinação, já que a população precisa de confiança para voltar a circular de forma mais próxima do normal. "Precisa também que governo e Congresso enderecem melhor as reformas e ajustes, para dar confiança aos empreendedores locais e investidores externos" explica Bandeira. A preferida do Modalmais no setor é Iguatemi ON, que está na lista de recomendações para a próxima semana.

Ricardo Peretti, estrategista de renda variável da Santander Corretora para Brasil e América Latina, tem uma visão mais otimista. "Acreditamos que o pior tenha ficado para trás no setor de shoppings, já que as vendas dos lojistas, o interesse por um novo espaço comercial, o fluxo de clientes e o tempo médio de permanência nos shoppings continuam a evoluir a cada mês", afirma. A preferida do Santander é Multiplan ON.

Entre as mudanças nas carteiras, o Modalmais selecionou para a próxima semana B3 ON, CCR ON, Gerdau PN, Iguatemi ON e JHSF ON.

A Ativa Investimentos fez duas alterações, trocando Magazine Luiza ON e Santos Brasil ON por Raia Drogasil ON e Sabesp ON. A Guide Investimentos também fez duas modificações, com as saídas de Centauro ON e Itaúsa PN para as entradas de Banrisul PNB e CCR ON.

A MyCap foi outra com duas trocas, retirando Banco do Brasil ON e Klabin Unit por B3 ON e Locaweb ON. A XP trocou Cia. Hering ON e Klabin Unit por Porto Seguro ON e Weg ON.

A Mirae trocou Gerdau PN por Banco do Brasil ON. E a Terra Investimentos tirou BB ON para colocar Itaúsa PN.

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