Payroll: mercado aposta em corte de 50 pontos-base na reunião do dia 18 de setembro (Samuel Corum/Bloomberg)
Repórter de finanças
Publicado em 6 de setembro de 2024 às 10h05.
Última atualização em 6 de setembro de 2024 às 10h37.
O mercado reage à divulgação do payroll, relatório de empregos do setor privado não-agrícola dos Estados Unidos, e aumenta a aposta para um corte em maior escala dos juros norte-americanos.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o dado indicou a criação de 142 mil vagas no mês de agosto, abaixo das estimativas de 165 mil. O número do mês de julho também foi revisado de 114 mil para 89 mil.
Antes da divulgação dos dados, a plataforma FedWatch, do CME Group, mostrava que 43% dos investidores apostavam que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) realizaria um corte de 50 pontos-base na reunião do dia 18 de setembro.
Após o payroll, as apostas aumentaram para 59% (às 10h), se tornando a maioria.O dólar também reage e acentua queda ante rivais e emergentes. Às 9h35, o índice DXY recuava 0,43% para 100,669 pontos. Aqui, o dólar cai 0,60% a R$ 5,537 no mercado à vista.
O dado era aguardado com altas expectativas por investidores, após os relatórios Jolts e o ADP, que também medem o emprego nos EUA, terem vindo abaixo do esperado.
No relatório ADP, eram aguardadas 145 mil novas vagas em agosto, enquanto o número veio em 99 mil, quarto mês seguido de redução na criação de vagas no mercado privado.
Esse resultado se soma ao relatório Jolts, que revelou uma queda no número de vagas de trabalho em aberto nos EUA, de 7,9 milhões em junho para 7,7 milhões em julho, abaixo das expectativas de 8,09 milhões.
Os números mostram um enfraquecimento do mercado de trabalho e colaboram para aumentar o temor de que o Fed tenha demorado tempo demais para reduzir o aperto monetário, o que pode gerar uma possível recessão nos Estados Unidos.