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Reação ao Copom e Fed, Eletrobras, Linx e o que mais move o mercado

Sinalização de alta de juros nos Estados Unidos derruba bolsas globais e eleva cotação do dólar

Rodrigo Pacheco: presidente do Senado marca para esta quinta votação da privatização da Eletrobras | Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado (Leopoldo Silva/Agência Senado)

Rodrigo Pacheco: presidente do Senado marca para esta quinta votação da privatização da Eletrobras | Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado (Leopoldo Silva/Agência Senado)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de junho de 2021 às 07h05.

Última atualização em 17 de junho de 2021 às 09h06.

As principais bolsas internacionais caem na manhã desta quinta-feira, 17, com investidores repercutindo negativamente a sinalização de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) fará duas elevações da taxa de juros em 2023. A expectativa era de que a alta de juros tivesse início em 2024,

A resposta mais dura tem como objetivo o maior controle sobre a inflação do país. Ainda que o Fed tenha mantido a percepção de que a alta de preços é apenas “transitória”, o BC americano aumentou a expectativa de inflação para 2021 em 1 ponto percentual para 3,4%. Como a última inflação de 12 meses bateu 5%, é esperada uma queda da inflação no segundo semestre em relação à apresentada no mesmo período de 2020.

Após as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, na véspera, o que houve no mercado foi uma onda de aversão ao risco, com o dólar se fortalecendo no mundo todo, as bolsas caindo e o rendimento dos títulos americanos subindo, com investidores mais preocupados com a inflação. 

No Brasil, o dólar chegou a perder a marca dos 5 reais, com investidores à espera do Fed e do Comitê de Política Monetária (Copom), mas fechou em alta, cotado a 5,06 reais, após as sinalizações de Powell. No mercado internacional, o Dxy, que mede a variação do dólar contra moedas desenvolvidas, sobe mais de 0,6% nesta manhã.

Copom

 Nesta quinta, investidores também irão reagir ao comunicado e decisão do Copom. Como esperado, o comitê encabeçado pelo chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, elevou a taxa de juros Selic em 0,75 ponto percentual para 4,25% ao ano

Bastante aguardado, o comunicado da decisão retirou o termo “ajuste parcial” ao se referir ao ciclo de alta de juros, abrindo espaço para uma elevação de mesma magnitude - ou ainda mais agressiva - na reunião de agosto. 

A alta de juros deve fortalecer a atração de investimentos estrangeiros em renda fixa, aumentando o fluxo de dólar para o país e derrubando a cotação da moeda. 

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Eletrobras

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, marcou para esta quinta a votação da Medida Provisória (MP) da privatização da Eletrobras. A MP prevê a capitalização da companhia, com o governo deixando de ter a maioria de suas ações, tornando-se sócio minoritário. 

Bastante aguardada pelo mercado, a privatização tem potencial de valorizar as ações da companhia, com investidores vendo menor risco de ingerências políticas,

Linx

O Conselho Administrativo de Defesa (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Linx pela Stone. A compra havia sido fechada em novembro do ano passado por 6,8 bilhões de reais.

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