(Alexandre Schneider/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 8 de setembro de 2021 às 07h11.
Última atualização em 8 de setembro de 2021 às 07h58.
O mercado inicia esta quarta-feira, 8, atento aos desdobramentos dos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ontem, 7, em discurso a apoiadores, o chefe do Executivo afirmou que não iria cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news.
Com as recentes movimentações de Bolsonaro, crescem as preocupações sobre a ameaça golpista em Brasília, com esperadas reações por parte do Congresso e da Justiça. Na Câmara, a pressão pela abertura de um impeachment aumenta sobre o presidente da Casa, Arthur Lira.
Para o mercado, a crise institucional, que já vinha fazendo preço na bolsa, pode significar o fim da esperança de reformas econômicas até a próxima eleição..
Apesar das turbulências políticas, o EWZ, ETF que representa a bolsa brasileira nos Estados Unidos, fechou em alta de 0,61% na última sessão, acompanhando o tom positivo do mercado internacional. Nesta manhã, porém, o EWZ chegou a cair mais de 1% no pré-mercado, enquanto os principais índices de Wall Street caem menos de 0,25% no mercado de futuros.
Na Europa, o Stoxx 600 recua 1,1%, em véspera da decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para esta quinta-feira, 9. No radar, estão discussões sobre o início da retirada de estímulos, o chamado tapering, por parte do BCE. A expectativa é de que a Europa anuncie o tapering até o fim do ano, assim como os Estados Unidos.
A demanda por voos domésticos da GOL (GOLL4) aumentou em 85% em agosto frente ao mesmo período do ano passado, enquanto a oferta cresceu 83%. Com taxa de ocupação de 80,2%, a GOL transportou 1,5 milhão de passageiros, 86,7% a mais do que em agosto de 2020. Embora venha recuperando o mercado doméstico, na parte internacional, a companhia segue sem realizar voos.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) deve emitir uma decisão final sobre a fusão entre Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) até o dia 6 de outubro, informaram ambas as companhias em fatos relevantes. Mas o período ainda pode ser postergado em 90 dias.
A gestora gaúcha Zenith aumentou para 5,02% sua participação na Positivo (POSI3). Em entrevista recente à Exame Invest, a Zenith explicou que a tese de investimento na empresa leva em consideração o maior uso de notebooks e o contrato para entrega de urnas eletrônicas, além dos últimos resultados trimestrais da companhia. A Zenith também possui 60% das ações preferenciais da fabricante de brinquedos Estrela.
Com sede no Reino Unido, a gestora Mondrian passou a deter 4,99% das ações ordinárias da Hypera (HYPE3).