Suzano (SUZB3), Braskem (BRKM5), Embraer (EMBR3) estão entre empresas da bolsa que mais se beneficiaram com a baixa da moeda americana (halduns/Getty Images)
A queda do dólar deve impulsionar os resultados do primeiro trimestre de 2022 das principais empresas do país. Segundo levantamento da Economatica, o efeito contábil da depreciação de 15% da moeda americana no período deve gerar um saldo positivo de R$ 47 bilhões para as 104 empresas listadas na bolsa que tem dívida em dólar.
A empresa que deve ser a mais favorecida é a exportadora de celulose Suzano (SUZB3), com 82,9% da dívida em moeda estrangeira. A companhia do ramo de papel e celulose conta com um ganho de R$ 9,96 bilhões, ou seja, 2,1 vezes o valor do lucro EBIT (lucro antes dos juros e tributos) da empresa no quarto trimestre de 2021.
A Braskem (BRKM5), segunda colocada no levantamento, teve um ganho de R$ 5,19 bilhões. Seguida pela Embraer (EMBR3) e Cosan (CSAN3), ambas com cerca de R$ 3,37 bilhões. A Klabin (KLBN11), do mesmo setor da Suzano, ficou na quinta colocação, com ganho de R$ 3,29 bilhões. A Gol (GOLL4), primeira empresa ranqueada do setor de transportes e serviços, teve um ganho de R$ 1,61 bilhões.
Entre as empresas com maior dívida em moeda estrangeira e beneficiadas pela queda do dólar ainda estão as do setor de frigoríficos (JBS e Minerva), petróleo e gás, (PetroRio e Cosan) e comércio (Americanas).
O levantamento não considera empresas que não publicam sua a dívida em moeda estrangeira no plano padrão de contas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Não fazem parte da lista 72 companhias, entre elas: Petrobras (PETR3/PETR4), Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Marfrig (MRFG3), Neonergia (NEOE3), Raizen (RAIZ4).