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Queda do dólar ajuda retrair taxas futuras

Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (410.485 contratos) apontava 12,61%, de 12,65% no ajuste de ontem

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 marcava 10,476% (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 16h16.

São Paulo - Após um início de sessão tumultuado, no qual os juros futuros chegaram a precificar uma chance de 100% de nova alta na 0,5 ponto porcentual na Selic, a falta de mais notícias negativas e a fala da presidente Dilma Rousseff em Davos acabaram amenizando o clima de aversão ao risco que imperava nos mercados. Assim, com a queda do dólar e pressionadas por um fator técnico, as taxas acabaram a sessão com retração discreta.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 (249.480 contratos) marcava 10,476%, de 10,506% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 (467.165 contratos) estava em 11,13%, de 11,16% no ajuste da véspera.

Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (410.485 contratos) apontava 12,61%, de 12,65% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 (32.380 contratos) mostrava 13,13%, de 13,25% no ajuste anterior. Esse movimento das taxas também teve influência de ordens de stop loss, após os DIs atingirem níveis elevados que resultaram na ausência de compradores no mercado.

A crise cambial na Argentina e na Turquia, juntamente com os protestos na Ucrânia, criaram um ambiente de fuga de capital dos mercados emergentes nos últimos dois dias, que pressionou a abertura dos mercados brasileiros hoje. Entretanto, a falta de novos desdobramentos e comentários menos acirrados de autoridades e gestores de ativos acalmaram um pouco os ânimos ao longo do dia.

Dilma afirmou na manhã desta sexta-feira, 24, no Fórum Econômico Mundial, que a confiança é indispensável para que o mundo se recupere completamente da crise financeira global de 2008, "a mais profunda e complexa desde 1929", disse. Segundo ela, a inflação no Brasil permanece sob controle e a dívida pública tem caído. A presidente aproveitou a oportunidade para afirmar que deseja aprimorar o controle sobre as contas dos entes federados.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em uma entrevista exclusiva para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se a economia global ajudar, o Brasil pode crescer 3% este ano, acelerando para uma média de 4% ao ano na próxima década.

Segundo ele, o país é receptivo e amigável ao capital estrangeiro e o novo ciclo de crescimento será baseado nos investimentos. "Fizemos um fiscal melhor em 2013 do que o mercado esperava. O mercado estava equivocado, não fez as contas direito. Em 2014, continuaremos nos pautando por esses princípios", comentou.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, havia afirmado, também em Davos, que a redução dos estímulos monetários nos EUA terá um impacto positivos para o Brasil no longo prazo e que o País está respondendo de maneira "muito clássica" a esse movimentação de normalização. "Estamos combatendo a inflação no cenário doméstico e o real tem uma taxa de câmbio flexível. Acumulamos um amortecedor importante para reagir ao processo. E isso está funcionando", garantiu.

Entre os dados divulgados nesta sexta, o Banco Central divulgou que o déficit em conta corrente em 2013 ficou em US$ 81,374 bilhões (3,66% do PIB), pior do que a mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de rombo de US$ 79,9 bilhões, e o maior saldo negativo na série histórica, iniciada em 1947. Além disso, pela primeira vez desde 2001 os investimentos estrangeiros diretos (IED), que somaram US$ 64,045 bilhões no ano passado, não cobriram inteiramente o déficit na conta corrente.

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São Paulo - Após um início de sessão tumultuado, no qual os juros futuros chegaram a precificar uma chance de 100% de nova alta na 0,5 ponto porcentual na Selic, a falta de mais notícias negativas e a fala da presidente Dilma Rousseff em Davos acabaram amenizando o clima de aversão ao risco que imperava nos mercados. Assim, com a queda do dólar e pressionadas por um fator técnico, as taxas acabaram a sessão com retração discreta.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril de 2014 (249.480 contratos) marcava 10,476%, de 10,506% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2015 (467.165 contratos) estava em 11,13%, de 11,16% no ajuste da véspera.

Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (410.485 contratos) apontava 12,61%, de 12,65% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 (32.380 contratos) mostrava 13,13%, de 13,25% no ajuste anterior. Esse movimento das taxas também teve influência de ordens de stop loss, após os DIs atingirem níveis elevados que resultaram na ausência de compradores no mercado.

A crise cambial na Argentina e na Turquia, juntamente com os protestos na Ucrânia, criaram um ambiente de fuga de capital dos mercados emergentes nos últimos dois dias, que pressionou a abertura dos mercados brasileiros hoje. Entretanto, a falta de novos desdobramentos e comentários menos acirrados de autoridades e gestores de ativos acalmaram um pouco os ânimos ao longo do dia.

Dilma afirmou na manhã desta sexta-feira, 24, no Fórum Econômico Mundial, que a confiança é indispensável para que o mundo se recupere completamente da crise financeira global de 2008, "a mais profunda e complexa desde 1929", disse. Segundo ela, a inflação no Brasil permanece sob controle e a dívida pública tem caído. A presidente aproveitou a oportunidade para afirmar que deseja aprimorar o controle sobre as contas dos entes federados.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em uma entrevista exclusiva para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se a economia global ajudar, o Brasil pode crescer 3% este ano, acelerando para uma média de 4% ao ano na próxima década.

Segundo ele, o país é receptivo e amigável ao capital estrangeiro e o novo ciclo de crescimento será baseado nos investimentos. "Fizemos um fiscal melhor em 2013 do que o mercado esperava. O mercado estava equivocado, não fez as contas direito. Em 2014, continuaremos nos pautando por esses princípios", comentou.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, havia afirmado, também em Davos, que a redução dos estímulos monetários nos EUA terá um impacto positivos para o Brasil no longo prazo e que o País está respondendo de maneira "muito clássica" a esse movimentação de normalização. "Estamos combatendo a inflação no cenário doméstico e o real tem uma taxa de câmbio flexível. Acumulamos um amortecedor importante para reagir ao processo. E isso está funcionando", garantiu.

Entre os dados divulgados nesta sexta, o Banco Central divulgou que o déficit em conta corrente em 2013 ficou em US$ 81,374 bilhões (3,66% do PIB), pior do que a mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de rombo de US$ 79,9 bilhões, e o maior saldo negativo na série histórica, iniciada em 1947. Além disso, pela primeira vez desde 2001 os investimentos estrangeiros diretos (IED), que somaram US$ 64,045 bilhões no ano passado, não cobriram inteiramente o déficit na conta corrente.

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