Privatização da Eletrobras: ações caem após TCU adiar julgamento
Processo de desestatização da empresa foi adiado em 20 dias, o que pode comprometer a realização da oferta
Beatriz Quesada
Publicado em 22 de abril de 2022 às 11h52.
Última atualização em 22 de abril de 2022 às 18h00.
As ações da Eletrobras (ELET3/ELET6) fecharam em queda de quase 5% nesta sexta-feira, 22, após o Tribunal de Contas da União (TCU) adiar por 20 dias o julgamento da privatização da companhia.
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O atraso é visto por investidores como um empecilho para a realização da operação ainda no primeiro semestre, que seria a janela ideal de investimento para aproveitar o bom momento de mercado e evitar a proximidade com o período eleitoral, que começa em outubro.
Na quarta-feira, dia da decisão, os papéis encerraram o dia entre as maiores altas, com investidores ainda aguardando o posicionamento do TCU. O adiamento foi confirmado após o fechamento do mercado e, como ontem a bolsa esteve fechada no feriado de Tiradentes, a reação negativa atinge os papéis no pregão de hoje.
- Eletrobras (ELET3): - 3,89%
- Eletrobras (ELET6): - 3,22%
O governo, no entanto, ainda defende que a privatização pode ocorrer no primeiro semestre. A expectativa é que o TCU tome sua decisão final até o dia 11 de maio. Em coletiva a jornalistas nesta manhã, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que a capitalização pode ocorrer ainda no primeiro semestre – no mais tardar, em julho.
O ministro da Economia Paulo Guedes também afirmou nesta sexta-feira que a “privatização da Eletrobras vai ocorrer ainda neste ano, muito em breve”. Guedes defendeu que o TCU estaria em fase final de análise sobre o processo.