Iphone da Gradiente: Apple e empresa brasileira brigam por direito de uso de marca; discussão está no STF (Lucas Agrela/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 17 de outubro de 2022 às 09h21.
Última atualização em 17 de outubro de 2022 às 09h34.
HAG Holding, controladora da IGB Elerônica (IGBR3), dona da Gradiente, anunciou na manhã desta segunda-feira, 17, que irá aumentar o preço por ação em Oferta Pública de Aquisição (OPA), caso vença a batalha judicial com a Apple pelo uso da marca "iphone" no Brasil. A discussão, que se arrasta por anos, subiu ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a Gradiente, o direito seria dela por ter feito o pedido de registro antes mesmo do lançamento do iPhone da Apple, no início dos anos 2000.
O aumento do valor da oferta condicionado a uma possível decisão judicial favorável à Gradiente foi anunciado horas antes da Assmebleia Especial marcada para às 10h desta segunda. O ajuste, segundo a HAG Holding, foi realizado "volunatariamente", em um "gesto de boa-fé", informou em fato relevante.
A assembleia foi convocada após acionistas donos de mais de 10% do capital da companhia terem questionado o preço por ação anterior de R$ 40,51. Na época da proposta, o valor por ação representava um bônus de 51% em relação ao preço em que era negociada na bolsa.
A OPA da HAG Holding visa fechar o capital da IGB Eletrônica na B3. Investidores que não venderem suas ações na OPA, portanto, ficariam sujeitos a serem acionistas de uma empresa de capital fechado, com menor liquidez e requisitos de governança a serem cumpridos.
De acordo com a Gradiente, os acionistas que pedirem a elaboração de um novo laudo de avaliação "deverão ressarcir a companhia pelos custos incorridos na elaboração do novo laudo, caso o novo valor da avaliação seja inferior ou igual ao valor inicial proposto no âmbito da oferta".