Petróleo tem primeira queda mensal do ano com retorno da Opep
Os futuros de West Texas Intermediate, o petróleo de referência americano, caíram mais de 4% para perto de US$ 105 o barril na sexta-feira
Bloomberg
Publicado em 30 de junho de 2022 às 17h45.
O petróleo chega ao final de junho em seu primeiro declínio mensal desde novembro após a Opep e seus aliados completarem o retorno gradual da produção que interromperam durante a pandemia.
Os futuros de West Texas Intermediate, o petróleo de referência americano, caíram mais de 4% para perto de US$ 105 o barril na sexta-feira, estendendo a sua queda no mês para cerca de 8%. A Opep+protocolouum aumento já esperado na oferta para agosto, mas o foco do mercado se volta para o quanto os países com capacidade ociosa irão produzir quando o acordo expirar.
O mercado de petróleo foi agitado por dois fatores conflitantes em junho. Os temores crescentes sobre uma desaceleração econômica, à medida que os bancos centrais aumentam agressivamente as taxas de juros, pesaram sobre os preços de referência. Mas os barris no mercado físico são negociados com prêmios enormes em meio a interrupções de suprimentos de países comoLíbiae Equador.
Ademanda por gasolinanos EUA parece estar esfriando bem no auge da temporada de viagens de verão. A média móvel de quatro semanas caiu abaixo de 9 milhões de barris por dia, ou cerca de 600.000 barris a menos do que os níveis sazonais típicos, de acordo com dados do governo. Os americanos estão planejandomenosviagens de carro neste verão à medida que os preços da gasolina disparam.
O petróleo ainda registra alta de cerca de 40% no ano, com fluxos da Rússia interrompidos após a invasão da Ucrânia no final de fevereiro. Os estoques de petróleo americanos no principal centro de armazenamento do país, em Cushing, Oklahoma, atingiram níveis criticamente baixos, pois as refinarias produzem o máximo de combustível possível e as exportações permanecem fortes.
O mundo caminha para um“período turbulento”à medida que o aperto no fornecimento de petróleo e gás natural liquefeito exacerba uma crise global de energia, disse o CEO da Shell, Ben van Beurden, na quarta-feira. “A capacidade ociosa é muito baixa, a demanda ainda está se recuperando”, disse.
(Bloomberg)